O breve alívio nas declarações de Trump sobre o Federal Reserve gerou um forte movimento corretivo, com recorde de pontos diários nas bolsas de valores americanas, o que não foi seguido diretamente por parte dos mercados, ainda em correção dos movimentos pré-natais.
Localmente, além de não seguir os desígnios das bolsas americanas, sequer as commodities em alta, em especial o petróleo, ajudou as ações de empresas ligadas ao setor.
Todo este movimento fortemente atípico reitera o que citamos ontem aqui, sobre o elemento Trump na forte volatilidade dos mercados local e internacional e como a questão política americana ainda vai dominar o cenário por um período relativamente longo.
A fragilidade da questão congressual do atual presidente já mostra seus primeiros efeitos, com dados do US Census Bureau sobre vendas de imóveis não sendo divulgados hoje por conta do shutdown.
De serviços mais básicos até os mais complexos, isso afeta todos os entes federais americanos.
Resta agora entender o quanto Trump está disposto a sacrificar da sua população de modo a cumprir a promessa de campanha e conseguir os recursos para o muro com o Mexico, o qual dizem US$ 5 bi não serem suficientes (um quinto do total, provavelmente).
Para os ativos globais, resta aguardar quando algum senso é colocado nas ações do presidente e uns tweets corrigem outros e quando isso acontece.
Apesar dos avanços recentes, a questão comercial com a China está basicamente em aberto e sem uma resolução até março do próximo ano, é possível sentirmos novamente a volatilidade resultante de mais este evento.
CENÁRIO POLÍTICO
Enquanto o assessor de Flavio Bolsonaro não se apresenta à justiça e mantém suas declarações em cadeia nacional sobre as movimentações em suas contas bancárias, a oposição se preocupa com a prisão de Klinger Souza e as implicações para o PT.
Alguns acreditam que o renascimento do tema será um golpe de misericórdia ao cambaleante partido, isolado inclusive da própria esquerda, a qual fez questão de tratar como um mero consorte nas eleições passada.
Karma pesado, mas Bolsonaro que se cuide, serve para todos.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em queda, na ressaca pós recordes.
Na Ásia, o fechamento foi positivo, seguindo o fechamento em queda nas bolsas americanas.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, a queda é generalizada, com exceção do ouro.
O petróleo abre em queda, com grandes elevações de estoque.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 6,2%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,9272 / 0,58 %
Euro / Dólar : US$ 1,14 / 0,396%
Dólar / Yen : ¥ 110,85 / -0,467%
Libra / Dólar : US$ 1,26 / 0,024%
Dólar Fut. (1 m) : 3918,66 / 0,80 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 19: 6,47 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 6,60 % aa (0,15%)
DI - Janeiro 21: 7,42 % aa (0,27%)
DI - Janeiro 25: 9,21 % aa (0,00%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,65% / 85.136 pontos
Dow Jones: 4,98% / 22.878 pontos
Nasdaq: 5,84% / 6.554 pontos
Nikkei: 3,88% / 20.078 pontos
Hang Seng: -0,67% / 25.479 pontos
ASX 200: 1,88% / 5.597 pontos
ABERTURA
DAX: -1,528% / 10471,34 pontos
CAC 40: 0,029% / 4627,74 pontos
FTSE: -0,617% / 6644,75 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 85635,00 pontos
S&P Fut.: -1,858% / 2425,00 pontos
Nasdaq Fut.: -1,742% / 6176,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,30% / 77,88 ptos
Petróleo WTI: -2,03% / $45,28
Petróleo Brent:-2,75% / $52,97
Ouro: 0,49% / $1.273,33
Minério de Ferro: 0,06% / $68,83
Soja: -1,54% / $15,95
Milho: 0,60% / $375,25
Café: 1,66% / $103,20
Açúcar: 0,16% / $12,37