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Oposição critica aparelhamento tucano em prisão de Palocci, governistas elogiam Lava Jato

Publicado 26.09.2016, 18:55
Atualizado 26.09.2016, 18:55
© Reuters. Antonio Palocci, ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil em governos recentes do Partido dos Trabalhadores, chega a Curitiba

BRASÍLIA (Reuters) - O avanço da operação Lava Jato, com a prisão do ex-ministro Antonio Palocci nesta segunda-feira, animou os governistas, que vêem as investigações cada vez mais próximas do núcleo petista, enquanto a atual oposição criticou o que considera partidarização da atuação da Polícia Federal.

Petistas e integrantes de outros partidos da oposição centraram fogo na fala do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, que em conversa no domingo com integrantes de movimento que atuou pelo impeachment de Dilma Rousseff afirmou que haveria uma nova fase da Lava Jato nesta semana.

"Ministro anuncia em evento do PSDB em Ribeirão Preto nova fase; hoje... Palocci (ex-prefeito da cidade) é preso. Aparelhamento tucano escancarado", disse o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), líder da minoria no Senado, por meio de sua conta no Twitter.

"Coletiva da PF começa com justificativa sobre as declarações de ministro da Justiça. Tentam justificar o injustificável", completou o senador petista, referindo-se a comunicado lido pelo delegado Igor Romário de Paula, logo no início da entrevista coletiva desta segunda-feira, negando que tenha havido qualquer vazamento indevido de informações.

Na mesma linha do senador, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, questionou a fala do ministro e cobrou providências.

"Está correta a postura desse ministro? Pode um ministro de Estado 'prever' operação 'sigilosa' da PF? Falaram tanto de 'aparelhamento petista' e de 'controle da PF' para, agora, um ministro do governo golpista Temer subir no palanque do PSDB e adiantar operação sigilosa da PF", disse Falcão em texto divulgado em seu perfil do Facebook.

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A declaração de Moraes no domingo já havia levado o ministério a soltar, horas depois, uma nota negando tratar-se de informação privilegiada. Segundo a assessoria de imprensa, o ministro utilizou-se de uma "força de expressão".

Nesta manhã, o ministro voltou a justificar sua declaração dizendo que se tratou de "uma afirmação genérica porque as operações vão continuar".

"Hoje houve operação, essa semana deve haver mais operações, na semana que vem enquanto houver necessidade de operações a Lava Jato vai continuar", disse Moraes, argumentando que sua declaração da véspera visava rebater temores de fim da operação.

Também em seus perfis de redes sociais, as lideranças do PT na Câmara e no Senado criticaram a fala do ministro. A líder do PCdoB no Senado, Vanessa Grazziotin (SA:CGRA3) (AM), preparou um requerimento, que ainda precisa ser votado pela Comissão de Comissão e Justiça de convocação do ministro da Justiça para explicar as declarações.

Palocci foi preso nesta segunda-feira pela Polícia Federal em nova fase da operação da Lava Jato, que investiga suspeita de relação criminosa do petista com o grupo Odebrecht em negociações envolvendo a Petrobras (SA:PETR4), o BNDES e o Congresso Nacional.

MAIS UMA PEÇA

Para o líder do PV no Senado, Álvaro Dias (PR), houve um "ato falho" do ministro, mas o "deslize" é pequeno diante da "grandeza" dos atos irregulares praticados por Palocci segundo a Lava Jato. Dias lembrou que o ex-ministro era um homem muito influente no PT e principal elo entre os governos petistas e o empresariado brasileiro.

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"Esta prisão revela que a operação Lava Jato está chegando ao núcleo central do esquema de corrupção", avaliou Dias, comemorando que as operações tenham chegado ao BNDES, cujos empréstimos "certamente escondem falcatruas", nas palavras do senador.

Para o líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR), a PF, a Justiça e o Ministério Público mais uma vez "cumprem seu dever" e mostram à população brasileira o tamanho da "corrupção acontecida nos últimos anos".

"A prisão do ex-ministro Palocci significa dizer que é mais uma peça que cai da organização criminosa que de forma sofisticada tomou o poder no país", disse Bueno.

Na avaliação do líder do DEM na Câmara, Pauderney Avelino (AM), a prisão do petista é mais uma demonstração de que o governo "defendia apenas seus próprios interesses".

"Ao governar para poucos, o PT destruiu o país. O saldo é desemprego, recessão e inflação, males que assombram a população", afirmou o líder do DEM.

(Reportagem de Maria Carolina Marcello)

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