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Bovespa Mantém Euforia. Câmbio Sugere Reflexão e Atenção aos Riscos

Publicado 02.09.2014, 07:01
Atualizado 14.05.2017, 07:45

Afora o Ministro Mantega, não se observa economistas com postura otimista em relação à recuperação da economia brasileira neste 2º semestre, o Brasil está efetivamente “sem tração” para o crescimento. O crescimento do PIB deverá ser menor do que os 0,52% projetados pela mediana do mercado financeiro divulgada pelo BOLETIM FOCUS, que provavelmente não captou o dado do desempenho do PIB no 2º trimestre do ano.

O Brasil precisa de investimentos para crescer de forma sustentável e não está mais respondendo a estímulos ao consumo via crédito, modelo que já demonstra ter se exaurido, deixando um grande numero de brasileiros endividados e inadimplentes.

Os investimentos focando a infraestrutura e o aumento da produtividade são fundamentais, mas para que isto aconteça o investidor precisa se sentir seguro e confiante, o que não ocorre no momento. E isto demandará tempo mesmo com um novo governo.

O movimento eufórico da Bolsa está fortemente centrado nas empresas que sofrem direta ou indiretamente influência do governo nas suas gestões e que, segundo os analistas de bolsa, foram muito sacrificadas em suas dinâmicas e rentabilidade ao longo do governo presente. Então, as pesquisas eleitorais estão comandando o humor da Bovespa, que desta forma contraria os fundamentos e sustenta alta.

No câmbio, a questão é muito mais complexa e no nosso entendimento não há solução no curto prazo, mesmo que isto seja um anseio declarado por este ou aquele candidato. Há, antes de tudo, a necessidade de reverter a extraordinária intervenção presente no mercado de câmbio com os instrumentos denominados “swaps cambiais”, já em torno de US$ 94,0 Bi “em ser”, e isto requer intensa melhora de fluxos cambiais líquidos para o Brasil, o que não deve ocorrer de pronto quando o país apresentar um novo plano econômico, seja este governo atual reeleito ou havendo novo governante.


Além desta intervenção via mercado futuro, o BC tem utilizado estratégia para que os bancos operem com posições vendidas gerem a liquidez faltante no mercado à vista, algo no momento em torno de US$ 15,0 Bi. Os bancos assim agem motivados pela arbitragem favorável entre a renda do cupom cambial e o custo das linhas de financiamentos que ancoram o posicionamento.


Contudo, é preciso atenção, pois com o país em recessão técnica as taxas do cupom cambial podem sofrer mutações e os custos externos podem vir a sofrer elevação, colocando em risco o ganho de arbitragem e desarmando esta estratégia do BC na medida em que os bancos poderão perder o estimulo à continuidade de pratica atual.


Então, o BC seria compelido a se tornar efetivamente e de forma direta o gerador da liquidez no mercado à vista de câmbio, que deverá ter demanda crescente.


Excesso de oferta para proteção do preço da moeda nacional e necessidade de gerar liquidez no mercado à vista dada a falta de fluxo suficiente são sinalizações que podem motivar movimentos especulativos. Este é um risco.


No curto/curtíssimo prazo temos um cenário que se coloca desafiador e que deve pressionar o preço da moeda americana ainda neste 2º semestre. A perspectiva é de que se acentuem as saídas de recursos estrangeiros, seja porque são de natureza especulativa, portanto de permanência curta nos países para os quais se descolocam em busca de rentabilidade ou mesmo os que não sejam rigorosamente especulativos que podem encontrar estimulo para migrar para o mercado americano, caso o FED americana altere a política monetária americana, como tudo está indicando com os dados positivos que a economia americana tem gerado.

Por outro lado, há possibilidade de retração dos ingressos, em especial os destinados ao setor produtivo, aqueles em conta capital, denominados IED´s, tendo em vista o quadro pouco favorável e sem atratividade da economia brasileira neste momento, corroborado pelos números divulgados do PIB do 2º trimestre.

É muito provável que a partir deste mês de setembro, a despeito da intervenção do BC no mercado de câmbio, o preço da moeda americana entre em processo de apreciação por ser uma tendência irreversível neste momento em linha com os fundamentos.

Tendências de pesquisas eleitorais não devem ter no câmbio os mesmos impactos que provocam na BOVESPA. O câmbio tem inúmeras fases de obstáculos a superar, não sem repercutir no preço, até que se vislumbre possibilidade efetiva de reordenamento do mercado sem intervenções relevantes da autoridade monetária e não esteja diretamente à serviço da contenção das pressões inflacionárias, com inúmeros reflexos negativos em segmentos importantes da economia brasileira.

Para retornar o câmbio à sua normalidade na formação de preço é preciso muito mais do que palavras e anseios, há muito o que enfrentar e não há solução de curto prazo, pois existem inúmeros variáveis que precisarão convergir simetricamente para que o objetivo seja alcançado.

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