Investing.com - Os contratos futuros do petróleo com vencimento em dezembro fecharam em baixa nesta segunda-feira (24/10) com investidores mais céticos em relação ao acordo da Opep após comentários do ministro do petróleo do Iraque.
O WTI cedeu 0,5% para fechar a US$ 50,60, retração de US$ 0,24. O Brent perdeu US$ 0,25, ou 0,5%, para encerrar a US$ 51,50.
A pressão negativa sobre a commodity ocorreu após o ministro de Petróleo do Iraque, Jabar Ali al-Luaibi, afirmar que o país gostaria de ser excluído de cortes dentro do acordo da Opep.
Segundo al-Luaibi, a participação de mercado do país está retraída por causa das guerras enfrentadas desde a década de 1990 e que deveria estar produzindo 9 milhões de barris/dia de petróleo. Em setembro, o Iraque extraiu 4,774 milhões de barris/dia.
O país busca aumentar sua receita em meio aos maiores gastos com o avanço das tropas do governo na guerra contra o Estado Islâmico.
O receio dos analistas é que o desejo do Iraque em não participar do corte possa provocar um efeito dominó contra o acordo, arrastando outros países, como o Irã.
O acordo da Opep prevê reduzir a produção somada dos países para o patamar entre 32,5 milhões e 33 milhões de barris/dia. O detalhamento da negociação contendo a cota por país deverá ser definida no encontro anual do cartel no final de novembro.
Mais cedo, o ministro de Petróleo da Rússia, Alexander Novak, defendeu o corte de produção e informou que o país deverá participar mais ativamente das negociações.
Pressiona também as cotações, o aumento das atividades de exploração de petróleo nos EUA, que acrescentaram 11 sondas em atividades na semana passada. Há quatro meses o número de unidades contratadas não diminui.
No início da sessão, o petróleo subia com a fala do vice-ministro do Irã, Amir Houssei Zamaninia, que disse que Teerã incentivará os demais países da Opep a participar do corte na produção para estabilizar o barril na faixa de US$ 55 a US$ 60 o barril.