Em semana de decisão do COPOM, as atenções se voltam à forte especulação do mercado financeiro na semana que antecedeu a reunião e a perspectiva de abertura da curva de juros.
É unânime entre os analistas a manutenção de juros, contrariando as demandas do mercado por um aperto adicional, simplesmente para responder às tensões de curto prazo.
Os mais recentes índices inflacionários devem sim apresentar uma pressão conjuntural de preços, em vista ao choque de oferta promovido pela paralisação dos caminhoneiros, todavia, tal movimento seque ameaça o centro das metas de inflação, tirando total sentido em um aperto.
Ainda assim, dada a tensão internacional com a possível piora da guerra comercial entre China e EUA, o BC deve se manter atento ao câmbio, mesmo que o dólar esteja globalmente em desvalorização.
Para completar o cenário, a Petrobras (SA:PETR4) deve novamente baixar o preço da gasolina, com a alta relativamente moderada do dólar na semana anterior (0,58%) e a queda no barril de petróleo.
Ainda assim, para isso se converter como queda nos postos de gasolina, deve levar um tempo, com donos de postos tradicionalmente alavancando o preço pelos estoques mais caros.
CENÁRIO POLÍTICO
Ao contrário do que muitos imaginam, o movimento na segunda turma do STF para possivelmente libertar lula nem de longe significa que o condenado poderá ser candidato.
Articulado nos últimos dias, Fachin lançou para a segunda turma do STF, a qual além dele compõem Celso de Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Em resumo, todos simpáticos ao ex-presidente e críticos da Lava-Jato.
Fora da cadeia, lula não pode se candidatar, pois a condenação continua, sendo dada possibilidade de responder em liberdade ao processo.
Para o PT, ter lula na rua seria de suma importância, pois o mesmo na cadeia perdeu força em todas as pesquisas.
No mais, o cenário político continua embolado em diversos aspectos, desde o centro até a esquerda.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY em queda, em resposta às piora na guerra comercial EUA-China.
Na Ásia, o fechamento foi negativo, também em resposta às tarifações.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, alta somente no ouro.
O petróleo abre em queda em NY e em Londres, com o aumento global de oferta.
O índice VIX de volatilidade abre em queda acima de 3,35%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,7296 / -2,05 %
Euro / Dólar : US$ 1,16 / 0,060%
Dólar / Yen : ¥ 110,51 / -0,136%
Libra / Dólar : US$ 1,32 / -0,218%
Dólar Fut. (1 m) : 3729,72 / -1,68 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 19: 8,29 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 9,04 % aa (-3,52%)
DI - Janeiro 21: 9,98 % aa (-3,57%)
DI - Janeiro 25: 11,98 % aa (-2,36%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,93% / 70.758 pontos
Dow Jones: -0,34% / 25.090 pontos
Nasdaq: -0,19% / 7.746 pontos
Nikkei: -0,75% / 22.680 pontos
Hang Seng: -0,43% / 30.309 pontos
ASX 200: 0,17% / 6.104 pontos
ABERTURA
DAX: -1,370% / 12832,33 pontos
CAC 40: -1,222% / 5434,65 pontos
FTSE: -0,338% / 7608,11 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 71205,00 pontos
S&P Fut.: -0,474% / 2771,20 pontos
Nasdaq Fut.: -0,718% / 7229,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,08% / 87,72 ptos
Petróleo WTI: -0,42% / $64,79
Petróleo Brent:0,75% / $73,99
Ouro: 0,14% / $1.280,78
Minério de Ferro: -0,26% / $65,39
Soja: -2,07% / $17,00
Milho: -0,76% / $358,75
Café: 0,35% / $115,60
Açúcar: 1,08% / $12,14