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Mercado - Deixemos a Fantasia do Momento e Voltemos à Realidade

Publicado 05.02.2016, 02:41
Atualizado 09.07.2023, 07:32

Apesar da desvalorização do dólar e a subida da bolsa, ainda é cedo para qualquer cenário que o mercado manterá esta performance, apesar de poder ter oscilações.

Parece que estes últimos dias foram dias de fantasia, os pequenos eventos internos e externos que mexeram com o mercado ainda não têm qualquer sustentação real.

A queda do dólar e a subida da bolsa ainda não tem qualquer base sólida, parecem apenas movimentos frutos de alguma calmaria interna e externa e algum ânimo de momento.

A realidade é que as incertezas são muitas, sejam econômicas ou politicas e a instabilidade ainda impera com algumas pausas.

Os problemas ainda são os mesmos: o ajuste fiscal, inflação, retração da economia, taxa de juros e a situação política indefinida. Esta ainda é a nossa realidade.

A Moody’s deve rebaixar o grau do Brasil a "junk" (lixo)! Pode ser até que adie a decisão, mas o mercado já espera que isso venha a acontecer. Se não for agora, deverá ser em breve. Falta saber qual o real impacto que o “eventual” downgrade terá no mercado no curto e médio prazo.

A inflação, na minha opinião, ainda não está na fase inercial e a contração do mercado não será, pelos próximos meses, suficiente para a sua queda. Pelo menos de forma acentuada e consistente, mesmo com o contribuição da moeda americana abaixo dos R$3,90, o que não consigo prever por quanto tempo poderá manter-se.

A análise da maioria dos analistas aponta para uma alta da moeda em 2016, podendo chegar a R$4,50.

Não se pode em sã consciência ignorar que a cotação do Dólar tem impacto importante na constituição de vários preços de produtos, bens e serviços, afetando a taxa de inflação.

Se a cotação do real brasileiro continuar a se desvalorizar em relação ao dólar, o par continuará a pressionar a taxa de inflação no atual patamar ou pelo menos continuará a alta.

O fluxo cambial positivo em US$1,48 Bi em janeiro, puxado pelo saldo da balança comercial e o aumento de algumas commodities, trouxe algum ânimo nem que seja momentâneo.

Ainda é muito cedo para avaliar como será o ano de 2016, já temos algum "sopro" favorável. A questão é se teremos continuidade nos próximos meses.

Teremos que esperar pelo menos os dados do primeiro trimestre, como já tenho referido há muito tempo.

É certo que as taxas de juros, que são pagas atualmente, terão um impacto grande nas contas públicas. Mas, é um "mal menor" neste momento, fruto do risco Brasil ter aumentado, o prêmio a pagar ser maior e que poderá vir a aumentar mais. Situação essa que não pode ser mantida por muito tempo ou por tempo indeterminado...a mesma é irrealista.

Uma redução da taxa de juros no atual patamar terá, em tese, pequeno impacto no consumo, no investimento e por consequência na retomada do crescimento econômico. Pois, o que afeta mais é o baixo rendimento disponível das famílias, a falta de confiança ao investimento e consumo.

Por outro lado, uma eventual redução, no quadro atual, só traria mais instabilidade ao mercado financeiro. Isso porque Iria desviar-se do risco Brasil, em que os prêmios exigidos pelo mercado aumentariam, podendo levar a fuga dos investidores internacionais ou se tornar pouco atrativo a novos investidores pela relação rentabilidade versus risco.

Temos que aproveitar este momento de esforço financeiro para corrigir os erros do passado, começando pelo ajuste fiscal, onde já se fala em bandas (faixas de tolerância). Não tenho nada contra a fixação de bandas, pelo contrário. Só que no Brasil o sistema de bandas por norma acaba em uma falha total. Veja-se o sistema de bandas para a inflação tendo um governo que é tudo, menos crível.

O governo acena uma estratégia e medidas para a reversão da contração da economia já em 2016. Vamos esperar pelo anúncio das medidas e analisá-las, para ver que tipo de repercussão e impacto poderá ter no mercado e se são exequíveis. Não vejo ainda nenhuma previsão de medidas pelo corte da despesa, somente pelo aumento de impostos.

Acho muito difícil que se atinja o objetivo preconizado, contrariando as projeções de entidades renomadas nacionais e internacionais (como as do FMI).

Por agora, a situação do mercado parece mais uma fantasia de momento em que a realidade não condiz com a situação atual.

Será que a inversão do dólar e da bolsa se manterão, mesmo com oscilações?

Acho que ainda é muito cedo para qualquer projeção. O mês de janeiro veio com alguns dados internos e externos pontuais favoráveis. Veremos se irão manter-se ao longo de 2016, mesmo com altas e baixas.

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