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ENTREVISTA-Arteris vê estabilidade em tráfego de veículos leves, mas risco com retração da economia

Publicado 28.08.2015, 15:39
Atualizado 28.08.2015, 15:47
© Reuters.  ENTREVISTA-Arteris vê estabilidade em tráfego de veículos leves, mas risco com retração da economia

Por Priscila Jordão

SÃO PAULO (Reuters) - A empresa de concessões rodoviárias Arteris (SA:ARTR3) ainda não viu queda no tráfego de carros nas estradas que administra no Brasil, mas acredita que o segmento pode sentir impacto se a economia continuar retraindo, em um momento em que a empresa já sente menor fluxo de veículos pesados.

"O tráfego de veículos leves está se mantendo... Mas à medida que o desemprego aumenta, assim como a inadimplência, e a renda disponível da população não aumentar, isso vai acabar impactando", disse o presidente-executivo da companhia, David Díaz, à Reuters.

A Arteris, que administra o maior conjunto de rodovias do país em número de quilômetros, é controlada indiretamente pelo grupo espanhol Abertis (MC:ABE) e pela canadense Brookfield (SA:BISA3).

No curto prazo, alguns fatores podem fazer com que o fluxo de veículos leves seja favorecido, como o dólar mais alto, que faz com que brasileiros prefiram destinos nacionais aos internacionais, disse Díaz.

O volume de tráfego de veículos leves nas estradas administradas pela companhia de abril a junho subiu 2,75 por cento ante o mesmo período do ano passado, para 52,66 milhões. Enquanto isso, o tráfego de veículos pesados caiu 8,3 por cento, para 112,5 milhões.

A empresa tem quatro concessões estaduais de rodovias e cinco federais e no segundo trimestre cerca de 60 por cento do tráfego em estradas estaduais foi formado por veículos pesados, proporção que sobe a 71 por cento no caso das concessões federais.

O executivo afirmou que apesar da desaceleração do tráfego de veículos comerciais, a Arteris pretende continuar focada exclusivamente em concessões de estradas, "basicamente porque as oportunidades que estamos olhando no setor de rodovias são gigantes", por conta do déficit de infraestrutura do país.

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Ao mesmo tempo em que avalia as concessões anunciadas na nova etapa do programa de infraestrutura do governo federal, a Arteris tem na mira ativos sob sua concessão que também constam no Programa de Investimento em Logística (PIL) e podem ser objeto de aditivos contratuais.

"O cronograma (dos aditivos) ainda não foi discutido, mas algum poderia já se iniciar ano que vem. Poderia ter um cronograma de entre três e cinco anos, dependendo do investimento", afirmou o executivo, acrescentando que a ideia é fechar a questão com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) nos próximos meses.

Segundo a Arteris, os investimentos previstos nesses projetos são de 5,2 bilhões de reais e incluem faixa adicional da Autopista Litoral Sul e da Fernão dias e duplicação da Autopista Planalto Sul e da Autopista Fluminense.

Até o fim do prazo de todas as suas concessões, a previsão do total restante de investimentos da Arteris, incluindo os relacionados à manutenção, é de cerca de 7,5 bilhões de reais.

"O financiamento de novos projetos vai depender caso a caso. Muitos vão ter receita de pedágio. Cada um vai ter dívida, como debêntures de infraestrutura, ou, se não, aporte dos acionistas", disse o executivo.

Sobre novas concessões, Díaz disse que a Arteris aguarda a publicação de edital pelo governo federal para tomar uma decisão sobre uma eventual oferta.

Ele afirmou que o trecho rodoviário BR-476/153/282/480/PR/SC, que pode ser leiloado ainda neste ano, fica próximo de outras estradas administradas pela empresa.

"Podemos ser seletivos pela quantidade de investimento que temos, mas a vontade de continuar crescendo no país, nós temos", afirmou.

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Na sua avaliação, a revisão da taxa de retorno das rodovias promovida pelo governo federal, de 7,2 para 9,2 por cento, coloca a rentabilidade esperada para os projetos, deixando-a mais coerente com a realidade do mercado.[nL1N0ZQ1P7]

LEI DOS CAMINHONEIROS

A Arteris segue preocupada sobre a rediscussão de termos contratuais de suas concessões, após a elevação dos limites de carga dos caminhões sancionada na Lei dos Caminhoneiros, no início do ano.[nL1N0W42MG]

Segunco Díaz, a empresa ainda está levantando os custos de manutenção extra de rodovias gerados pelo aumento de 5 para 10 por cento da tolerância aos limites de peso dos caminhões permitida pela lei e deve encaminhar à ANTT o resultado de suas análises nos próximos meses.

"Queremos apenas que se cumpra o que está escrito nos contratos (de concessão)", disse Díaz.

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