Investing.com - O pânico mundial nos mercados nesta semana desencadeou uma sequência de dias negativos nas bolsas ao redor do mundo. Praticamente todos os principais índices fecharam a semana no vermelho, puxados pelo Nikkei, que perdeu 11% de segunda-feira a sexta-feira.
As ações de bancos ficaram extremamente voláteis nesta semana, levando a uma onda de vendas mais forte do que após a crise de 2008. Os papéis cedem com a queda das commodities, que pode levar a um aumento na inadimplência, e a desaceleração da China, cujos mercados ficaram fechados nesta semana por causa de feriado nacional.
Nos EUA, a presidente do FED, Janet Yellen, amenizou o tom, mas reafirmou a política de elevação dos juros norte-americanos. A executiva, contudo, não descartou que o banco central estude adotar até taxas negativas para incentivar a economia. Essa posição não foi compartilhada pelo diretor, William Dudley, que disse que juros negativos não deveriam fazer parte do debate nos EUA.
Dólar. O tom dovish de Janet Yellen desencadeou expectativas negativas em relação ao fortalecimento do dólar, com a perspectiva de que o aumento dos juros norte-americanos deverá ser mais lento do que anteriormente previsto. O Índice Dólar perdeu 1% na semana.
No Brasil, contudo, a moeda reverteu a baixa das duas últimas semanas e ganhou 2,2% se aproximando novamente dos R$ 4, com aumento das incertezas internas.
Orçamento. O governo federal decidiu adiar para março novo corte do orçamento para equilibrar as contas. A expectativa é que a União limite o gasto mensal em 1/18 do orçamento.
Petrobras (SA:PETR4). Grupo de investidores ameaçou processar a empresa na Holanda por perdas causadas por má gestão e corrupção. Os papéis da companhia perderam 2% de valor durante a semana, marcada por recuperação na sexta-feira com a forte alta do petróleo.
Usiminas (SA:USIM5). A siderúrgica terá de buscar financiamento de R$ 4 bilhões, segundo a Reuters. Na semana, o papel perdeu mais de 15%.
GOL. A aérea cancelou os voos semanais para Caracas, por causas dificuldades em remeter os resultados em dólar da Venezuela para o Brasil.
Commodities
Petróleo. A semana foi marcada por forte volatilidade na cotação da commodity, que segue a flutuar seguindo os rumores sobre cortes de produção contra dados de sobreoferta. A expectativa de acordo para restringir a extração fez o petróleo subir dos US$ 26/b para US$ 29 na sexta-feira.
Ouro. A aversão ao risco com nova onda de pessimismo global fez com que o metal ganhasse valor e atingisse a máxima de um ano.
Aço. A ThyssenKrupp avalia que o preço da commodity se aproxima do fundo do poço.
Café. As exportações de café verde do Brasil despencaram 13,4% em janeiro, por causa das condições climáticas.
Indicadores
Inflação. O IGP-M avançou 1,23% na primeira prévia de fevereiro. O IPC-Fipe vai a 1,34% na primeira quadrissemana de fevereiro. IPC-S tem alta de 1,8% na primeira prévia de fevereiro.
Papel ondulado. As vendas caíram 8% em janeiro, segundo a ABPO.
PIB. Zona do Euro avança 0,3%. Alemanha cresce 0,3%. Portugal sobe 1,2%. Itália com +0,1%. Hungria com +3,2%. Grécia retrai 1,9%. Índia cresce 7,3%.