A decisão do COPOM hoje tem perspectivas de manutenção da taxa aos atuais 6,5% aa, reafirmando o compromisso da autoridade monetária com a inflação.
A atividade econômica, parafraseando o BC, ainda prescreve estímulos de política monetária, dado o elevado grau de ociosidade da economia.
Com o cenário relativamente instável, o uso do instrumento de política monetária para aliviar as pressões cambiais quase certamente não surtiria efeito, exatamente pelo caráter global e local da atual crise.
Ou seja, não resolveria o problema político (nem há como) e a tensão internacional continuaria a pressionar o dólar.
O Euro perde força com a sinalização mais dovish de Mario Draghi, enquanto a Libra esterlina sofre com a indefinição sobre o Brexit, cada vez mais de difícil conclusão.
Estes são elementos adicionais de força ao dólar, renovada após o carry trade de maio.
Neste cenário, o melhor mesmo é administrar as distorções no câmbio e no mercado de juros, aguardando uma melhor definição de pontos completamente imponderáveis e incontroláveis no cenário.
CENÁRIO POLÍTICO
Gleisi inocentada traz dois sinais conflitantes ao atual contexto, segundo um analista jurídico que consultamos ontem.
O primeiro de isenção e imparcialidade, onde o supremo liberta Gleisi e mantém lula, não podem ser considerados parcial no processo.
O segundo, observando a composição da segunda turma do STF, libertaria mesmo o ex-presidente, embolando ainda mais o já conturbado cenário eleitoral.
Em ambos os casos, o que fica nítido é a contramão que o supremo toma ao caminho que o país vem tomando na punição de políticos e autoridades públicas.
O temor parece ser corporativo, cada vez mais.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY em alta, em resposta ao alívio temporário na guerra comercial EUA-China.
Na Ásia, o fechamento foi positivo, também em resposta às tarifações.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos até os 10 anos.
Entre as commodities metálicas, queda somente no ouro.
O petróleo abre em alta em NY e em Londres, com a reunião da OPEP e na espera pelos estoques nos EUA.
O índice VIX de volatilidade abre em queda acima de 4%.
INDICADORES
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,7466 / 0,05 %
Euro / Dólar : US$ 1,16 / -0,267%
Dólar / Yen : ¥ 110,08 / 0,018%
Libra / Dólar : US$ 1,32 / -0,129%
Dólar Fut. (1 m) : 3742,44 / -0,34 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 19: 7,90 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 8,56 % aa (-2,73%)
DI - Janeiro 21: 9,58 % aa (-2,15%)
DI - Janeiro 25: 11,74 % aa (-2,41%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 2,26% / 71.394 pontos
Dow Jones: -1,15% / 24.700 pontos
Nasdaq: -0,28% / 7.726 pontos
Nikkei: 1,24% / 22.555 pontos
Hang Seng: 0,77% / 29.696 pontos
ASX 200: 1,15% / 6.173 pontos
ABERTURA
DAX: 0,331% / 12719,92 pontos
CAC 40: 0,272% / 5405,28 pontos
FTSE: 1,246% / 7698,60 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 72014,00 pontos
S&P Fut.: 0,318% / 2775,00 pontos
Nasdaq Fut.: 0,307% / 7274,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,21% / 86,75 ptos
Petróleo WTI: 0,05% / $65,10
Petróleo Brent:-0,01% / $75,07
Ouro: -0,12% / $1.273,11
Minério de Ferro: -0,44% / $65,01
Soja: -1,70% / $16,75
Milho: 0,42% / $355,25
Café: 0,13% / $114,25
Açúcar: 0,59% / $11,92