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Aversão ao Risco Generalizada

Publicado 05.10.2021, 09:02
Atualizado 09.07.2023, 07:32

Iniciamos a semana numa onda global de aversão ao risco, impactando os vários ativos, no Brasil e no exterior. No exterior, o impasse político dos EUA, com a elevação do teto da dívida, predominava, assim como o tombo dos papéis das big techs, como o Facebook (NASDAQ:FB) (SA:FBOK34), derrubando as bolsas, também impactadas pela alta dos rendimentos dos treasuries, riscos inflacionários, pelas commodities “esticadas”, petróleo em alta. A Opep+ anunciou que irá manter o aumento gradual e controlado na oferta de petróleo, em 400 mil barris por dia, quando havia expectativa de aumento maior, em razão do crescimento da demanda.

No Brasil, o escândalo do escândalo do “Pandora Papers” não afetou tanto os mercados, mas pairava como “sombra”. Nos paree que o enfraquecimento de Paulo Guedes é interesse de parte do Centrão, ávidos por posições entre os que controlam o orçamento público. Há também a turma do quanto pior, melhor, doidos por uma “desgringolada” deste governo. 

No Congresso, seguem as escaramuças em torno dos precatórios e da reforma do IR, importantes para viabilizar o “Auxílio Brasil”. O secretário especial do Tesouro, Bruno Funchal, no entanto, já disse que não assina a prorrogação dos auxílios emergenciais até abril do ano que vem.

Neste cenário conturbado, no mercado de juros o dia foi de “abertura da curva”; o dólar subiu a R$ 5,4465, no maior patamar desde 27 de abril, e a Bovespa recuou a 110.393 pontos (-2,22%), acompanhando as bolsas de NY, lideradas pelas ações de tecnologia (em risk off).

  1. Facebook, Whatsapp e Instagram sofreram uma paralisação devastadora na tarde desta segunda-feira (dia 4). As 17h45, mais de seis horas depois, voltavam ao normal. Segundo estimativas do mercado, Mark Zuckerberg perdeu mais de US$ 6 bilhões com as ações da big tech despencando na bolsa de valores. O que causou este bug? Seguem as investigações. 

  2. Não dá para criar grandes celeumas em torno do fato de Paulo Guedes e Roberto Campos Neto terem contas em paraísos fiscais ou serem donos de offshores. Não são atividades ilegais, mas é importante que estas não tenham sido movimentadas nas suas carteiras ou composição de ativos nestes anos em que ambos estão no governo. Sendo assim, é mais uma “falsa” crise “fabricada” pelos de sempre. Lembremos que Henrique Meirelles, no ciclo lulista, também tinha recursos depositados no exterior. Aliás, todos, que possuem grandes montas, possuem contas no exterior. Chequemos se Lula, e sua turma, não possuem. Empresários, classe política, autoridades, nestas várias instâncias do judiciário, etc. Me parece mais uma “crise fabricada”, visando desestabilizar este já fraco governo. E vamos em frente. 

  3. Nesta terça-feira, no Brasil, no Senado, será votada a lei que trata do novo “marco das ferrovias”, uma boa notícia nesta tempestade perfeita que vivemos. O volume de investimentos privados neste setor já chega a R$ 80 bilhões. Já o deputado Hugo Motta deve apresentar o seu parecer sobre a PEC dos Precatórios. Uma PL, que visa amenizar a alta dos preços dos combustíveis, também está sendo elaborada entre os líderes de partidos e pode entrar em pauta. 

  4. Indicadores da B3 (SA:B3SA3) mostram o volume de investidores minoritários, as pessoas físicas. Maior concentração está em São Paulo, 38,3%, depois o RJ, 10,3%. São 3,97 milhões em todo o BRASIL. 

Número de pessoas físicas na B3

  1. Entre os indicadores do dia, destaque para a divulgação da produção industrial de agosto, PIM do IBGE. É possível que estes dados venham pressionados pela escassez e pelo o alto custo dos insumos e da energia elétrica. A tendência do indicador é baixista, recuando cerca de 0,6%. Sobre os dados de vendas do varejo, nesta quarta-feira, no setor varejista restrito,  temos a continuidade da recuperação da massa salarial e o avanço da mobilidade social, com  expectativas de alta de 0,4%, já o varejo ampliado, ainda impactado pela falta de insumos no setor automotivo, devendo recuar -0,7% no mês. 

  2. Por fim, nesta sexta-feira, o IBGE divulga o IPCA de setembro, com projeção de 1,2%, influenciado pelo aumento dos preços de energia elétrica, depois da criação da bandeira de “escassez hídrica”, em vigor no mês de referência. 

