Em sua rapidíssima escalada dos 80 mil para os 93 mil pontos, a Bolsa brasileira subiu sete vezes nos últimos dez pregões.
Buscando as cinco principais altas dentro do Ibovespa no acumulado do período, identificamos as seguintes aves carijós:
CVCB3 (SA:CVCB3) = +49,81%
CYRE3 (SA:CYRE3) = +49,21%
COGN3 = +48,36%
VVAR3 (SA:VVAR3) = +47,16%
IRBR3 (SA:IRBR3) = +41,26%
Nada contra os ativos em questão, estou longe de ser um galo aristocrata.
Mas fica difícil evitar a alcunha de "dash to trash".
Para quem nunca ouviu a expressão empregada em Wall Street, sem problemas.
Prefiro a versão local de um mergulho de pintos em direção ao lixo.
Pintos adoram se divertir com lixo.
Desculpe se me falta polidez, digo isso de maneira agnóstica.
CVC, por exemplo, é uma empresa cada vez melhor desde que o novo CEO (Leonel Andrade) assumiu. Torço de verdade pra dar certo. No entanto, seu contexto atual é altamente desafiador. Merece cinquenta por cento?
A cobertura de recebíveis do galinheiro da Cogna está cheia de goteiras. Mas, de repente, vai rolar o IPO da Vasta em Nova York. Merece cinquenta por cento? Em dez dias?
Cabe a cada pinto julgar o que lhe apetece.
A mim e aos leitores da Empiricus, resta apenas destacar aquilo que não é necessário.
O investidor não precisa mergulhar no lixo para se divertir.
A Bolsa brasileira está cheia de coisa boa e não cara.
Desde large caps de qualidade até microcaps prontas para a retomada.
Você pode enriquecer de verdade mantendo bons padrões de higiene pessoal, sem uso de hormônios, e sem viver confinado em gaiolas especulativas.