Investing.com – O dólar norte-americano subiu mais de 1% em relação à cesta das principais moedas hoje, pairando perto de altas de quatro anos, uma vez que a divulgação de dados norte-americanos otimistas alimentou ainda mais o otimismo com a economia dos EUA.
O dólar ficou mais forte após a Universidade de Michigan ter dito que o seu índice do sentimento do consumidor subiu para 86,9 neste mês, uma alta de sete anos, de uma leitura de 86,4 em setembro. Os analistas esperavam que o índice permanecesse inalterado.
Além disso, os dados mostraram que o índice de gerentes de compra (PMI) de Chicago atingiu uma alta de três anos e meio de 66,2 em outubro, dos 60,5 atingidos em setembro, confundindo as expectativas para uma leitura de 60,0.
Os relatórios ofuscaram os dados anteriores, que mostraram que os gastos pessoais caíram 0,2% no mês passado, decepcionando as expectativas de um aumento de 0,1%, após uma alta de 0,5% em agosto.
A renda pessoal norte-americana cresceu 0,2% em setembro, menor do que o ganho esperado de 0,3%, após uma alta de 0,3% no mês anterior.
O índice do dólar, que acompanha o desempenho do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, subiu 1,04%, para 87,15, o nível mais alto desde junho de 2010.
O iene atingiu novas baixas de sete anos em relação ao dólar, com USD/JPY subindo 2,83% para 112,30, após o Banco do Japão (BOJ) ter surpreendido os mercados com a inserção de novas medidas de flexibilização.
O iene caiu sob ampla pressão de venda após o BOJ ter dito que vai elevar sua meta de base monetária para um aumento anual de ¥ 80 trilhões de ¥ 60-70 trilhões, a fim de aumentar as chances de se aproximar de sua meta de inflação.
Enquanto isso, EUR/USD atingiu baixas de 26 meses de 1,2509, caindo 0,82% no dia.
Na zona do euro, dados oficiais mostraram que o índice de preços ao consumidor subiu em uma taxa anualizada de 0,4% neste mês, em consonância com as expectativas, acima dos 0,03% em setembro.
A taxa está abaixo de 1% há 13 meses consecutivos agora, bem abaixo da meta do Banco Central Europeu (BCE) de pouco abaixo de 2%.
O IPC bruto, que exclui custos de alimentos, energia, álcool e tabaco, subiu a uma taxa anualizada de 0,7% em outubro, caindo dos 0,8% do mês anterior e em comparação com as expectativas de uma leitura de 0,8%.
Um relatório separado mostrou que a taxa de desemprego na zona do euro permaneceu inalterado em 11,5% no mês passado, conforme previsto pelos mercados.
No início do dia, dados mostraram que as vendas no varejo alemão caíram 3,2% no mês passado, em comparação com as expectativas de uma queda de 1,0%. Os números de agosto foram revistos para um aumento de 1,5% em relação a uma estimativa anterior de um ganho de 2,5%.
A libra esterlina e o franco suíço caíram, com GBP/USD recuando 0,17%, para 1,5973, e USD/CHF subindo 0,86%, para 0,9642.
Em outros lugares, os dólares vinculados a commodities apresentaram queda, com AUD/USD recuando 0,57%, para 0,8783, e NZD/USD caindo 0,66% para 0,7794, ao passo que USD/CAD subiu 1,05%, para 1,1305.
A moeda canadense ficou mais fraca após o Statistics Canada ter informado informou que o produto interno bruto do país recuou 0,1% em setembro, em comparação com as expectativas para a estagnação. Em agosto, a taxa de crescimento do Canadá permaneceu estável.