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5 Coisas para Observar no Resultado da General Mills Amanhã

Publicado 20.09.2016, 17:55
Atualizado 02.09.2020, 03:05

Por Clemente Thibault

A General Mills (NYSE:GIS), fabricante de importantes de consumo marcas de consumo baseada nos EUA, divulgará os resultados do primeiro trimestre de 2017 na quarta-feira, 21 de setembro, antes da abertura do mercado.

GIS

1. Previsão de lucro e receitas

A General Mills deverá divulgar ganhos de US$ 0,76 por ação, juntamente com receitas de US$ 3,9 bilhões. Se ela atender a essas expectativas, seus ganhos por ação terão declínio de 3,8% ano a ano, com uma queda ainda mais substancial de 7% na receita. É também interessante notar que a receita da General Mills diminuiu nos últimos quatro trimestres.

2. Cotação da ação se movimenta

Os últimos três meses foram surpreendentemente voláteis para as cotações da General Mills. No último resultado divulgado, em 29 de junho, a empresa bateu as expectativas por 10%. Isso impulsionou as ações para cima, de US$ 66 antes do balanço, ao recorde de todos os tempos de US$ 72,95 em 6 de julho. Em 7 de setembro, a ação começou a cair quando a empresa reafirmou que esperava vendas estáveis — na melhor das hipóteses — para o ano fiscal de 2017. O preço da ação retornou a seu nível pré-resultado, cerca US$ 66, no qual tem pairado desde então.

Nota sobre o preço das ações: enquanto o último balanço bateu nas expectativas mais baixas, as vendas líquidas ficaram abaixo de 7% ano a ano e o ganho por ação de US$ 0,63 registrou um leve declínio na comparação com anos anteriores. O dado ficou em US$ 0,66 em 2014 (2015 tem números incomparáveis). Além disso, o guidance reafirmado em 7 de setembro, o dia da queda, já era conhecida meses antes de o mercado reagir.

3. Vendas por categoria

É claro que as vendas da General Mills estão em declínio, mas um mergulho mais profundo em suas linhas individuais de negócios ajuda a entender melhor o que a GIS precisa fazer para endireitar o barco. Sete segmentos corporativos contribuíram, cada um, com mais de 10% para o número de vendas total da empresa. O maior segmento, 'Snacks' — que inclui marcas como Nature Valley e Fiber One — gerou US$ 3,3 bilhões no ano fiscal de 2016 e foi responsável por 20% das receitas. Ele diminuiu cerca de 3% na comparação com o ano fiscal de 2015.

'Refeições' — incluindo a Annie e Betty Crocker — segue com US$ 2,7 bilhões, ou 17% do total da receita. As vendas caíram apenas alguns milhões de dólares nesta categoria, mas pelo segundo ano consecutivo.

Outros segmentos da companhia são 'Iogurte' — dominada por Yoplait; 'Cereais' — que inclui o grande sucesso das Cheerios; «Produtos de panificação» — que produz Pillsbury, Betty Crocker e Bisquick produtos; 'Congelados' — Haagen Dazs é o nome dominante aqui; e 'Small Planet (ou “orgânicos'). É possível listar cada um dos segmentos restantes em maior detalhe, mas a questão é simples: Todos os principais segmentos em geral portfólio Mills declinaram em 2016. Pior ainda, todos os segmentos, exceto 'Snacks' diminuíram pelo segundo ano consecutivo.

Agora os clientes estão procurando o que percebem ser escolhas mais saudáveis nas prateleiras do supermercado. Por exemplo, iogurtes gregos no lugar do Yoplait açucarado do GIS, uma área na qual o Oikos a marca da rival Danone (PA:DANO) tem posição dominante. De fato, General Mills é atualmente um concorrente menor na arena de mercado "saudável".

4. Expectativas para o fiscal de 2017

Relatório de amanhã marca o primeiro trimestre de 2017 do calendário fiscal da General Mills. A empresa já anunciou algumas metas que deseja atingir no próximo ano. Principalmente, espera um crescimento de 6% - 8% no ganho por ação em moeda neutra, com alta da margem de 1,5 p.p sobre sua margem atual de 16%. A empresa gera um pouco mais 70% de sua receita nos EUA, por isso é que menos afetada pelo câmbio do que alguns dos seus pares multinacionais como a Nestlé (SIX:NESN) e Danone. A má notícia: o guidance da empresa para as vendas líquidas globais é de estável a -2% de crescimento, ou seja, potencialmente, um terceiro ano consecutivo de declínio das vendas totais.

Conclusão

Isso tudo não quer dizer que a General Mills é uma má companhia, ou que esteja se encaminhando para ter grandes problemas. A empresa é sólida, com reconhecimento de marca forte de consumidor para tais como Pillsbury, Cheerios e Yoplait. Suas vendas devem permanecer razoavelmente consistentes durante os próximos doze meses, porque os clientes tendem a ser criaturas de hábitos, leais às marcas que já conhecem... e até amam.

Resumindo, a GIS deverá melhorar devido a desinvestimentos, tais como a venda do Green Giant para a B&G Foods (NYSE:BGS) em novembro de 2015, bem como cortes de custo adicionais, incluindo 10%, ou US$ 300 milhões nas despesas administrativas ao longo dos últimos dois anos e um contínuo declínio nas despesas de publicidade desde 2012. Mas, como sempre, o corte de custos só pode beneficiar o lucro de uma empresa por um período curto de tempo. No longo prazo, encolher vendas inevitavelmente começará a cobrar seu preço.

Por outro lado, a General Mills oferece um bom dividendo de US$ 0,48 trimestralmente, que soma US$ 1,92 ao ano, um rendimento de quase 3%. E empresas de produtos básicos são geralmente consideradas paraísos relativamente seguros em tempos de incertezas econômicas, dado que os consumidores sempre precisarão de seus produtos. Mas mesmo se você estiver interessado em GIS para dividendos, o múltiplo preço por lucro da empresa de quase 24 — para uma empresa cujo crescimento do lucro parou em 2011 e tem sido instável desde então — deve preocupar. Pelo menos agora.

Acreditamos que a General Mills irá fornecer um melhor ponto de entrada no ano que vem, com o equilíbrio do preço das ações. Espere até que ele atinja cerca de US$ 50 antes de abrir uma posição de compra.

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