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Por que Não Recomendo Petrobras

Publicado 25.11.2014, 14:28
Atualizado 14.05.2017, 07:45

Os dois propulsores (e o desafio)

Os mercados renovam o ânimo nesta terça, com destaque para as ações da Petrobras, que disparam e puxam o desempenho do Ibovespa. Por sua vez, o dólar sofre novo revés, caindo para a casa de R$ 2,53.

A “virada” dos mercados tem dois propulsores claros:

As apostas de que Joaquim Levy pode mudar tudo...

E a aposta de parte do mercado, que considera o preço das ações da Petrobras atrativo vislumbrando uma mudança de cenário.

Comentei sobre os desafios (e paradoxos) do neoliberal Levy em meio ao mar de desenvolvimentistas do governo no M5M de ontem.

Para não passar o carro na frente dos bois, antes Levy há de encarar esse desafio interno (modo “hard”) para, depois, mergulhar no de acertar os rumos da economia (modo “insane”).

O dólar no curto prazo

Quanto ao dólar, tenho respondido uma série de perguntas de assinantes do M5M PRO.

A moeda não parece ter invertido a tendência no curto prazo? Não seria a hora de embolsar os lucros com a recomendação?

É claro que a decisão de embolsar os lucros vai de cada um. Depende do perfil e da restrição orçamentária do indivíduo, e de fato a apreciação salta aos olhos (considerando que a recomendação explícita vem desde R$ 1,90).

Mas confesso que prefiro não arriscar essa “tendência de curto prazo”. Não que esteja em cima do muro, mas a verdade é que não faço ideia do que pode acontecer com o dólar no curtíssimo prazo. E suspeito que ninguém saiba.

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O dólar estruturalmente

Agora, olhando a coisa estruturalmente, tenho argumentos diários para reforçar a recomendação de compra de dólares - fica o alerta: salvo os ruídos de momento, esses ganhos - é claro - só serão colhidos em médio e longo prazo.

Argumentos diários???

Isso mesmo, diários.

Não bastasse o início da retirada dos estímulos e iminente subida de juros nos EUA, e os potenciais impactos de um desrepresamento do dólar, com eventual redução das intervenções diárias do Bacen no mercado de câmbio, as contas externas brasileiras são um reforço e tanto…

Apuramos déficit recorde nas transações correntes brasileiras em outubro, pior resultado desde 1947.

No ano, o rombo chega a US$ 70,7 bilhões, contra saldo positivo insuficiente do investimento estrangeiro direto, de US$ 51,2 bilhões.

Não bastasse, a balança comercial brasileira apurou novo déficit de US$ 701 MM, levando o saldo negativo do mês de novembro a US$ 2,2 bilhões. E olha que o mês não acabou...
 O curto prazo é uma oportunidade de fazer posição pensando no longo prazo.

A barreira de Petrobras

Agora, analisemos a euforia sobre as ações da Petrobras, que dispararam mais cedo no pregão.

O que mudou de ontem para hoje?

Notícia mais relevante do dia para a estatal, pela primeira vez ela reconheceu oficialmente que está sendo investigada pela SEC (a CVM americana). De quebra, anunciou em fato relevante que o órgão regulador americano notificou a apresentar documentos relacionados às investigações da operação Lava-Jato.

Por que isso é importante (e não é bom)?

Pois alimenta o risco de as ações da estatal (ADRs) terem a sua negociação suspensa na Bolsa de Nova York.

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Note: a fuga de investidores estrangeiros não depende da materialização da suspensão dos negócios em si, mas meramente de sua ameaça.

A coisa é mais rigorosa no âmbito da lei americana e, não bastasse a barreira de governança, o risco de segurar uma posição ilíquida é condição determinante para os fundos estrangeiros não manterem posição. 

Por que eu não recomendo as ações da Petrobras

Ok, as ações da Petrobras negociam a 0,5x valor patrimonial, e isso é sim um desconto considerável.

Mas, pensando bem, será que elas realmente merecem negociar em linha com o valor patrimonial, como outras grandes petroleiras internacionais, sendo que Petro gera retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) de menos da metade do que geram as demais?

De que adianta ter um patrimônio grande sem ter capacidade de extrair valor da base de ativos?

Mais ainda, qual o lastro dos fundamentos para crermos que as ações baratas ficarão caras?

Ainda há muita água para rolar nas investigações de corrupção, (i) a estatal está inadimplente de resultados e enfrenta ameaças adicionais, como (ii) de suspensão das negociações de seus papéis, (iii) fechamento do mercado para captações sem o parecer de auditores, (iv) risco de queda do quadro executivo atual e (v) iminente rebaixamento adicional dos ratings, ensejando a possibilidade de (vi) nova emissão de ações. 

Diante desse somatório de fatores, entendo que seria irresponsabilidade recomendar a compra das ações.

Pensando bem, até recomendo...

Se quisermos ganhar dinheiro de verdade dificilmente será com o óbvio. Temos que fugir da média. Como?

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Pode ser usando as opções de Petrobras. No caso, as opções de venda (puts).

Há grande chance das puts virarem pó, portato, coloque dinheiro pequeno nelas. Contudo, se vierem a se valorizar, concederão lucros excepcionais.

Assim, você carrega a esperança de multiplicação de valor em curto prazo. E uma proteção barata e importante (hedge) caso o mercado embique novamente para baixo

Últimos comentários

Mas, foi voce mesmo que em meados de Maio último, RECOMENDOU a compra de VALE, lembra ?.........O que me diz, agora, com a VALE com PREJUIZO de 9 BI em 9 meses e com o prreço do MINERIO nas mínimas históricas?............O que tem a dizer aos que seguiram seu conselho e que compraram VALE a 34 reais ?
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