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A Virada de Mesa da Vale

Publicado 24.11.2014, 14:24
Atualizado 14.05.2017, 07:45

Acordando com o inimigo

Aos olhos dos mercados, Joaquim Levy se tornou a solução de todos os problemas.

Será mesmo?

A verdade é que ninguém conhece a fundo os desdobramentos de sua nomeação.

Levy possui excelente trajetória profissional e acadêmica, mas teve pouco tempo para mostrar trabalho na gestão Lula, rapidamente “tirado” por desavenças com demais membros do partido.

Imagino que seja realmente difícil para um neoliberal enfrentar um núcleo composto por Dilma, Mercadante, Mantega, Augustin, Barbosa... todos desenvolvimentistas.

Mas tomemos por referência a sua formação...

Temos em Levy um combo de Escola de Chicago com FMI, em tese uma combinação ainda mais à direita do que o demonizado Armínio Fraga (Princeton + Soros). A propósito, Levy integrou a equipe de Armínio à sua ocasião na Fazenda.

E para quem não conhece, Soros, além do homem que fez fortuna apostando contra o banco da Inglaterra, é um dos grandes financiadores do Partido Democrata norte-americano. Um homem simpático às ideias de esquerda, portanto.

Depois da escolha de Levy para a Fazenda e de Kátia Abreu para a Agricultura, vamos de Reinaldo Azevedo para o Ministério de Comunicações, é isso?

Dilma enganou eleitores com o processo de “desconstrução de Armínio Fraga” e do Banco Central que rouba comida das crianças. Agora, conseguirá enganar o mercado?

Enquanto isso, no mundo real...

Começamos a semana com nova alta dos mercados, mas indicadores pouco estimulantes da economia.

Além da tradicional queda semanal nas apostas dos agentes de mercado para a atividade econômica (crescimento de 0,2% em 2014), combinada a elevação nas expectativas para a inflação (para 6,43%), todos os indicadores que compõem o Índice de Confiança do Consumidor da FGV registraram grande piora na passagem de outubro para novembro.

O índice de confiança do consumidor sofreu um tombo de 6,1%, atingindo o menor nível desde o auge da crise do subprime, em 2008. Apenas 9% dos consumidores consideram a situação econômica “boa”, enquanto 56% a classificam como “ruim”.

Sim, o alerta para o fim do modelo de crescimento baseado em consumo e estimulado pelo crédito é antigo, mas está de pé.

Não bastasse, tivemos novo déficit nas transações correntes: mais um rombo de US$ 8,1 bilhões em outubro. Com isso, o déficit acumulado no ano alcança US$ 70,7 bilhões.

A virada???

Em nossa opinião, a euforia momentânea do mercado é... momentânea, até então sem respaldo em qualquer lastro em algum elemento material.

A despeito de viéses de curtíssimo prazo, estruturalmente seguimos firmes e fortes na convicção de que o cenário é propício ao investimento em títulos do Tesouro pós-fixados curtos, compra de dólares e aposta na queda (short) de ações estatais.

157% em uma semana

O acerto no racional exposto acima é enfático...

Na semana passada nossa Carteira de Opções subiu nada menos do que 157%. Opções de compra (calls) de AmBev e Itaú puxaram o resultado.

Uma performance dessa magnitude é obviamente atípica, mas serve bem de proxy para a filosofia do portfólio - precisamos de apenas um ou dois acertos quando temos a antifragilidade a nosso favor. Em menos de um ano desde o lançamento da Carteira de Opções, ela já rendeu ganhos semanais de 369%, 165%, 95%, 83%, 55%, 47%…

Para esta semana, estamos preparados com opções de compra de BM&F Bovespa, e opções de venda (puts) das estatais Petrobras e de Banco do Brasil, e muito mais.

Depois da explosão da semana passada, é exatamente assim que nos vestimos a cada segunda-feira. Para matar.

A virada de mesa da Vale

Dentre as máximas do investimento em ações, costumo citar uma específica para ações de estatais:

Assuma sua ignorância sobre as commodities. É muito difícil predizer o comportamento das matérias-primas. A rigor, ninguém sabe em que ponto do ciclo estamos, ou seja, se vivemos um pico ou um fundo de preços. Qualquer afirmação de atratividade do valuation de empresas de commodities merece diligência adicional.

Como sabemos, o preço do minério de ferro encontra em baixas históricas no mercado à vista chinês.

Mas, ironicamente, ele pode ser um bom argumento.

Matéria do Valor de hoje aponta para o trabalho das mineradoras nos bastidores para rediscutir código mineral. Em um ambiente de preços em baixa, buscam a compreensão dos reguladores e utilizam como poder de barganha a importância indiscutível do setor na balança comercial brasileira. O código mineral que sempre representou um fator de grande risco sobre as ações de Vale.

Paralelamente, o diretor financeiro da Vale, Luciano Siani, afirmou que a companhia tem a possibilidade de aumentar margens no ambiente atual, reforçando uma ideia que há algum tempo defendemos: de que a queda mais recente de preços torna-se um desafio muito maior para o produtor marginal que não possui as mesmas vantagens de custo da brasileira.

Se tudo era risco para as ações da Vale em um ambiente propício, com preços do minério na faixa de US$ 120 por tonelada, China crescendo 10% ao ano e enxugamento de custos e despesas operacionais, agora, com o minério em baixa, China crescendo “apenas” 7% e as ações a R$ 20, tudo pode ser retorno.

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