Investing.com - O Ibovespa ameniza as perdas da abertura com a recuperação da Vale (SA:VALE5) e de bancos, que passaram para o positivo no início da tarde desta segunda-feira conturbada em Brasília. Às 13h, o índice operava aos 49.332, queda de 0,8%, com a mínima do dia a 48.694 (-2%).
A abertura do mercado foi em forte baixa repercutindo as incertezas políticas provocadas pela divulgação de áudio que põe dúvidas sobre a atuação de um dos principais articuladores políticos do governo, o ministro do Planejamento, Romero Jucá. Segundo matéria da Folha de São Paulo, gravações de conversas do ministro com o ex-presidente da Transpetro, Sergio Machado, sugerem que Jucá buscava realizar um acordo para frear a Lava Jato após o afastamento da presidente Dilma Rousseff. O ministro, que refutou as acusações, é tido como essencial para aprovar as medidas econômicas no Congresso.
Os bancos despencaram na logo após a abertura do mercado com percepções de que a solução política para a economia ficaria mais prejudicada com as denúncias contra Jucá. Ao longo da manhã, o IFNC recuperou parte de seu valor, mas ainda opera em baixa de 0,3%. Itaú Unibanco (SA:ITUB4) opera em alta de 0,5% e o Santander (SA:SANB11) ganha 1,9%. Banco do Brasil (SA:BBAS3) cai 1,7% e o Bradesco (SA:BBDC4), -0,3%.
A Vale virou para alta de 0,5% com o avanço do pregão e recomendações positivas de consultorias. A empresa se descolou do minério de ferro, cuja cotação despencou quase 7% em Qindao, na China, e se aproximou dos US$ 51/t, recuo forte frente ao patamar de US$ 65/t mantido nas últimas semanas.
As siderúrgicas também amenizaram as perdas do início do pregão e Gerdau (SA:GGBR4) e CSN (SA:CSNA3) operam no positivo, ambas com ganhos de 0,8%. Metalúrgica Gerdau (SA:GOAU4) cede 1,9% e Usiminas (SA:USIM5) perde 3,8%.
A Petrobras (SA:PETR4) não resistiu à turbulência política e cede 4% com ações vendidas a R$ 8,54. A ação também segue a desvalorização do petróleo, que vai 1,5% no mercado internacional. No noticiário interno, contudo, foram bem recebidas as informações sobre a possibilidade da manutenção do atual diretor financeiro da companhia, Ivan Monteiro, na gestão de Pedro Parente e que o governo Michel Temer pretende apoiar o fim da operação única no pré-sal.
A exportadora de celulose Fibria (SA:FIBR3) puxa as altas do dia com ganhos de 2,9%. A Suzano (SA:SUZB5) sobe 1,4%.
No terreno negativo, a Cemig (SA:CMIG4) cede 6% ainda sob pressão pela não apresentação do formulário 20-F às autoridades dos EUA por não ter conseguido avançar suficientemente nas investigações sobre o impacto de corrupção e pagamento de propina na construção da hidrelétrica de Belo Monte.
As educacionais Kroton (SA:KROT3) (-4,7%) e a Estácio (SA:ESTC3) (-4,6%) despencam com noticiário que o programas do governo como Fies e ProUni não deverão abrir novas vagas neste ano.
Dólar
A moeda opera em alta de 0,3%, negociada a R$ 3,57.