A ata da última reunião do FOMC pouco trouxe de novidades ao reiterar a alta de juros na reunião de dezembro nos EUA, dando mais um alento às preocupações dos investidores com a extensão do aperto monetário e seu ele pudesse ultrapassar o limite até recentemente citado.
O Fed reitera estar atento aos indicadores econômicos e caso alguma alteração significativa ocorra, principalmente no mercado de trabalho, o comitê pode interromper as altas de juros antes do preconizado, conforme Powell deixou claro, assim como Clarida, em seus últimos comunicados.
Mais importante do que isso é uma possível resolução da guerra comercial entre EUA e China, de onde surgem a maior parte das dúvidas dos bancos centrais mundiais.
Aos EUA imputa-se a elevação considerável de custos, como no caso da tarifação do aço e do alumínio, assim como o fechamento da fábrica da GM.
À China, a tentativa de regulação do shadow banking, assim como a tentativa de estímulo ao setor privado através de incentivos ao mercado de capitais não conseguem reverter uma perspectiva de crescimento em desaceleração para os próximos anos.
Neste cenário, o Brasil tende a se ajudar caso promova uma ampla abertura de mercado, de modo a reduzir os custos de produção do seu parque industrial e de seus bens finais e não fique refém da exportação somente de commodities, como tem feito nos últimos anos.
Atenção hoje ao PIB do terceiro trimestre e aos dados do setor público consolidado.
CENÁRIO POLÍTICO
O foco continua na tentativa de um acordo para a votação da cessão onerosa e detalhes do que pode ser a partilha com os estados.
Como citamos ontem, na absoluta ausência de recursos, o desespero dos parlamentares, alguns de saída do congresso, é nítida e a cessão onerosa é “apetitosa” demais para ser deixada de lado.
Ainda assim, Guardia monta “guarda” pesada contra este desatino fiscal e se recusa em assinar qualquer acordo que claramente seja inviável ao governo federal e deixe ainda um elevado ônus para o próximo governo.
Faltam 31 dias para a posse do novo governo.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em queda, na expectativa do encontro do G-20.
Na Ásia, o fechamento foi misto, também na expectativa do encontro do G-20.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos a partir dos 5 anos de vencimento.
Entre as commodities metálicas, a queda quase generalizada, com exceção do minério de ferro.
Dólar puxa ouro para baixo.
O petróleo abre em queda, com o aumento dos estoques americanos.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 4,4%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,8526 / -0,04 %
Euro / Dólar : US$ 1,14 / -0,237%
Dólar / Yen : ¥ 113,54 / 0,053%
Libra / Dólar : US$ 1,28 / -0,274%
Dólar Fut. (1 m) : 3860,51 / 0,52 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 19: 6,58 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 6,98 % aa (0,58%)
DI - Janeiro 21: 7,95 % aa (0,51%)
DI - Janeiro 25: 9,63 % aa (-0,41%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,51% / 89.710 pontos
Dow Jones: -0,11% / 25.339 pontos
Nasdaq: -0,25% / 7.273 pontos
Nikkei: 0,40% / 22.351 pontos
Hang Seng: 0,21% / 26.507 pontos
ASX 200: -1,58% / 5.667 pontos
ABERTURA
DAX: -0,495% / 11242,30 pontos
CAC 40: -0,434% / 4984,51 pontos
FTSE: -0,662% / 6992,37 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 89909,00 pontos
S&P Fut.: -0,383% / 2733,70 pontos
Nasdaq Fut.: -0,282% / 6893,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,35% / 82,33 ptos
Petróleo WTI: -1,52% / $50,66
Petróleo Brent:-0,82% / $59,02
Ouro: -0,23% / $1.221,43
Minério de Ferro: -0,44% / $72,60
Soja: -0,46% / $16,27
Milho: 0,35% / $361,50
Café: 0,00% / $108,50
Açúcar: 1,24% / $13,03