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Como saber se uma empresa está com dificuldades financeiras?

Publicado 27.01.2023, 11:51
Atualizado 09.07.2023, 07:32

Nas últimas semanas, poucos temas tiveram tanta atenção quanto o problema envolvendo a Americanas (BVMF:AMER3). Com uma dívida de mais de R$40 bilhões, a companhia pediu Recuperação Judicial nos últimos dias e abriu uma enorme dúvida em relação aos resultados que são divulgados no mercado, não só no setor de varejo, mas em outros também.

Quem foi dormir no dia 11 com ações da companhia acordou na manhã seguinte com uma enorme surpresa (ruim). No dia seguinte da notícia sobre o rombo contábil vir à tona, os papéis da AMER3 caíram mais de 70%. Hoje a queda é de cerca de 90%.

O caso de Americanas não é o primeiro e nem será o último do tipo. Já vimos esse filme em um passado não tão distante.

Por isso, o objetivo deste artigo é elucidar alguns pontos sobre os negócios listados em bolsa e, mais importante, ajudar o investidor a perceber sinais de dificuldades financeiras das empresas.

Obviamente, a resposta para esta questão não é única e está longe de ser uma receita de bolo. Porém, investidores profissionais adotam processos que podem ser replicados por outras pessoas e sobre os quais falarei a seguir.

Em artigo elaborado pelo sócio fundador da Nord, Bruce Barbosa, o analista comenta que um dos primeiros passos é analisar o histórico da companhia.

De acordo com ele, este não é o primeiro problema que o trio controlador da empresa apresenta. Já houveram fraudes com a Kraft Heinz (NASDAQ:KHC) (BVMF:KHCB34), América Latina Logística e agora, com a varejista.

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Bruce lembra, inclusive, que até Warren Buffett se deu mal quando participou da compra da Heinz.

Contudo, o maior investidor do mundo costuma dizer que as empresas mais propensas a fraudar balanços são aquelas que aplicam uma contabilidade mais agressiva. Isto porque os gestores possuem imensa flexibilidade para reportar um balanço e podem ser mais conservadores ou agressivos.

O grupo da Americanas é conhecido por ser bastante agressivo em bater metas e no reporte de seus números.

Outra dica tirada de Buffett parte da premissa de evitar setores com margens baixas, uma vez que isto exigiria uma gestão extremamente eficiente e, talvez, complexa.

Em resumo, segundo Bruce, é esse o tipo de empresa que não tem espaço para errar e que acaba “arrumando um espacinho nos números”.

Como eu disse mais acima, a discussão sobre Americanas levou os investidores a alimentarem certa desconfiança em relação ao varejo como um todo. O setor no Brasil é competitivo mesmo com juros elevados, economia fraca e consumidor endividado.

Tivemos, por exemplo, ações que foram beneficiadas pelo movimento da Americanas e chegaram a valorizar mais de 40%, como a Magazine Luiza (BVMF:MGLU3).

Contudo, a concorrência por clientes no setor é bastante grande com Via (BVMF:VIIA3) (Casas Bahia), Mercado Livre (NASDAQ:MELI) (BVMF:MELI34) e Amazon (NASDAQ:AMZN) (BVMF:AMZO34). Portanto, uma boa dose de cautela é sempre recomendada ao olhar para esse setor.

Projeções do mercado mostram que os resultados dessas companhias tendem a cair ao longo do tempo. Especialmente, com a economia e o PIB em tendência de baixa.

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O próprio Buffett já declarou que o varejo tradicional parece estar chegando ao fim, com competição ferrenha, margens apertadas e cenário de crise.

Falando em resultados, eu particularmente gosto de olhar o indicador EV/Ebtida, para entender a capacidade da empresa de gerar lucro (caixa).

Ele nos mostra quantos anos seriam necessários para que o lucro operacional da empresa quitasse todos os gastos gerados para comprá-la.

A ideia é que quanto menor o tempo levado para o pagamento, mais rápido o investidor pode começar a colher os lucros.

Ressaltando que os dados envolvidos são divulgados pelas empresas após serem auditados por empresas especializadas.

Em resumo, olhe para o histórico da companhia, de seu CEO, diretores e controladores. Olhe para o equilíbrio entre receitas e despesas. Repare na lucratividade do negócio e, se possível, consuma seus produtos.

É preciso fazer a lição de casa para diminuir as chances de problemas maiores no futuro. Isto porque, ainda que os cases sejam estudados a fundo, existem chances de prejuízos no futuro.

A dica para o investidor, como gosto de dizer é: “não coloque todos os ovos na mesma cesta”. Os eventos aleatórios acontecem e produzem resultados bons ou ruins. Por isso, encontrar o equilíbrio na carteira total de investimentos (renda fixa, fundos multimercados e bolsa de valores) é fundamental.

Bons negócios!

Bruno Madruga é sócio e head de renda variável da Monte Bravo Investimentos

Últimos comentários

Sapequinha, quer dizer que você detecta tudo isto analisando o balanço? KKKKKKK
Difícil saber.
Bom... não tem como saber se estão fraudando balanços. Aqui isso não dá em nada, já nos States é cana!
Quanto de credibilidade tem dados auditados por empresas especializadas?
muita manipulação e desenformacao
O problema contra a atitude do Rial foi a FORMA. Seria muito mais fácil reunir os principais credores e governo, decidirem a forma, CVM bloquear os papéis por 30 dias. E somente após a solução encontrada, por pior que seja, divulgarem a decisão. O risco de contaminação foi muito grande. Do jeito que foi feito fica parecendo coisa de criança...
O problema não está em saber se uma empresa está ou não em dificuldades financeiras, está em termos demonstrações financeiras críveis. Se houve fraude, que, e, ao que tudo indica, teve acobertamento de dirigentes e das empresas de auditoria, bicho, não há o que se possa fazer.
Depois que o milho vira pipoca… bla bla bla
Eu sei chama o Rial.kkkSabe tudo essa criança. Ninguém vai contratar ele.rs
No varejo as margens são em média 30% .. nada baixo para o setor .. Lojas americanas em 2019 estava com margem de 35% (fonte: Valor Econômico) .
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