Apesar dos números do Netflix (NASDAQ:NFLX), o cenário corporativo retomou o contexto positivo com os resultados da Microsoft (NASDAQ:MSFT) acima das expectativas dos analistas.
Além disso, o grande foco recente continua a ser o Federal Reserve e a possibilidade de corte de juros nos EUA, reforçada no discurso do membro do Fed de NY, John Williams, indicando possivelmente um movimento agressivo.
Outro que pode reforçar tal premissa é John Bullard hoje durante o encontro anual do Central Bank Research Association.
Por ser um dos primeiros defensores de um corte de 25 pontos-base, suas visões sobre o FOMC geram grande expectativa, num cenário esvaziado na agenda econômica, além da corporativa, da qual de relevantes somente se destacam Amex e BlackRock.
No mercado local, o ânimo com a possibilidade de corte de juros nos EUA elevou os ativos a novos patamares, principalmente no mercado de juros futuros, o qual tem passado uma semana de consideráveis volumes diminutos e baixas oscilações.
O fechamento expressivo da curva de juros se destaca na perspectiva de afrouxamento americano, mas na possibilidade de ocorrência do mesmo no Brasil, com o período podendo coincidir com a aprovação da reforma da previdência em setembro, data do possível corte do FOMC.
Ao COPOM, ainda que resistam dúvidas quanto à eficácia de cortes de juros no Brasil, dada uma série de fatores, o corte de 50 bp neste ano todo seria protocolar, até para atender aquilo que o BC tem pregado desde a mudança do colegiado em 2016: cortes necessitam de reforma.
Com a reforma aprovada, o BC precisa ao menos testar o cenário de juros ainda mais baixos, dada a atual atividade econômica a inflação controlada.
CENÁRIO POLÍTICO
As dúvidas quanto o período de liberação das contas do FGTS barrou novamente no corporativismo no Brasil.
O setor de construção civil “levantou as cristas” para a medida, levando a possível mudança do texto do governo, saindo de R$ 42 bi para R$ 30 bi o montante disponível.
O governo tende a ajustar esta demanda, se alinhando um pouco mais à equipe econômica, nitidamente contra a figura do FGTS como ela foi desenhada, o que pode levar a liberação nas datas de aniversário de parte das contas ativas e também limpar os saldos das contas inativas.
Com o impulso de curto prazo, a mudança na atividade econômica tende a ser marginal, centrada no trimestre de sua ocorrência, porém pessoas menos endividadas para o período de festas é algo bastante positivo.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com a perspectiva de um FED agressivo nos juros.
Na Ásia, o fechamento foi positivo, também pelas declarações de membros do FED.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque ao minério de ferro.
O petróleo abre em alta, após o abate de drones iranianos.
O índice VIX de volatilidade abre em queda de 0,22%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,7205 / -1,20 %
Euro / Dólar : US$ 1,12 / -0,346%
Dólar / Yen : ¥ 107,63 / 0,308%
Libra / Dólar : US$ 1,25 / -0,128%
Dólar Fut. (1 m) : 3733,44 / -0,82 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 20: 5,52 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 5,53 % aa (-0,90%)
DI - Janeiro 23: 6,35 % aa (-0,47%)
DI - Janeiro 25: 6,93 % aa (-0,43%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,83% / 104.717 pontos
Dow Jones: 0,01% / 27.223 pontos
Nasdaq: 0,27% / 8.207 pontos
Nikkei: 2,00% / 21.467 pontos
Hang Seng: 1,07% / 28.765 pontos
ASX 200: 0,77% / 6.700 pontos
ABERTURA
DAX: 0,191% / 12251,16 pontos
CAC 40: 0,049% / 5553,27 pontos
FTSE: 0,094% / 7500,13 pontos
Ibov. Fut.: 0,74% / 105116,00 pontos
S&P Fut.: 0,037% / 2998,70 pontos
Nasdaq Fut.: 0,268% / 7954,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,74% / 79,42 ptos
Petróleo WTI: 1,18% / $55,95
Petróleo Brent:1,50% / $62,86
Ouro: -0,48% / $1.439,13
Minério de Ferro: -0,22% / $120,87
Soja: 0,07% / $15,39
Milho: 0,41% / $425,50
Café: 1,13% / $107,15
Açúcar: 1,13% / $11,62