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Dólar Persegue Taxa com Estabilidade, mas Ocorrem Atipicidades

Publicado 16.04.2015, 07:00
Atualizado 14.05.2017, 07:45

O cenário sugere que a flutuação do preço da moeda americana em nosso mercado ocorra no intervalo entre R$ 3,00 e R$ 3,10, mais próxima desta ultima em razão da existência de estoque de importações de volume expressivo a ser resgatado, ao mesmo tempo em que já foi antecipada a contratação de exportações a serem efetivadas fisicamente, também de relevante montante.

Como a balança comercial não enseja otimismo com o seu desempenho este ano e ante o quadro passivo a resgatar, não se pode nutrir perspectivas de que ocorra participação contributiva do segmento comercial ao fluxo cambial.

A China, maior parceira do Brasil na compra de commodities agrícolas e metálicas, emitiu sinais efetivos de perda de ritmo de crescimento, apurando neste primeiro trimestre do ano o crescimento mais lento em 6 anos, retrocedendo a 7,0%.

Então as expectativas se concentram na melhora de fluxo financeiro e mais especialmente no fluxo de capitais especulativos forjados nas montagens de operações de “carry trade”, que em nada contribuem para dinamizar a atividade econômica do país, mas desafoga a carência de melhora de ingressos de recursos.

A confirmar este contexto há a evidência na composição do montante de fluxo cambial ocorrido até o último dia 10, quando do saldo positivo de US$ 5,733 Bi, tem origem financeira liquida de US$ 5,589 Bi e comercial de tão somente US$ 143,0 M.

A dinâmica de ingressos de IED´s e mesmo de empréstimos “intercompanies” deve refletir retrocesso em relação aos anos recentes, tendo em vista que o país com desempenho ruim no PIB perdeu atratividade ao capital produtivo, e, por outro lado, há necessidade das empresas reduzirem suas exposições por empréstimos contraídos em excesso no exterior, o que pode determinar a ocorrência de liquidações e não rolagens.

Tivemos oportunidade de salientar que, embora o FED não declarasse nas suas Atas, a protelação da decisão da elevação do juro estava muito vinculada aos efeitos negativos que certamente adviriam da moeda americana na sua própria economia, afetando a dinâmica das suas exportações que perderiam competitividade de preço ante a maior atratividade pela importação.

Em seu relatório conhecido como Livro Bege, o Fed disse que a maioria dos bancos centrais regionais descreveu o crescimento como progredindo de forma moderada ou modesta.

"A demanda por produtos manufaturados foi mista durante o período reportado. O enfraquecimento da atividade foi atribuído em parte ao dólar forte, à queda dos preços do petróleo e ao inverno rigoroso", disse o Fed.

Com esta manifestação praticamente colocou uma “pá de cal” na possibilidade já não desejada de alterar a taxa de juro na próxima reunião, talvez nem mesmo em setembro, tendo em vista que o BCE, por seu Presidente Draghi, reafirmou o comprometimento com o programa completo do QE de compra de ativos de Euros 60,0 Bi mensais pelo menos até setembro de 2016, e então não alterar a taxa de juro se tornará atitude defensiva dos avanços conquistados pela economia americana.

O problema grego que cria inquietação na zona do euro tende a ser contornado embora gerando ruídos pontuais, pois a quebra da Grécia ou o seu abandono da zona do euro poderia ter reflexos mais agudos do que bancar a sua permanência.

É preciso observar que o quadro prospectivo para as contas externas do Brasil este ano não são confortáveis e o fluxo até agora positivo não provoca conforto, visto que os bancos ainda estão financiando a liquidez do mercado à vista com posições vendidas da ordem de US$ 23,0 Bi, que a rigor é um valor que deve ser considerado como redutor das reservas cambiais brasileiras de US$ 371,0 Bi, e que o contexto não sugere que tão cedo ocorra a possibilidade de ocorrer novo acumulo de reservas, muito pelo contrário, há efetivas perspectivas de redução.

Este ano deverá revelar, mais uma vez, insuficiência de ingressos de recursos para financiar o déficit em transações correntes.

É cedo para falar-se enfaticamente em redução da aversão ao risco, tendo em vista que passou quase imperceptível ao mercado o fato da agência de rating Fitch ter se manifestado no sentido de que o retardamento da recuperação da atividade econômica poderá levar o Brasil à perda do grau de investimento.

O índice de atividade econômica do BC (IBC-Br) avançou 0,36% em fevereiro ante janeiro e acima de 0,20% que era a projeção, mas a crença dos analistas é de que o desempenho da economia brasileira neste 1º trimestre deve revelar queda.

A queda neste momento a R$ 3,03, acreditamos, foi absolutamente pontual, estando um pouco abaixo do que consideramos normal como ponto de equilíbrio para o momento, por isso não acreditamos em sustentabilidade para este nível de preço, que deverá ficar entre R$ 3,05 a R$ 3,10.

A formação do preço da moeda americana no nosso mercado tem condicionantes fortes decorrentes da fragilidade do país, que não sugere que reaja em linha com o comportamento do dólar no exterior, seja mais contido pois cair 0,85% quando o dólar caiu frente a cesta das principais moedas tão somente 0,43% se constitui numa atipicidade.

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