A ata da última reunião do COPOM reforça aquilo claramente observável na economia brasileira.
O elevado grau de ociosidade, as incertezas que gerariam a necessidade de maior flexibilidade da política monetária, o risco baixista da inflação, apesar dos choques temporários de oferta desenham um cenário de afrouxamento.
Ainda assim, a ausência de reformas continua a ser o componente mais importante na manutenção da atual taxa, mesmo em vista ao elevado hiato do produto e das perspectivas de inflação futura dentro da meta do CMN, onde o BC mantém as projeções.
Ao se abster de indicar os próximos passos, condicionando à agenda de reformas, às expectativas de inflação e o risco de deterioração de economias emergentes, dentro os 3 passos possíveis, reiteramos que o BC descarta a possibilidade de alta de juros neste ano.
O BC avalia os choques mais permanentes da paralisação, como na atividade econômica, mas com a inflação já revertendo parte dos efeitos e também do impacto da ausência das reformas nas expectativas dos agentes, a qual juntamente ao componente eleitoral, tende a adiar decisões de investimento.
Com isso, reforçamos nosso cenário de juros inalterados pelo restante do atual mandato do BC, principalmente pelo seu caráter provisório e com efeitos dos atuais movimentos concentrados no próximo ano.
CENÁRIO POLÍTICO
O PT já tem noção que opera uma candidatura fake e pode sofrer as consequências disso muito antes do que imaginam.
Com D’Avila no ‘banco de reserva’ aguardando o momento de entrar pode suscitar reações negativas até mesmo no TSE.
Em pesquisas realizadas pelo partido, cresceu em muito a quantidade de eleitores que não acreditam na candidatura do ex-presidente, além da proibição de participar de debates de TV. Se mandar o vice, não ‘vale’.
Ao retirar também o pedido de liberdade, com medo do julgamento da inelegibilidade, o PT cai na realidade que seu líder não tem.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY operam em alta, com alívio na expectativa por balanços.
Na Ásia, o fechamento foi positivo, ainda com tensões comerciais.
O dólar opera em queda consistente contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, alta generalizadas pelo dólar baixo.
O petróleo abre em alta em NY e em Londres, após sanções contra o Irã.
O índice VIX de volatilidade abre em queda acima de 2%.
Destacam-se hoje aos resultados de Discovery, Crocs, Office Depot, Disney, Avis Budget, Match Group (NASDAQ:MTCH), Papa John's, Hostess Brands, LendingClub, Snap (NYSE:SNAP) e Wendy's. No Brasil, Sanepar (SA:SAPR4), Hermes Pardini (SA:PARD3), Iguatemi (SA:IGTA3), Minerva (SA:BEEF3), Comgás (SA:CGAS5), CSU (SA:CARD3), Pactual e CSN (SA:CSNA3).
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,7359 / 0,77 %
Euro / Dólar : US$ 1,16 / 0,407%
Dólar / Yen : ¥ 111,14 / -0,233%
Libra / Dólar : US$ 1,30 / 0,139%
Dólar Fut. (1 m) : 3739,76 / 0,55 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 19: 7,26 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 7,86 % aa (-0,25%)
DI - Janeiro 21: 8,85 % aa (0,00%)
DI - Janeiro 25: 10,85 % aa (-0,28%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,47% / 81.051 pontos
Dow Jones: 0,16% / 25.502 pontos
Nasdaq: 0,61% / 7.860 pontos
Nikkei: 0,69% / 22.663 pontos
Hang Seng: 1,54% / 28.249 pontos
ASX 200: -0,30% / 6.254 pontos
ABERTURA
DAX: 0,933% / 12715,72 pontos
CAC 40: 0,868% / 5524,72 pontos
FTSE: 0,901% / 7732,86 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 81140,00 pontos
S&P Fut.: 0,214% / 2856,20 pontos
Nasdaq Fut.: 0,309% / 7467,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,88% / 85,84 ptos
Petróleo WTI: 1,01% / $69,71
Petróleo Brent:1,29% / $74,70
Ouro: 0,60% / $1.214,85
Minério de Ferro: 1,23% / $69,08
Soja: -0,96% / $16,52
Milho: 0,54% / $373,25
Café: 0,46% / $109,25
Açúcar: -0,09% / $10,99