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B3 deve abrir em queda após tumultos no DF, na contramão das bolsas internacionais

Publicado 09.01.2023, 08:32
Atualizado 11.10.2023, 23:02
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Bem-vindo à sua leitura matinal de cinco minutos de como os mercados estão reagindo ao redor do mundo nesta manhã.

ÁSIA: Os mercados asiáticos negociaram em alta nesta segunda-feira, na sequência do rali em Wall Street, com investidores apostando que os ganhos salariais mais lentos nos EUA podem prenunciar um arrefecimento da inflação que levou o Federal Reserve a aumentar as taxas de juros.

Os ganhos nas ações de tecnologia impulsionaram as bolsas regionais. A agência de notícias chinesa Caixin citou o secretário do Partido Comunista do Banco Popular da China, dizendo que a repressão de mais de dois anos da China às empresas de internet está quase no fim e que o governo apoiaria as empresas do setor na criação de mais empregos e competindo globalmente.

Hong Kong e a China continental retomaram as viagens sem quarentena no fim de semana, sinalizando o fim da política de "COVID-Zero" que manteve as fronteiras efetivamente fechadas por quase três anos.

O índice Hang Seng de Hong Kong ganhou 1,89%, fechando em 21.388,34 pontos. As ações de tecnologia lideraram os ganhos ao lado de ações de viagens e consumo. As ações da gigante do comércio eletrônico Alibaba (NYSE:BABA) saltaram 7,9% e as ações da empresa de tecnologia e entretenimento Tencent subiram 2,6%.

Na China continental, o Shanghai Composite subiu 0,58%, para 3.176,08 pontos e o Shenzhen Component subiu 0,62%, para 11.450,15 pontos.

O Kospi da Coreia do Sul subiu 2,63% para encerrar sua sessão em 2.350,19 pontos, liderando os ganhos na região.

O S&P/ASX 200 ganhou 0,60% para fechar em 7.151,30 pontos, impulsionado pelos setores de energia e materiais. A mineradora de urânio Paladin Energy liderou os ganhos, com alta de 9,6%, juntamente com a Nickel Industries, que ganhou 6,7%. Empresas de energia, incluindo Whitehaven Coal (alta de 0,6%) e New Hope Corporation (alta de 3,2%) continuaram sua escalada após a notícia positiva de que a China aliviaria suas restrições comerciais ao carvão australiano. Entre as gigantes, BHP subiu 0,8%, Rio Tinto (LON:RIO) caiu 1,1%, enquanto Fortescue Metals (ASX:FMG) recuou 1,5%, depois que seu diretor financeiro, Ian Wells, renunciou. No setor petrolífero, Santos e Woodside Energy fecharam em alta de 1% cada.

Os investidores também digeriram a leitura de aprovações de construção na Austrália, que ficou significativamente abaixo do esperado. A estimativa ajustada sazonalmente para novembro mostrou que o total de habitações aprovadas caiu 9% em comparação com o mês anterior, muito além das expectativas de um declínio de 1%. A aprovação de moradias do setor privado caiu 2,5%, enquanto as habitações do setor privado excluindo casas caíram 22,7%. O valor dos imóveis não residenciais aumentou 2%, enquanto o valor do total caiu 1,5%, disse o comunicado.

Os mercados do Japão permaneceram fechados em observância ao Dia da Maioridade, um feriado nacional.

O índice MSCI para a região Ásia-Pacífico, exceto Japão, subiu 2,51%.

EUROPA: Os mercados europeus negociam em alta na segunda-feira, com o sentimento do mercado impulsionado pela reabertura da economia chinesa e a melhora do sentimento nos mercados dos EUA.

O índice pan-europeu Stoxx 600 sobe 0,4% no final da sessão matinal, com a maioria dos setores e principais bolsas operando em território positivo. As ações de construção lideraram os ganhos, enquanto alimentos e bebidas registram as maiores perdas.

O alemão DAX 30 sobe 0,30%. A produção industrial alemã recuperou em novembro, apesar dos altos preços da energia, desacelerando a demanda.

Na França, o CAC 40 sobe 0,1% e na Itália, o FTSE MIB avança 0,5%.

Na Península Ibérica, o IBEX 35 da Espanha cai 0,3% e o português PSI 20 opera estável.

Em Londres, o FTSE 100 cai 0,1%. Entre as mineradoras listadas na LSE, Anglo American (LON:AAL) sobe 1%, Antofagasta (LON:ANTO) sobe 2,1%, enquanto as gigantes BHP e Rio Tinto sobem 0,1% cada. A petrolífera BP sobe 1,4%, à medida que a China reabre fronteiras após três anos de restrições, alimentando a alta do petróleo.

A taxa de desemprego da zona do euro em novembro ficou 6,5%, estável em relação a sua baixa recorde registrada em outubro Este é o nível mais baixo da série histórica, que remonta a 1998. O Eurostat destacou a resiliência no mercado de trabalho, apesar da desaceleração do crescimento econômico. A leitura está em linha com as previsões dos economistas. O número de pessoas desempregadas foi de 10,97 milhões em novembro, também praticamente inalterado em relação a outubro. Os economistas esperam que o desemprego na zona do euro aumente ligeiramente no primeiro semestre de 2023, à medida que a economia entre em recessão. Espera-se que a taxa de desemprego aumente para 7,0% em meados de 2023, de acordo com um consenso da FactSet.

