O período de entressafra para a criação de animais a pasto – e, consequentemente, menor oferta destes – tem evitado quedas significativas nos preços do cordeiro vivo em algumas regiões e até impulsionado os valores em outras. Quanto à carne, colaboradores do Cepea relataram maior liquidez em junho, mas esse fator não foi suficiente para elevar os preços na maioria das praças.
Em São Paulo e no Ceará, apesar da menor oferta típica do período, os preços do animal cederam ligeiro 1%, a R$ 8,72/kg e R$ 5,22/kg, respectivamente, em junho. No Paraná, os negócios tiveram média de R$ 8,18/kg, valor semelhante àquele registrado em maio (R$ 8,15/kg). Em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul, os reflexos da entressafra foram mais fortes: os preços avançaram respectivos 5%, 7% e 8% em relação a maio, com médias de R$ 7,50/kg, R$ 8,00/kg e R$ 7,80/kg em junho.
Os preços da carcaça, por sua vez, elevaram-se 3% no estado gaúcho e 6% no paulista, a R$ 18,00/kg e R$ 21,50/kg, respectivamente. Nas demais localidades, as cotações mantiveram-se estáveis, com negócios a R$ 14,50/kg na Bahia, a R$ 13,00/kg no Ceará, a R$ 20,00/kg em Mato Grosso e a R$ 20,76/kg no Paraná.
INSUMOS – Com o período de entressafra, aumenta a preocupação do produtor em relação aos preços dos insumos (milho e farelo de soja), uma vez que os mesmos podem ser usados para a suplementação alimentar dos animais. Em Campinas (SP), a média da saca de 60 quilos do milho aumentou 9,3% de maio para junho, a R$ 37,48 neste último mês. Quanto ao farelo de soja, o avanço nos preços foi de 6,3%, a R$ 1.244,90/tonelada. Em Chapecó (SC), as altas foram de 9,6% e 9,1%.