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Copom e os 100 Pontos-Base

Publicado 18.03.2020, 08:34
Atualizado 08.01.2024, 17:49

A reunião do Copom hoje traz um dos maiores desafios de uma autoridade monetária, desde a adoção do regime de metas de inflação.

A normalização dos juros abaixo de 2 dígitos iniciada na gestão Goldfajn e continuada na atual pode ganhar um novo contorno, após a decisão do Federal Reserve em cortar os juros americanos para praticamente zero.

Tal movimento foi acompanhado por uma série de outros bancos centrais mundo afora, dificultando qualquer decisão local que sequer denote cautela por parte do BC.

Apoia-se em partes nas perspectivas deflacionárias do atual cenário de contenção humana, o que em partes faz sentido, com a adição da queda do preço do petróleo.

O problema da adesão neste movimento quase coordenado é o uso pesado de um arsenal do qual o Brasil ainda reservava algum espaço de manobra, porém com resultado limitado em termos de atividade econômica, em vista ao cenário de consumo muito reduzido em todos os setores.

Um efeito real para o Brasil viria provavelmente de uma ação que foge inclusive do receituário tradicional do BCB, com um corte de 100 bp nesta reunião e manutenção da taxa ao menos durante o ano de 2020.

Além disso, a autoridade monetária precisaria de uma defesa enfática do Real de maneira substancial, muito diferente da que tem sido feita até agora.

Os repasses cambiais começam a se tornar inevitáveis em diversos setores da economia, em especial no atacado devido ao já insistente e pesado achatamento das margens de lucro, mesmo com a demanda reprimida, pois a pressão exercida pelo dólar já supera em muito a capacidade de absorção, independente do atual contexto de demanda.

Deixar o Real sem defesa retiraria uma parcela significativa dos efeitos econômicos do corte de juros, que poderiam se traduzir em partes como efeitos inflacionários.

No exterior, a situação de emergência acaba por descortinar uma série de problemas nas empresas, alavancadas pela enorme liquidez em voga na última década e muitas em situação de fragilidade, sem condições de enfrentar um cenário desafiador, como o que se impõe neste momento.

Muitas operam com alto endividamento e aproveitaram o custo baixo de crédito tanto para inflar resultados de mercado, reperfilar suas dívidas ou mesmo, fazer uma série de fusões e aquisições.

Porém, tudo isso necessita de um cenário de Goldilocks de longo prazo para se sustentar.

Algo que parece cada vez mais distante.

ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, com a volatilidade intensa dos ativos em meio à crise.

Na Ásia, dia negativo, com a reversão do cenário ‘positivo’ anterior.

O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos a partir dos 5 anos.

Entre as commodities metálicas, quedas, exceção ao minério de ferro.

O petróleo abre em queda, com o cenário de atividade desafiador.

O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -8,20%.

CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,0077 / -0,13 %
Euro / Dólar : US$ 1,10 / 0,127%
Dólar / Yen : ¥ 107,34 / -0,455%
Libra / Dólar : US$ 1,20 / -0,166%
Dólar Fut. (1 m) : 4991,70 / -0,49 %

JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 4,45 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 5,38 % aa (-9,27%)
DI - Janeiro 25: 6,59 % aa (-6,92%)
DI - Janeiro 27: 7,38 % aa (-5,38%)

BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 4,8466% / 74.617 pontos
Dow Jones: 5,1953% / 21.237 pontos
Nasdaq: 6,2305% / 7.335 pontos

Nikkei: -1,68% / 16.727 pontos
Hang Seng: -4,18% / 22.292 pontos
ASX 200: -6,43% / 4.953 pontos

ABERTURA
DAX: -5,053% / 8487,39 pontos
CAC 40: -5,663% / 3765,72 pontos
FTSE: -4,866% / 5037,23 pontos

Ibov. Fut.: 6,18% / 74726,00 pontos
S&P Fut.: 3,282% / 2495,50 pontos
Nasdaq Fut.: -4,429% / 7077,25 pontos

COMMODITIES
Índice Bloomberg: -1,43% / 61,12 ptos

Petróleo WTI: -5,38% / $25,24
Petróleo Brent: -3,38% / $27,85

Ouro: -1,86% / $1.504,28
Minério de Ferro: -0,04% / $89,95

Soja: 1,00% / $830,75
Milho: -1,02% / $338,25 $338,25
Café: -0,96% / $102,90
Açúcar: 0,55% / $10,87



Últimos comentários

J Vieira, me corrija caso esteja errado. Veremos diferente de outros contextos em que o Brasil precisou sair de crise um desendividademoto pois neste contexto vamos reduzir juros o que permite rolagem do estoque da divida do tesouro mais barata. e mesmo com quedas de receitas/recolhimentos de impostos uma diferença favorável o que traria a médio prazo um alívio fiscal as contas públicas.
Um efeito real para o Brasil viria provavelmente de uma ação que foge inclusive do receituário tradicional do BCB, com um corte de 100 bp nesta reunião e manutenção da taxa ao menos durante o ano de 2020.
Deixar o Real sem defesa retiraria uma parcela significativa dos efeitos econômicos do corte de juros, que poderiam se traduzir em partes como efeitos inflacionários.
Muitas operam com alto endividamento e aproveitaram o custo baixo de crédito tanto para inflar resultados de mercado, reperfilar suas dívidas ou mesmo, fazer uma série de fusões e aquisições.
Bom dia Jenson Vieira.
Bom dia para todos. Bom dia mercado
vale apena comprar via varejo ?
O índice VIX em baixa parece exibir certo freio na volatilidade negativa, o que pode sinalizar que o Mercado esteja disposto a zerar as vendas e focar pontualmente nas compras, com a cautela necessária, obviamente. A partir daqui, voos de galinha, para cima ou para baixo. Espero.
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