Investing.com - Os contratos futuros de petróleo viraram para alta em meio a notícias de que o Irã estaria aberto para discutir um congelamento da produção com os países da Opep. A reunião informal está marcada para o final de setembro, na Argélia.
O petróleo negociado na bolsa de Nova York avançou mais de 1% e voltou a superar os US$ 48/b. Já em Londres, o Brent subiu 1,5% e chegou a superar os US$ 50 no intraday, perdendo o patamar próximo ao fechamento.
A possibilidade de um acordo entre os países produtores de petróleo impulsionou o rali que dura quase duas semanas, interrompendo uma sequência de quedas que levou a commodity para abaixo dos US$ 40 em NY.
Mesmo com o rali, os investidores seguem cautelosos em relação à tentativa de acordo anunciada pela Arábia Saudita e prontamente apoiada pela Rússia.
A sinalização de apoio do Irã pode virar essas expectativas, pois a última tentativa para limitar a produção, em abril, não se consolidou com o recuo de última hora da Arábia Saudita que exigiu a participação do país persa.
O Irã havia informado que não pretendia limitar sua extração até retornar aos seus patamares históricos de cerca de 4 milhões de barris/dia. A recuperação da produção ocorre desde o fim das sanções ocidentais aplicadas por pelo programa nuclear do país.
Nos fundamentos, contudo, a pressão continua pessimista para a cotação da commodity. Os governos de Iraque e Nigéria conseguiram acordos internos para viabilizar o aumento de produção no curto prazo.
Na sexta-feira, a contagem de sondas em atividade nos EUA subiu pela 10ª semana consecutiva indicando uma retomada da exploração de petróleo no país. A expectativa dos investidores é que esse número maior de unidades contratadas poderá elevar a produção – ou reduzir o ritmo de queda – do país, alimentando a sobreoferta.