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5 ações para comprar agora

Publicado 20.09.2022, 10:18
Atualizado 09.07.2023, 07:32

Um grande investidor brasileiro, pouco conhecido do grande público, mas muito esperto, costuma repetir que, se você conhecer realmente de perto todas as empresas da Bolsa, acaba não comprando uma ação sequer.

Os processos, a tecnologia e as pessoas, sobretudo as pessoas, são sempre mais feios do que admitem os formulários de referência e as belas apresentações trimestrais. De perto, ninguém é normal. “Não se aproxima muito ou você vai se decepcionar. Cada ser humano tem um ponto fraco”, alerta o bilionário.

O CTO não paga pensão alimentícia, o CFO é viciado em jogo, o programador esconde carreiras de cocaína sob o mousepad, o CEO introduziu a amante no plano de stock options, a CMO tenta converter o edifício inteiro em crente e atribui o próprio sucesso à intervenção divina – fico imaginando que generosidade divina é essa que escolheu essa CMO e ferrou a vida da sua concorrente –, o gerente de RI, casado, gosta de meninos e meninas, alternando sua preferência entre terças e quintas, manifestada às escondidas na escada de incêndio do prédio – ah, se aqueles extintores falassem…

Eu, que sou apenas um rapaz latino-americano, “tenho ouvido muitos discos, conversado com pessoas” e, hoje, acho que o sujeito tem um ponto. Todas as empresas têm seus problemas. Na minha adaptação da frase do Millôr, “como são boas as companhias que não conhecemos de perto."

Contudo, há uma nuance aqui. O perfeccionismo, por vezes tido como uma virtude e prescrito em manuais de autoajuda por aí, na verdade, é um defeito paralisante. Se você for procurar algo sem defeitos (e isso inclui a si mesmo), não vai achar nem realizar nada. O bom investimento não é feito em ativos ou empresas sem problemas ou riscos, mas, sim, na identificação adequada de quais problemas e riscos são toleráveis.

Se é tudo meio problemático, se os juros mundo afora vão subir mais do que se supunha e o Renato Augusto não vai pra Copa, o que nos resta? Quem poderá nos defender? 

Direto ao ponto, entendo que a resposta esteja no quality barato. Mais pragmaticamente, empresas com marca forte, management competente, vantagens competitivas claras, balanço robusto, alto retorno sobre o capital investido (ou sobre o patrimônio) e múltiplos baixos. Existe pouca coisa listada com essas características, mas elas existem. Cito algumas.

Na crise, o dinheiro flui em direção aos donos do capital. O juro alto mata as fintechs, acaba com as promessas sonháticas, traz as métricas de avaliação para o presente (porque o Ebitda de 2050 vale muito pouco hoje depois de ser descontado por uma taxa alta), inibe aventuras em geral. A grana fica no banco. “Ah, mas essa alta de juro é circunstancial e logo volta o financial deepening” – olha, pode ser… talvez seja mesmo. Entretanto, oferece tempo aos bancos para mudar processos e tecnologia. Uma mudança conjuntural que permite uma arrumação da casa para um enfrentamento estrutural.’

Itaú (BVMF:ITUB4) me parece um bom nome para o momento. Tem conseguido avançar na mudança de cultura e na tecnologia, voltando a ser um nome premium entre os bancões. Negocia a múltiplos baratos e estancou a sangria de perda de clientes, pessoas e dinheiro para as plataformas e para as fintechs diante do juro alto. Fica cada vez mais claro como é difícil dar crédito no Brasil e como Itaú é um banco de qualidade mundial.

Ainda no setor financeiro – e aqui escrevo obviamente conflitado por razões óbvias –, BTG Pactual (BVMF:BPAC11) é outra companhia que se encaixa na prescrição. Banco transcendeu as características exclusivas de ser um case ligado ao processo de financial deepening, se alinhando mais a uma tese de “all weather stock” (uma ação para qualquer clima). Mesmo diante de um ambiente desafiador para a atividade tradicional de mercado de capitais, dado o juro alto e dada a ausência de IPOs, tem conseguido crescer as principais linhas de negócio de maneira consistente. Pode expandir cerca de 30% as receitas, a partir de pura alavancagem operacional. Guidance informal de 20% de ROE vem sendo entregue, até com ligeira folga. Caminha rapidamente para um lucro líquido anual de R$ 10 bilhões. Poderia ser negociado a 3x book e 15x lucros com certa facilidade.

