Garanta 40% de desconto
💎 WSM subiu +52.1% desde que foi selecionada por nossa estratégia de IA em dezembro. Acesse todas as açõesAssine agora

Corte sem Convicção do BC e Ajuda do BCE Mexem com Mercados Hoje

Publicado 19.03.2020, 07:49
Atualizado 08.01.2024, 17:49

Inconvicto.

Eis a palavra que define a decisão do Copom ontem de cortar 50 pontos-base os juros, em meio a um contexto global de incertezas, inseguranças e riscos elevados.

Não se deixou levar pelo mesmo desespero do Fed, mas ainda assim se viu obrigado a embarcar em tal movimento globalizado.

A “porta” para novos movimentos está obviamente entreaberta e tanto o fiscal, quanto a cautela voltaram ao escopo da autoridade monetária, principalmente se considerarmos que, apesar da descompressão recente, as características estruturais da inflação brasileira não se alteraram.

A utilização de um regime fiscal mais frouxo determina tal cautela, ainda que seja por um momento de extrema necessidade, no que já é a segunda pior crise da história do moderno capitalismo e pode se converter na primeira.

As ações propostas ontem pelo governo federal, além do pedido de calamidade tem a nítida preocupação na máxima preservação das conquistas fiscais, ainda que muito difícil em tal cenário e inclui uma demanda muito citada, que é a assistência aos autônomos, uma classe de trabalhadores que cresce constantemente nos últimos anos.

Para o Banco Central, a inflação não deixou de ser o mote, pois caso se confirme que as projeções continuam num ciclo de descompressão, que os elementos mais nocivos à ela não constituem risco às metas e o cenário se confirme amplamente deflacionário, ele pode sentir o conforto necessário para inclusive aprofundar ainda mais o afrouxamento.

Neste momento, o balanço de riscos é o maior em mais de uma década e um Banco Central consciente de seu papel é de suma importância, para evitar os rompantes de nítido desespero como aqueles demonstrados pelo Federal Reserve nos EUA.

Ainda assim, o papel em evitar a distorção no câmbio está falho, tendo em mente que a deflagração de tal evento é auto-infligida, porém sua continuidade é fruto de pura especulação.

Eis o papel importante de uma autoridade monetária na correção das distorções que fogem à normalidade dos agentes de mercado.

No exterior, a proposta do BCE de compra de US$ 750 bi em ativos traz mais um alento ao já desesperado mercado, além dos programas propostos pelo governo americano.

É nítido agora observamos um movimento mais conciso contra os efeitos do COVID-19 e a curva de aprendizado da China traz lições muito importantes quanto ao tempo de duração de tais eventos.

Tudo pode durar menos do que aparenta, mas mesmo assim, o mundo terá dificuldades em resistir.

O problema é pensar racionalmente, estando no “meio do furacão”.

Bom Equinócio.

ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, com a ajuda do BCE animando os investidores.

Na Ásia, fechamento sem direção única, entre o fechamento ocidental e o BCE.

O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.

Entre as commodities metálicas, altas, exceção ao cobre.

O petróleo abre em alta, com o cenário de atividade desafiador.

O índice VIX de volatilidade abre em alta de 4,03%.

CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,1089 / -2,02 %
Euro / Dólar : US$ 1,08 / -0,834%
Dólar / Yen : ¥ 109,29 / 0,972%
Libra / Dólar : US$ 1,15 / -0,526%
Dólar Fut. (1 m) : 5224,92 / 4,67 %

JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 5,81 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 7,03 % aa (30,67%)
DI - Janeiro 25: 8,02 % aa (21,70%)
DI - Janeiro 27: 8,55 % aa (15,85%)

BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -10,3491% / 66.895 pontos
Dow Jones: -6,3024% / 19.899 pontos
Nasdaq: -4,7028% / 6.990 pontos

Nikkei: -1,04% / 16.553 pontos
Hang Seng: -2,61% / 21.709 pontos
ASX 200: -3,44% / 4.783 pontos

ABERTURA
DAX: -0,933% / 8362,99 pontos
CAC 40: 0,435% / 3771,18 pontos
FTSE: -0,840% / 5037,89 pontos

Ibov. Fut.: -10,88% / 66597,00 pontos
S&P Fut.: -3,266% / 2414,00 pontos
Nasdaq Fut.: -0,069% / 7160,50 pontos

COMMODITIES
Índice Bloomberg: 1,18% / 60,18 ptos

Petróleo WTI: 12,37% / $22,37
Petróleo Brent: 6,67% / $26,24

Ouro: -0,42% / $1.476,86
Minério de Ferro: 0,54% / $90,44

Soja: 1,06% / $834,25
Milho: 2,39% / $343,00 $343,00
Café: 5,65% / $114,15
Açúcar: 0,94% / $10,71



Últimos comentários

Previsao dia de alta ou baixa na bolsa? O IRB pode subir? Obrigado, bom dia a todos.
O problema é pensar racionalmente, estando no “meio do furacão”.
Bom dia Jenson Vieira. Bom dia mercado.
Russia já está avaliando movimento inverso, subir juros para defender moeda. Acho que foi equivocada a decisão de baixar os juros por aqui, deveriam ter subido (e muito) para proteger a moeda. A economia está parada mesmo, não vai ser meio ponto a menos que vai fazer alguém consumir mais, produzir mais ou exportar mais. Por outro lado, a perda (literalmente) de uma moeda pode levar um país ao buraco (vide Argentina), com consequências nefastas no longo prazo. Situações heterodoxas pedem soluções heterodoxas. Um choque de juros pelo lado monetário, acompanhado de forte incentivo pelo lado fiscal, com redução de imposto e inclusive injeção de $ em empresas-chave é o que precisamos agora. Melhor torrar dinheiro pelo lado fiscal do que queimar reservas. Aliás, são estas reservas que estão sendo dizimadas que nos permitem (ao contrário de outros emergentes), ainda, subir juros com credibilidade (de que não haverá calote).
Eu acredito que os juros só deveriam ser baixados caso houvesse um incentivo federal para que as empresas começassem a produzir no Brasil, além de reduzir os impostos delas. Desconfio que os juros, por si só, não irão alterar, a curto prazo, o problema pelo qual estamos vivendo.
Concordo com o Sr. Hoje temos condições melhores do que aconteceu no século passado mais precisamente em 1918. O que nos está ajudando, é que temos comunicação farta e tecnologia para tentar superar a crise. Acredito que o pêso das decisões estão sendo feitas por mero capricho politico.
Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.