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“Fatura” de Erros de Política Monetária e Econômica do Brasil Já Compromete 2022

Publicado 15.10.2021, 07:00
Atualizado 09.07.2023, 07:32

É inegável que o mundo global “ao acordar” da fase mais intensa da pandemia está enfrentando uma forte tendência inflacionária de custos, e isto decorre da retomada que representa maior demanda de bens que apresentam escassez no momento e de questões climáticas imponderáveis e imprevisíveis.

Mas, é preciso separar o “joio do trigo” e não permitir se seduzir pelas alegações do governo brasileiro, em especial do Ministério da Economia, de que a “culpa é dos alimentos e da questão hídrica”, pois isto neutraliza as verdadeiras e causas iniciais do impacto na economia brasileira.

Nem tudo que vemos tem causa na pandemia, nem “a priori” na escassez de produtos, aliás teve início quando havia abundância e preços acomodados, o Brasil errou bem antes de forma dantesca em suas políticas monetária e econômica e por não ter feito as correções ao tempo certo, atualmente recebe pressões maiores, podendo mesmo comprometer seriamente as perspectivas para o ano eleitoral de 2022, atropelando as intenções políticas do atual presidente.

É preciso “retornar” no tempo para verificarmos a evidência dos erros e reconhecer que hoje temos as consequências normais, a despeito do quadro atual da inflação de demanda e escassez de produtos/insumos a nível global.

O governo atual “recebeu” o país sem “punch” interno, então, até corretamente, o Ministro da Economia lançou a campanha do “dólar alto e juro baixo”, com o claro interesse de conclamar o parque industrial e demais setores a acentuar a atividade exportadora, retrair a importação a qual atribuía a derrocada da indústria brasileira com desnacionalização e incentivar o empresariado ao investimento produtivo.

Não demorou muito tempo para que ficasse evidente a percepção de que o “teórico não se confirmava na prática”, as reações não corresponderam ao ideário, e, era o momento de revisão da estratégia, visto que o único setor da acentuar suas transações externas foi o de commodities, que já tinha preços internacionais extremamente aviltados e assim juntou os dois fatores, preço alto e taxa da moeda para conversão elevada e hoje representa 70% da pauta exportadora brasileira, retornando o Brasil colonial, deixando pífios 30% para todos os demais produtos brasileiros, que a rigor, com raríssimas exceções tem baixo valor agregado.

Com o mote mantido do “câmbio alto e juro baixo” foi dado o “start” para a dinamização da inflação no Brasil, o que aconteceu gradualmente enquanto os preços subiam, mas ainda havia fartura de estoques.

O erro estratégico foi persistido, faltou sensibilidade ao Ministério da Economia para revisão do que não estava dando certo, e ao seu subordinado BC/COPOM a percepção de que se acentuava o rebote dos preços internacionais agravados pelo câmbio alto local se transformando em inflação que requeria enfrentamento mais incisivo. O governo manteve inalterada a estratégia beneficiando um único setor, o agronegócio, e o BC/Copom usava a metáfora enganosa de que a inflação era “temporária”.

Este é o “x” da questão brasileira, por isso nosso quadro prospectivo no todo é pior que o do mundo global, a pandemia do coronavírus se assentou já num cenário comprometido por erros crassos, posteriormente relegados a plano secundário e, atualmente, ocorre tão somente a consequência dos erros do passado recente.

Agora, até parece um sofisma quando o Ministro da Economia vai ao FMI e diz que “está tudo sob controle na parte fiscal, no déficit etc...”, quando todos sabem que não é bem assim, danos irreparáveis para este governo estão presentes e podem neutralizar projeções para 2022 na medida em que cresce a percepção de que “a situação brasileira” é a pior entre os emergentes e não tem solução fácil mesmo que tardiamente procure reparar os estragos.

Há uma sensação de que não há mais tempo para a reação “causa-efeito” no prazo de 1 ano no mínimo.

Vai continuar timidamente elevando a Selic, com baixo efeito reflexivo na curva inflacionária que é forte e consistente e “criada por nossos próprios erros de forma sólida” agora se sustenta do quadro global.

Quadro extremamente preocupante para as perspectivas para 2022, sensação clara de que não há como recuperá-las da tendência negativa, o país deve crescer menos, bem menos do que o esperado, a FBCF está cadente, os investimentos estrangeiros idem, há um estado letárgico predominante que dá suporte ao desemprego e pobreza crescente, há percepção de pouco governo e planos e muita politicagem, reformas não avançam, cultivo de ambiente irritadiço entre os poderes.

As grandes economias passam por ajustes e até algumas crises pontuais, mas todos os “ventos” que poderão advir serão contrários, o Brasil não se ajudou para ser ajudado, não há como se falar em “redução da aversão ao risco” ou coisas semelhantes.

O juro com o IPCA aquecido e o mercado praticando IPCA + 4/5%aa tende a concorrer com a Bovespa em atratividade de rentabilidade e o dólar pode ficar sendo “mascarado” com leilões de swaps pontuais ou impontuais dentro de uma anormalidade que evidencia o grau de desestruturação, mas uma irrealidade.

Enfim, o olhar cético provoca preocupações fundadas, o tempo deverá mostrar com fatos consumados, mas o que o desafio brasileiro é magnânimo e desalentador.

Não há como ancorar projeções mais assertivas, a chance de erro é enorme, ainda há espaço para piorar.