Nem só de bancos vive o homem. 

Acho Cosan (BVMF:CSAN3) extremamente barata nesses níveis e vejo a ação, mesmo sem considerar projetos novos, podendo valer R$ 25 por soma das partes. Se admitirmos valor para os novos projetos, em particular o etanol de segunda geração, isso vai acima de R$ 30. Dada a característica defensiva, a diversificação de negócios e demonstrada capacidade de alocação de capital da companhia, é um potencial de valorização expressivo frente aos R$ 17,90 do preço de tela. As ações apanharam recentemente diante de preocupação com PEC dos biocombustíveis e mudança no ICMS, no que consideramos uma reação exagerada, dado o impacto material pouco representativo no Ebitda consolidado. Mercado também tem castigado as ações por privilegiar nomes que estão devolvendo capital ao acionista, enquanto Cosan ainda teria muito capex para fazer. Ora, ter um projeto de TIR superior a 25% deveria ser uma virtude, não um problema. Cosan é um nome de crescimento e com Preço sobre Lucro inferior a 10x para 2023. Com perfil defensivo, negócios diversificados e essa qualidade do management, não vejo opções tão atrativas quanto essa.

E temos também Iguatemi (BVMF:IGTA3) (BVMF:IGTI11). Empresa com discurso bastante adequado sobre disciplina na alocação de capital. Comprando fatia remanescente do JK a um bom cap rate e num nível de valution muito convidativo – mais de 400 pontos-base de desconto sobre a B, níveis semelhantes à era Dilma e muito descontado frente a Multiplan (BVMF:MULT3). Esperamos um bom terceiro trimestre, com inadimplência negativa novamente. Nome com ativos premium, com proteção da inflação e muito barato.

Você não contou errado. São quatro nomes na lista do quality barato, enquanto o título deste texto faz referência a cinco ações para comprar agora.

Completo a relação com um nome de commodity, classe que costuma andar bem em períodos inflacionários e capaz de compor bem o portfólio junto às demais. Ressalva importante: commodity é sempre um bicho complicado, difícil de prever, cujos múltiplos baixos podem subitamente ficar altos a partir de uma potencial desvalorização da matéria-prima subjacente. No entanto, o mercado de petróleo nos parece bastante apertado, com muito subinvestimento nos últimos anos e pouca oferta nova entrando até 2025. Ainda que uma recessão global possa vir a abater a demanda por petróleo, a disparada dos preços do gás tem produzido um efeito-substituição em direção ao óleo que poderia preencher esse espaço. Nosso nome favorito no setor é 3R Petroleum (BVMF:RRRP3), que negocia com os múltiplos mais baixos do segmento e já tem entregado uma ambiciosa expansão de produção.