EUA: Os contratos futuros dos índices de ações dos EUA sobem na manhã de segunda-feira, depois que os principais índices marcaram o primeiro rali de recuperação em 2023.

Na sexta-feira, o Dow subiu 2,13%, fechando em 33.630,61 pontos, enquanto o S&P 500 e o Nasdaq Composite subiram 2,28% e 2,56%, respectivamente, depois que o relatório de empregos de dezembro sinalizou que a inflação pode estar diminuindo.

O relatório de folha de pagamento não-agrícola (Payrolls) de dezembro indicou que as pressões inflacionárias poderiam estar diminuindo, pois mostrou que os salários cresceram menos do que o esperado ao longo do mês, apesar do relatório também mostrar que a economia criou 233 mil empregos em dezembro, mais do que os 200 mil estimados anteriormente.

Todas os principais índices terminaram a sessão de sexta-feira com ganhos semanais, com o Dow Jones e o S&P registrando sua melhor semana desde 30 de novembro, enquanto o Nasdaq encerrou a sua melhor sessão desde 29 de dezembro na sexta-feira.

Os rendimentos do Tesouro dos EUA sobem na segunda-feira. O rendimento dos títulos do Tesouro de 10 anos subia quase quatro pontos-base, para 3,6078% por volta das 6h30 (hotário de Brasilia). A nota do Tesouro de 2 anos estava sendo negociado em torno de 4,2890%, depois de subir quase três pontos-base. Rendimentos e preços dos títulos tem uma relação inversa e um ponto-base equivale a 0,01%.

Os investidores continuam avaliando as perspectivas para a inflação e como isso poderia afetar a próxima decisão do Fed sobre a taxa de juros. O banco central deve se reunir em 31 de janeiro e 1º de fevereiro e os investidores estão considerando se os aumentos dos juros serão mais lentos enquanto a batalha do Fed contra a inflação persistentemente alta continua. O banco central aumentou os juros pela última vez em 50 pontos-base em sua reunião de dezembro, uma ligeira desaceleração em relação aos aumentos de 75 pontos-base implementados em cada uma das quatro reuniões anteriores.

Os investidores esperam obter mais clareza sobre a inflação nesta esta semana. O relatório do índice de preços ao consumidor de dezembro deve ser divulgado na quinta-feira, seguido pelos lucros dos grandes bancos na sexta-feira. Espera-se também um discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, na terça-feira,

Na segunda-feira, espera-se a Pesquisa de Expectativas de inflação de 1 e 5 anos do Fed de Nova York às 13h00. O presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, deve falar às 14h30 e os dados de crédito ao consumidor sairá às 17h00. Todos no horário de Brasília.

B3 (BVMF:B3SA3): O ETF iShares MSCI Brazil UCITS, negociado na bolsa americana, caia 2,2% no início da segunda-feira, apontando para quedas quando os mercados brasileiros abrirem nesta segunda-feira, depois que apoiadores do ex-presidente de direita Jair Bolsonaro invadiram prédios do governo no domingo em protesto contra sua derrota nas eleições.

Os apoiadores de Bolsonaro invadiram o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal e o palácio presidencial em Brasília no domingo. Os manifestantes recusam a aceitar a derrota nas eleições de outubro.

As manifestações ocorrem uma semana após a posse de Lula como presidente, resultando em mais de 400 prisões após horas de confrontos com as forças de segurança.

Criptomoedas: As principais criptomoedas operam em alta na segunda-feira, após um início estagnado para 2023.

Investidores criptos esperam por catalisadores que podem iniciar a volatilidade no setor.

O Bitcoin salta quase 2% nas últimas 24 horas, acima de US $ 17.200, com o maior ativo digital subindo acima da faixa de negociação de US $ 16.500 a US $ 17.000 que dominou na maior parte do mês passado, impulsionado por sua correlação com o mercado de ações, depois que o Dow Jones Industrial Average e o S&P 500 subiram na sexta-feira, após sinais encorajadores do último relatório de empregos dos EUA, com as ações a caminho de avançar novamente na segunda-feira.

O Ethereum, a segunda maior criptomoeda, sobe mais de 4,5% nas últimas 24 horas, acima de US $ 1.300. Criptos menores ou altcoins também registraram ganhos impressionantes.

As criptos registraram pesadas perdas em 2022, um dos piores anos de todos os tempos para os ativos digitais, com as falhas como o colapso do ecossistema de stablecoin Terra e a falência da exchange FTX e exacerbando por declínios provocados por um mercado de ações em queda.

Bitcoin: +1,98% em US $ 17.272,90
0Ethereum: +4,79% em US $ 1.323,70
Cardano: +13,94%
Solana: +22,03%
Terra Classic: +6,79%

ÍNDICES FUTUROS - 7h55:
Dow: +0,26%
SP500: +0,38%
NASDAQ: +0,41%

COMMODITIES:
MinFe Dailan: -2,49%
Brent: +3,16%
WTI: +3,42%
Soja: +0,42%
Ouro: +0,42%

OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, independente, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado, enquanto a europeia e a americana estão no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados. O texto não é indicação de compra, manutenção ou venda de ativos.

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