O euro continuou a queda, na sexta-feira (23/10), após os decisores políticos do Banco Central Europeu (BCE) adotarem um tom dovish na sua conferência de imprensa, de quinta-feira passada (22/10).
Draghi, presidente do BCE, afirmou que o banco central está pronto para discutir se são necessárias medidas adicionais já em dezembro de 2015 e que eles estão prontos, se necessário, para expandir o programa de flexibilização quantitativa (QE).
A conferência de Draghi insinuou uma adicional flexibilização da política monetária de curto prazo e que estaria iminente um estímulo econômico. Levantando questões sobre quão preparado poderá estar o BCE para navegar em águas desconhecidas e colocar pressão sobre a Reserva Federal (Fed) dos EUA para não aumentar suas taxas de juros.
Na última reunião em 6 de outubro, o Banco da Reserva da Austrália (RBA) disse que tendo em conta as condições atuais, era apropriado deixar a taxa de juros inalterada nos 2% e que continuará a informar sobre os desenvolvimentos econômicos e financeiros das perspetivas tanto internas como externas. E se a atual postura política se mantem apropriada para promover o objetivo de crescimento sustentável e inflação consistente.
Desde o início do ano o EUR/AUD subiu mais de 3,0% e encontra-se numa fase de aviso desde o início de outubro. O par continuou a cair durante a sessão de sexta-feira (23/10) mas desta vez com uma reduzida amplitude e fechou próximo do mínimo do dia. O par quebrou em baixa a linha de tendência de alta (LTA) de longo prazo e encontra-se atualmente negociando em um suporte diário, sinais de fraqueza dos touros. O estocástico evidencia um impulso de baixa e encontra-se abaixo da linha média dos 50.
Espera-se um movimento descendente até um suporte diário nos 1,4894 numa quebra abaixo do suporte diário nos 1,5164 (cenário 1) ou uma quebra acima do suporte diário nos 1,5331 poderá empurrar o par até uma resistência diária nos 1,5570 (cenário 2).