Últimos comentários

fefito vai cagar
Maior baixa hoje foi da BPAC11 a 2o maior CSNA3. Deixando de seguir JÁ
cosan caiu muito mas tem potencial e realmente esta muito descontada. Vale a pena sim . Analise dele esta correta
Marfrig é bem melhor que todas as sugestões porquê não está - TÃO - atrelada tanto á política quanto o setor financeiro em que a maré é influenciada por Selics e fluxos de moeda estrangeira, fora questões políticas. Já CSN pode sofrer influência do valor do minério que PG disse que continuará alto por um tempo, a questão é que é imprevisível o preço do minério de ferro que já está alto, então não gosto de apostar que algo que já subiu. Cosan parece uma excelente escolha DY de 4.33 e p?L de 6.8. Marfrig tem DY de 27 e P/L de 1.2. A expectativa é a de que o preço da carne suba mais ainda no ano que vem. Acerca da menor demanda chinesa pela carne no ano que vem, de 20-25%, acredito que ela é super estimada, o mercado exagera para cima e para baixo, e neste momento os fundamentos que esse exagero é maior no tocante á Merfrig, principalemente se vislumbrado o horizonte de 2-3 anos. Multipplans parece uma excelente escolha mas esbarra num DY de 1.x e p/l de 22 (fonte bullrun)
Boa Jose!
Tem recomendação de compra em TRAD3 ou segue a manipulação? quer dizer short**
As recomendações da Empiricus são tão boas, mas tão boas, que o fundo da antiga Vítreo, agora corretora Empiricus que replica as estratégias e recomendações da série "A palavra do estrategista" tem resultado de -28% de rentabilidade desde o início e entrega 22% abaixo de benchmark. O fundomque replica a série As Melhores Ações da bolsa" tem -33% de rentabilidade desde o início! Que baita máquina de moer o dinheiro dos cotistas dos fundos! 🤡
Falou tudo. Isso sem contar os escandalos que estão envolvidos
As recomendações da Empiricus são tão boas, mas tão boas, que o fundo da antiga Vítreo, agora corretora Empiricus que replica as estratégias e recomendações da série "A palavra do estrategista" tem resultado de -28% de rentabilidade desde o início e entrega 22% abaixo de benchmark. O fundomque replica a série As Melhores Ações da bolsa" tem -33% de rentabilidade desde o início! Que baita máquina de moer o dinheiro dos cotistas dos fundos! 🤡
🤡 ⏳
Esqueceu da trad3?
Um belo dia, um leigo ouviu esse rapaz. A casa de análises independente e com resultados impensáveis, não com essas palavras exatas, mas indo por aí. Um super pacote de opções. Que buraco para um leigo tolo se enfiar. Quem encabeçava era o Amstalden (sei lá se é assim o nome), os mão na massa eram, um que nunca mais ouvi falar e o tal Bruce, pelo amor de Deus, quanto dinheiro pelo ralo. Depois ouvindo a proposta das tais "vacas leiteiras", interessante e mais dentro daquilo que posso chamar de racional para o meu entendimento na época. AGRO3, um dividendo gigante, em anos, seria o segundo dividendo da tal vaquinha. Só não me contaram da queda no valor do papel após o dividendo. Perspectiva de novos dividendos, bom, sabe, foi pela venda super boa de uma propriedade, o próximo, sabe Deus (muito tempo passou, eu sei). Tenho que dizer que não sei se vi o alerta, acho que não, o tal investimento de risco não tem garantia de ganho. Uma casa imbatível, como meu prejuízo. Escapei da Betina!!!
AGRO3 DY de 15, excelente empresa e o principal com lucros crescentes!!!
Itau batendo topo é coisa linda pra comprar.
E aí, cadê o narigão de palhaço? CVM, onde é o lugar de quem faz crime contra o mercado financeiro?
Viva a liberdade de expressão e de pensamento, ninguém é criança no ibov, as pessoas vem aqui tentar enriquecer e adivinhe não se cria riqueza aqui. Niniguém é obrigado a concordar com o caboclo acima.
Que merda de ações. Falyou listar entrar vendido em ação do TC e fabricar video contra a empresa. Ou nao foram voces?
Quem for mais top comenta aí ! Faça análises e ajuda as pessoas! Ao invés de reclamar!!!
Eu comento, lá em cima tem uma história. O cara conhece? Sim. Mas para mim não contou a históra inteira. Pode estar melhor? Claro que pode. Meu prejuízo? Bom esse ficou comigo. Investimento de Risco? É mas com eles isso era só pró-forma. Enfim, passou. Ouvi uma tal de TC, não acompanhei, mas polêmia sempre deixa preocupação. Acho eu, é amadurecimento ao ler certas análises. Um dia todos amadurecemos, os erros, bom... sorte de quem me teve na posição contrária e sorte de quem me cobrou para levar prejuízo. Mas risco é risco, bobo foi o leigo da época. Betina? Claro que eu não era mais tão bobo, um pouco, mas nem tanto, rsrs
Eu não sou top, mas deixei meu comentário. Cabe a você considerar válido ou não. No mais é só uma opinião baseada em um período vivido, claro, o tempo passou e as coisas podem ter mudado, mas a leitura acima e me recordando da Betina, lembrei que a Betina foi mais suave... aos que lembram do período das tais "vacas leiteiras", sabem do que o marketing é capaz. Conselho: leia você, conclua você e não deixe as opiniões de terceiros influenciarem o que VOCÊ interpretou, ninguém vai te ajudar se der errado, nem o autor, se der certo, sorte sua. Abs....
Cara esquisito ! Protagonista de um dos maiores escândalos dos últimos anos na B3 ! Que o diga TRAD3 ! Vergonha alheia para nao dizer coisas piores ! Como ainda dão espaco para esse sujeito !
Esse Felipe nao me passa confiança em nada q diz! Sujeito desprezivel
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