Com o aumento das compras antes das festas de fim de ano, a segurança cibernética vem ganhando os holofotes. Estão sendo emitidos alertas, pedindo que os consumidores fiquem atentos a ciberataques. A Cisco (NASDAQ:CSCO) (SA:CSCO34), por exemplo, sugere que as pessoas "usem senhas mais fortes e desconfiem de ofertas online muito boas para serem verdade".
A maior interconectividade, principalmente desde o início da pandemia, provocou um aumento significativo das ameaças cibernéticas. As métricas confirmam:
“Se fosse considerado um país, o crime cibernético – responsável por gerar danos da ordem de US$6 trilhões em todo o mundo em 2021 –, seria a terceira maior economia do planeta, atrás apenas dos EUA e da China”.
Com isso, a proteção dos dados se tornou crucial para as empresas e consumidores. Apresentamos hoje dois fundos negociados em bolsa (ETFs) focados em segurança cibernética e que podem interessar os leitores de olho nesses eventos.
1. iShares Cybersecurity and Tech
- Preço atual: US$ 46,07
- Média de 52 semanas: US$ 33,78 - 49,09
- Retorno do dividendo (Yield): 0,13%
- Taxa de administração: 0,47% por ano
O mercado global de segurança cibernética deve crescer de US$155 bilhões em 2020 para mais de US$240 bilhões em 2025, o que representa uma taxa de crescimento anual composta de cerca de 11%.
Em termos de setores que dependem de produtos e serviços de segurança cibernética, o de defesa/governamental tem maior participação. Em seguida vêm serviços financeiros, manufatura, tecnologia da informação e comunicações.
O fundo iShares Cybersecurity and Tech (NYSE:IHAK) investe em empresas globais de segurança cibernética que fornecem software, hardware, plataformas e serviços relacionados. O fundo foi listado pela primeira vez em junho de 2019.
O IHAK possui 41 participações, rastreia os retornos do índice NYSE FactSet Global Cyber Security. Os 10 principais nomes respondem por cerca de 46% do seu patrimônio líquido de US$722,8 milhões. Em termos setoriais, temos TI (88.85%), seguida de indústria (11,03%).
Entre os principais nomes da carteira do fundo estão Zscaler (NASDAQ:ZS); Palo Alto Networks (NASDAQ:PANW), conhecida por seus produtos baseados na nuvem e de firewalls; Fortinet (NASDAQ:FTNT) (SA:F1TN34); Juniper Networks (NYSE:JNPR) (SA:J1NP34), fornecedora de softwares e produtos de segurança de rede; e a japonesa Trend Micro (OTC:TMICY).
O ETF já subiu cerca de 14,2% neste ano e 35,5% nos últimos 12 meses. Ele atingiu a máxima recorde em 9 de novembro. Desde então, as ações do fundo ficaram sob pressão e se desvalorizaram cerca de 6%. Os múltiplos de preço-lucro e preço-valor contábil são de 28,87x e 7,56x. Os investidores interessados encontrariam melhor ponto de entrada a US$ 44.
2. Simplify Volt Cloud and Cybersecurity Disruption
- Preço atual: US$18,75
- Média de 52 semanas: US$ 9,55 - 20,97
- Taxa de administração: 0,95% por ano
O Simplify Volt Cloud and Cybersecurity Disruption (NYSE:VCLO) é um fundo temático, administrado pela Simplify Asset Management, que oferece diversos ETFs com estratégias baseadas em opções.
O VCLO se concentra em empresas que os gestores acreditam estar entre os nomes mais disruptivos do setor de nuvem e segurança cibernética. Ele aumenta a exposição através de opções de compra de ações.
Além dessas posições compradas e calls, o fundo também adquire opções de venda fora do dinheiro, para proteger sua carteira contra uma liquidação ampla de ações de tecnologia.
O VCLO começou a ser negociado em dezembro de 2020 e tem US$20,3 milhões em patrimônio. Em outras palavras, é um ETF novo e pequeno.
Os 10 principais nomes formam 67% do patrimônio do fundo. Cerca de 19,13% do patrimônio do ETF estão investidos na rede de entrega de conteúdo Cloudflare (NYSE:NET) e outros 9,68% estão na plataforma de análise de dados baseada em software como um serviço Datadog (NASDAQ:DDOG). Depois desses dois nomes, vem a Crowdstrike (NASDAQ:CRWD), fornecedora de soluções na nuvem; a empresa de análise de dados Palantir Technologies (NYSE:PLTR); e a Microsoft (NASDAQ:MSFT) (SA:MSFT34).
No ano, o VCLO acumula alta de mais de 53,4% e tocou sua máxima recorde em 9 de novembro. Mas, desde então, já se desvalorizou cerca de 10%. Os investidores que gostariam de ter exposição a um ETF que, em parte, utiliza uma estratégia de opções para alavancar seus resultados, podem estudá-lo mais a fundo.