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Aquele Olhar 43 para 2017

Publicado 18.10.2016, 09:13
Atualizado 09.07.2023, 07:32

“Seu corpo é fruto proibido
É a chave de todo pecado
E da libido, e prum garoto introvertido
Como eu, é pura perdição!”

Que letra! Ahhhha os anos 80 (suspiros)!

Paulo Ricardo poderia dedicar essa música para economia brasileira atualmente. Vivemos uma dicotomia e tanto nos dias de hoje. Dados da nossa economia seguem não mostrando muita ou nenhuma melhora. Mesmo assim as perspectivas com nossa economia e potenciais ganhos no mercado de ações seguem provocando minha libido (uiiiii!)

Alguns dados podem ser bem justificados, tipo o caso do último dado de produção industrial que mostrou uma queda de 5,2%. Uma parte pode ser atribuída a interrupção temporária na fábrica da Volkswagen de São Bernardo do Campo, e a forte queda na produção de alimentos, com baixa de 8%. Ou seja, foram eventos pontuais que não devem se repetir.

Pergunta de 1MM: de onde virá o crescimento que tanto se fala por aí??? 1% ano que vem? 2%?

Olhando para o 3T16, não espero grandes resultados trimestrais sendo reportados em breve. Não deu tempo de as empresas perceberem nenhuma melhora. Outro ponto que preocupa é que os pedidos de natal têm sem mostrando bem fracos. Falamos com algumas empresas e tem sido meio unânime que ninguém está afim de apostar num natal gordo. O foco é manter estoques baixos e vender o que der.

Então de um lado temos uma economia ainda em contração e muita gente com medo de investir. Por outro, os indicadores de confiança seguiram avançando em setembro. dá uma olhada:

sondagem-consumidor-set-16

sondagem-industria-set-16

Mas toda regra tem sua exceção. O indicador da sondagem do comércio mostrou deterioração, reforçando a tese de um natal ainda magro. Tal qual ano passado:

sondagem-comercio-set-16

“É perigoso o seu sorriso, é um
Sorriso assim, jocoso
Impreciso, diria misterioso,
Indecifrável, riso de mulher”

-“E a pergunta segue sem resposta WILL, para de enrolar! Mostre-me o crescimento!”

Aos apressadinhos poderia postar a foto aqui do famoso “negão da piro…” mas não o farei para manter o nível.

Mas de fato me pergunto também quando vamos crescer? Como vamos crescer? Quando o otimismo vai se tornar realidade?

Li um negócio do BTG que curti. eles listam vetores de crescimento para o Brasil. Não é uma lista excludente, mas para gente que fala com clientes ou que nos perguntam de onde viria o crescimento do Brasil, é uma boa forma de organizar as ideias. Eles listam vetores de crescimento. O nome de traz certos calafrios de minhas aulas de Álgebra Linear nas excelentes dependências da querida UFRGS, naquele calorzinho bom de uns 35º de novembro em Porto Alegre, numa sala lotada, com um ventilador de teto que só fazia barulho e nenhum vento. Mas enfim, vamos a eles.

VETORES DE CRESCIMENTO

O primeiro vetor citado é o ajuste fiscal. Nesse caminho a aprovação da PEC241 ajudou bastante. Na real não resolve, pois precisa de uma reforma na previdência. mas passou, o que é muito bom!

O segundo é que a menor inflação abre espaço para corte de juros, o que acaba sendo positivo para consumo e até investimento. Temos vivido uma sequidão do crédito e nossa economia emergente precisa disso. logo esse pode ser um importante vetor de alavancagem de crescimento.

inflacaonobr

Expectativas inflacionárias convergindo para meta. Well done Mr. Ilan!
Exibindo

O terceiro vetor citado é o investimento em infraestrutura. Quanto a esse sou um pouco mais cético pela falta de estabilidade institucional para investimentos de mais longo prazo, que é o caso quando tu falas de infraestrutura. Pensa que 2018 está logo ali e eleições representam incerteza. Mas sem dúvida, tem muita coisa para destravar e fazendo algumas delas, já existe um empurrão bom para o crescimento dado que, hoje, nenhum outro componente da demanda agregada tem condição de liderar uma expansão mais vigorosa. O BTG comenta que se os estimados R$ 67 bilhões de potenciais investimentos forem realizados, há um efeito previsto de R$ 187 bilhões na renda total da economia e geração de 2,7 milhões de empregos (cálculo feito com base na matriz de insumo-produto do IBGE).

O quarto vetor é o externo, onde existe a expectativa de investimentos estrangeiros e via repatriação, ou mesmo pela melhora nas perspectivas econômicas que façam brasileiros e gringos voltarem a investir aqui.

Os vetores existem de fato! Por isso comentei no post do dia 03/10:

Sigo otimista com Brasil. Tenho receios com o mundo, mas se as coisas avançarem aqui poderemos ver lucros crescentes e valorizações consideráveis das empresas de bolsa. Acho que tem uma grande chance de controlarmos inflação, reduzir taxas de juros, voltar a crescer os nossos tradicionais 2% ao menos. Isso passa pela arrumação do fiscal que eu espero ver em outubro!

AQUELE OLHAR 43…

Indo nessa linha viesada, lanço meu olhar 43 sobre o último dado do Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci). Coisa linda!!

Aumento de 0,9 p.p. em setembro, mostrando recuperação ante o resultado de agosto (-0,5 p.p.) e atingindo o maior patamar desde dezembro do ano passado!! E veja que os estoques tiveram queda acentuada (vide gráfico).

Segundo a FGV:

A melhora nas percepções sobre o momento presente foi influenciada pela evolução favorável dos estoques. O percentual de empresas avaliando o nível atual de estoques como excessivos caiu de 14,1% para 12,7% entre agosto e setembro, enquanto as que os consideram insuficientes aumentou de 5,4% para 7,1% do total – o maior desde maio de 2013 (7,3%).

estoques-brasil

O que isso quer dizer? Que o ajuste já está sendo feito e poderia estar perto do final. Com estoques mais normalizados, a indústria pode retomar operações teríamos aí algum crescimento implícito. Por isso sigo nos acreditando no call de ROMI3 (SA:ROMI3), por exemplo.

“Pobre de mim, invento
rimas assim ;pra você
E um outro vem em cima
E você nem pra me escutar”

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