  3. Nos EUA, destaque na semana para o relatório mensal de criação de empregos norte-americano (payroll) na sexta-feira, ultima divulgação antes da próxima reunião do FOMC (2-3 de novembro). Em agosto, foram 235 mil vagas geradas, com setembro na expectativa de criação líquida de 470 mil novos empregos. Para o presidente do FOMC, Jerome Powell, “o mercado de trabalho ainda não está no nível e na configuração desejados, avanços têm sido promissores e devem permanecer nesse percurso”. Powell disse também que o resultado do indicador não precisa ser muito forte, sinalizando que “os próximos passos da política monetária da instituição estão praticamente traçados”. 

  4. Nesta terça-feira, temos os resultados do PMI e do ISM de Serviços, que podem surpreender positivamente, assim como os dados da indústria na última semana. O ISM de Serviços pode apontar uma melhora nos novos pedidos e empregos. Além disso, Biden deve levar sua agenda econômica para o público norte-americano em busca de apoio de alguns democratas no Congresso, que afirmam que não votarão o pacote de infraestrutura de US$ 1 trilhão se não houver um acordo para que o plano de gastos sociais de US$ 3,5 trilhões avance no Senado. 

  5. Ainda que, na última semana, os senadores republicanos e democratas tenham chegado a um acordo e adiado até dez/21 a decisão sobre o “teto da dívida” do país, o líder democrata no Senado, Chuck Schumer, planeja colocar em pauta o projeto aprovado pela Câmara de suspender o limite da dívida até dez/22. Porém, o líder republicano, Mitch McConnel, já afirmou que irá bloquear esta tentativa do democrata. 

Mercados

Foi dia de risk off nos mercados, com aversão ao risco generalizada. Preocupações com o impasse nas negociações em torno do teto da dívida americana no Congresso, falhas nas redes sociais, fora do ar em parte da tarde, incertezas com as decisões da Opep+, incertezas sobre os próximos passos do Fed, Fator Evergrande pesando, crises no Brasil, todos estes fatores derrubaram os mercados globais. 

No Brasil, a B3 fechou segunda-feira em queda forte (-2,2%), com os investidores preocupados com os impasses fiscais domésticos, crise energética e imbróglios na China. Por isso, o Ibovespa operou em forte queda, -2,2%, a 110.393 pontos, e o dólar, valorizando forte, 1,43%, a R$ 5,4465.

Nesta madrugada do dia 05/10, na Europa (06h05), nos futuros os mercados operavam sem tendência. DAX (Alemanha) recuando 0,02%, a 15.033 pontos; FTSE 100 (Reino Unido), +0,50%, a 7.046 pontos; e EuroStoxx50 +0,37%, a 4.011 pontos. 

Nesta madrugada do dia 05/10, na Ásia (06h00), os mercados operaram no vermelho, com mais um dia de ausência da China. Nikkei (Japão) recuando 2,19%, a 27.822 pontos; S&P/ASX (Austrália), -0,41%, a 7.248 pontos; e Kospi (Coréia), -1,72%, a 3.388 pontos.

Nos EUA, na segunda-feira as bolsas de Wall Street recuaram, com destaque para as big techs, em meio à interrupção das redes sociais e receios com a inflação, crise na China, com a Evergrande, impasse do orçamento e risco de shutdown. A bolsa Dow Jones fechou em queda de 0,94%, S&P500 -1,30% e Nasdaq -2,16, a 14.472 pontos. 

No futuro, as bolsas de NY operavam com ganhos neste 05/10, depois da forte queda do dia anterior: Dow Jones avançando 0,02%, a 33.876 pontos, S&P 500, +0,09%, a 4.295 pontos, e Nasdaq +0,30%, a 14.515 pontos. No mercado de Treasuries, US 2Y avançando 1,25%, a 0,2835, US 10Y +0,45%, a 1,488 e US 30Y, -0,22%, a 2,043. No DXY, o dólar +0,16%, a 93,927, e risco país, CDS 5 anos, a 202,1 pontos. Petróleo WTI, a US$ 77,84 (+0,28%) e Petróleo Brent US$ 81,58 (+0,39%). Gás Natural em alta de 0,34%, a US$ 5,833. 

Na agenda desta terça-feira, destaque para os índices dos gerentes de compras, os PMIs, do setor de serviços, na Europa, nos EUA e no Brasil, todos de setembro. Nos EUA, ainda temos os índices de gerentes de suprimentos, ISM, a desacelerar, e a balança comercial de agosto. Na Zona do Euro, a inflação ao produtor, PPI, e no Brasil, a PIM do IBGE, de agosto.  

Últimos comentários

Doidos por uma desgringolada? kkkkkk esse governo se auto desgringolou Sr. Julio
Sim, mas haveria uma tênue linha o sustentando. Sem o Guedes e o RCN  tudo desaba.
ANP autorizou o Porto Sudeste (PSVM11- Mubadala & Trafigura) a operar granéis líquidos petróleo e derivados na modalidade "Ship to Ship" atracado . Fato Relevante publicado em 17/09/ 21, diário oficial da União 16/ 09/ 21.
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