Últimos comentários

Mais um petralha detonando o Brasil...
Que analise mais rasteira e furada, vamos ver o andamento do proximo semestre. O investimeto estrangeiro ja supera o topo dos ultimos anos e ja temos muito mais contratado. O micro é pandemia e vai reverter melhor que os gringos logo agora no verao.
bolsonaro (vulgo #d0id0dob0z0) é um #governoDeM.E.R.D.A
Bom mesmo era o PT...
Esqueçam os pequenos e médioa investidores. Os Big Players entraram com tudo, pode acontecer o Apocalipse, que os caras não estão nem aí. Bizarro, fazer o que? kkkkk
Esquece os investidores. Os Big Players entrara com tudo, pode acontecer o Apocalipse, que os caras não estão nem aí. Bizarro, fazer o que? kkkkk
Parabéns Sidney!! Sempre buscando o "Rigor da Verdade"!!!!
Parabéns Sidney!! Sempre buscando o "Rigor da Verdade"!!!!
Para baixar o valor do dólar, a Selic deveria estar hoje a mais de 10%, pq com a inflação a 9% e Selic a 6,25%, estamos praticando juros negativos e consequentemente desvalorizando a moeda via inflação. Quem vai comprar título da dívida pública brasileira para perder da inflação? Por isso o investidor internacional não aporta dólares aqui. O pior é que o governo atual sabe disso e continua a desvalorizar o real. Impressionante.
Não se pode comentar nada sobre o fracasso do atual que os integrantes da seita chamam de comunista. O fato é que deu praticamente errado e não se vê uma possível reversão do quadro num futuro breve. Tem q se reconhecer q "erraram na mão" e q nem sempre a culpa é do outro como comumente alegam.
Governo*
Muito ponderado e reflexivo texto! Acho q a situacao do Brasil, esta a cada dia, insustentavel pelos pp erros!
Perfeito o texto.
nem precisei ler todo esse lixo, já no primeiro paragrafo, e os comentários, consigo enchergar quem nao sabe nada separar o joio do trigo, sao apenas narrativas, construções e ilações.
“São apena narrativas”. Anda ouvindo muito os pregadores da seita Bozô de “Os pingos nos Is”.
Sabe tudo vossa excelencia,mais ima mae Dinah,estudou na mesma escola da Dilma.
Só pra relembrar os ensinamentos do governo do PT… um título de matéria da época: “Dilma culpa crise mundial por dificuldades e pede 'paciência’”
Agora vamos ver a enorme diferença da escola Guedes/Bolsonaro: “Guedes afirma que inflação alta é fenômeno mundial e culpa alimentos e energia”
O problema nunca é do governo… a finte do problema estã sempre externo a ele. Nós (brasileiros) e nossa dificildade de assumir nossos erros.Um detalhe: esse comentário n se destina a você, que mt provavelmente só enxerga o mundo pelo viés direta/esquerda, mas sim a quem ainda tem salvação.
que bosta heim kkkk
Mais um ecomunista estudou na mesma escola da Dilma, maria Leitoa, e outros lixos que mentem pelos cotovelos, não sabem nada de economia, só de corrupção.
investing é alinhado com a velha política brasileira, no mínimo jornalista tendencioso, a maioria das medidas que beneficiariam o país foram engavetados pelos "ilustres" deputados e senadores!!!
A campanha contra do quanto pior melhor segue firme no Investing.minha curiosidade é saber a quem pertence essa mídia parcial.
bla bla bla bla ... economista ruim tem que assustar pra ser aplaudido 👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏
Excelente texto, pontua claramente as opções (erradas) de política econômica. Claro que há muitos mais erros neste governo em todas as áreas para justificar o fiasco do desempenho do país. Lamentavelmente serão necessárias algumas décadas para corrigir os estragos das recentes políticas de Temer o Bozo.
Perfeito. Para qualquer cego enxergar.
Quanta besteira.
Nao houve erro foi tudo feito de forma deliberada para dar calote na divida publica !!!
Discordo do artigo, muito politizado e incoerente com o momento atual. Faltou uma análise imparcial. Europa falta alimentos, combustível e gás sobem no mundo inteiro, os governadores dos Estados brasileiro não acataram a ordem do governo e do ministério da economia no início da pandemia impondo o Lockdown:"a economia a gente vê depois", pois agora a conta chegou e os governadores tiraml o corpo fora e jogam a conta para o governo, visando as eleições de 22. A disparada do dólar está ligada ao contexto mundial, Veja índice DXY. Graças a Deus, estamos melhor que a Europa, pois o alimento e Agronegócio é que farão diferença para 2022. Numa pandemia global o mercado que tem alimentos está na vantagem. Veja a Europa e a China, todos tem dinheiro, mas falta alimentos, de quem eles vão comprar? bom, com o Agronegócio indi muito bem, nós temos para vender para o mundo. $$$
Dificil investir para produzir, agregar valor e ser competitivo com o custos existentes.
belo artigo, só achei demasiado o ataque político. As informações apresentadas poderiam ter uma abordagem neutra e trazer mais confiabilidade a seu material.
se os aspectos políticos interferem de forma negativa no desempenho econômico, fazer o que? Omitir só para não melindrar os hipnotizados pela seita?
Acho engraçado seu comentário. Quer dizer que não se pode culpar os políticos atuais por nada. São Santos travestidos de gente. Ah. Se votou em Boso e Guedes, o problema não é só teu, é de toda a nação...meu principalmente, que sou Professor e servidor a 30 anos e não tinha visto um desmonte do ESTADO E DO SERVIDOR na magnitiude que ocorre. POLITIZAR A ECONOMIA. RAPAZ...´É TUDO QUE GUEDES FÊZ.
 Pois é... não pode "politizar" um troço que se chama POLÍTICA econômica!!!!
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