Os bancos digitais têm ganhado destaque no mercado financeiro já há alguns anos por apresentar ao público uma proposta de inovação em relação à burocracia comum nos bancos tradicionais e também pelo crescimento acelerado. Por isso, as ações de bancos digitais estão atraindo um número crescente de investidores com interesse em tecnologia e novos modelos de negócios.
Ao analisar as ações de bancos digitais na Bolsa de Valores, logo é possível observar que os papeis refletem não apenas o apelo junto aos consumidores, mas também o potencial de geração de retorno em um setor que ainda apresenta mais espaço para crescimento. Por isso, vimos marcas como Nubank e Inter ganharem popularidade rapidamente.
Os bancos digitais surgiram como uma solução para clientes que buscavam mais praticidade, menos burocracia e tarifas reduzidas – cansados do modelo tradicional eternizado por empresas como Itaú e Bradesco. Esse modelo, fortemente apoiado na tecnologia, conquistou rápida adesão, principalmente entre os mais jovens e adeptos de soluções digitais. O sucesso na aquisição de clientes e a ampliação de produtos oferecidos permitiram que os bancos digitais se tornassem protagonistas também no mercado de ações, atraindo investidores interessados no futuro do setor financeiro.
Essa popularidade se traduziu também em oportunidades de investimento interessantes, tamanho o potencial de crescimento que essas fintechs apresentam em mercados ainda não saturados. A expansão de sua base de clientes, junto à diversificação de receitas, reforça o apelo das ações de bancos digitais na Bolsa, posicionando-se como opção estratégica para quem busca exposição ao setor de tecnologia financeira.
A B3 abriga algumas empresas desse segmento, permitindo que investidores explorem as ações de bancos digitais diretamente ou através de BDR’s de papeis negociados em Nova York.
Principais bancos digitais na bolsa de valores
- Upside do Preço-Justo: -13,6%
- Pontuação de Saúde Financeira: 2,95
- Lucro Líquido: R$ 9,7 bilhões
- Margem Líquida: 32,6%
Entre os bancos digitais listados na Bolsa, o Roxinho é certamente o mais popular. Fundado em 2013, o banco logo se destacou oferecendo uma experiência 100% digital, com produtos como cartões de crédito, contas correntes e seguros. Sua estratégia de expansão internacional e inovação constante ajudaram a consolidá-lo como um dos maiores bancos digitais do mundo.
- Upside do Preço-Justo: +20,5%
- Pontuação de Saúde Financeira: 2,16
- Lucro Líquido: R$ 837 milhões
- Margem Líquida: 18,7%
O Banco Inter é outro destaque entre os bancos digitais na Bolsa, com uma proposta de marketplace integrada à sua plataforma bancária. Além de produtos financeiros, o banco oferece serviços de varejo e turismo, diferenciando-se de seus concorrentes. O Inter tem mostrado crescimento consistente, tanto em receita quanto na aquisição de novos clientes.
- Upside do Preço-Justo: +45,1%
- Pontuação de Saúde Financeira: 2,42
- Lucro Líquido: R$ 4,3 bilhões
- Margem Líquida: 27,5%
A XP é uma das maiores no setor de investimentos digitais no Brasil. Fundada em 2001, a empresa revolucionou o mercado financeiro brasileiro ao democratizar o acesso a investimentos, oferecendo uma plataforma completa e intuitiva que inclui corretagem, fundos de investimento e consultoria financeira. A XP continuou a trajetória de crescimento acelerado e inovação visando expandir sua presença e capturar uma fatia maior do mercado local e internacional.
- Upside do Preço-Justo: +76,2%
- Pontuação de Saúde Financeira: 2,44
- Lucro Líquido: R$ 2,0 bilhões
- Margem Líquida: 11,4%
Parte do grupo UOL, a PagSeguro é um dos principais players no setor de pagamentos digitais no Brasil. Desde sua fundação em 2006, a empresa se destacou oferecendo soluções completas e acessíveis para pagamentos online e presenciais, focando em micro, pequenas e médias empresas. Sua capacidade de inovação e adoção de tecnologia avançada permitiu que a PagSeguro expandisse seus serviços para digital banking e crédito, reforçando sua posição no mercado brasileiro.
- Upside do Preço-Justo: +4,1%
- Pontuação de Saúde Financeira: 2,35
- Lucro Líquido: R$ 11,9 bilhões
- Margem Líquida: 32,9%
O BTG Pactual é um dos maiores bancos de investimento da América Latina, também se destacando no cenário de bancos digitais na Bolsa. Fundado em 1983, oferece uma ampla gama de serviços financeiros, incluindo gestão de ativos, banco de investimento e wealth management, sempre com foco em tecnologia e eficiência operacional. A plataforma digital do BTG tem atraído uma nova geração de investidores ao oferecer produtos financeiros sofisticados e serviços personalizados.
- Upside do Preço-Justo: +33,1%
- Pontuação de Saúde Financeira: 1,90
- Lucro Líquido: R$ 654 milhões
- Margem Líquida: 7,3%
Com uma trajetória de transformação digital, o Banco Pan tem se consolidado entre os bancos digitais na Bolsa. A partir de sua origem em 1963, o banco se reinventou nos últimos anos apostando em tecnologias digitais para oferecer soluções financeiras que vão desde crédito pessoal e cartões até serviços bancários completos. A estratégia de atender clientes historicamente desbancarizados ou subatendidos gerou um crescimento robusto em sua base de clientes e nos resultados financeiros.
Como encontrar bancos digitais listados na Bolsa brasileira
Você pode usar o filtro de ações do InvestingPro para encontrar os bancos digitais listados na Bolsa aqui no Brasil.
- Acesse o filtro de ações do InvestingPro
- Adicione os parâmetros “Setor” pertence a “Finanças” e “Indústria” pertence a “Bancos”, “Mercado de Capitais” e “Serviços Financeiros”
- Depois selecione “Valor de Mercado” maior que 1 bilhão (de dólares) e “País de operação” pertence a Brasil
- Por fim, em “Ativos Correspondentes”, em “Bolsa”, selecione a “Bolsa de Valores de São Paulo”
As ações de bancos digitais representam uma oportunidade para investidores que desejam se beneficiar de inovações tecnológicas e do crescente apelo por soluções financeiras acessíveis e ágeis. O setor tem sido impulsionado por mudanças nos hábitos de consumo e pela ampla penetração de smartphones, o que facilita a adoção desses serviços. É notório que o público já dá preferência à soluções digitais, o que forçou também os grandes bancos a adotar medidas do tipo.
Por outro lado, também há de se considerar os riscos. Regulamentações governamentais podem afetar a operação e os custos dos bancos, enquanto a crescente concorrência, tanto de bancos tradicionais quanto de novas fintechs, pode pressionar as margens. Além disso, o mercado de ações de bancos digitais é suscetível à volatilidade por conta dos desafios econômicos no Brasil, exigindo uma análise cuidadosa por parte dos investidores. Investir em bancos digitais na Bolsa de Valores é, portanto, uma aposta no futuro da tecnologia financeira. Com as ferramentas certas e uma boa compreensão do mercado, esses ativos podem oferecer retornos expressivos e diversificar carteiras de maneira estratégica.