O petróleo registrava volatilidade nas negociações desta quarta-feira, com compradores e vendedores operando temas opostos. O dólar subiu 0,4%, avançando pela sétima sessão consecutiva, até seu pico mais alto desde 14 de maio de 2002. Como o petróleo é negociado em dólares, quanto mais a moeda americana sobe, mais caro fica o petróleo, prejudicando a demanda.
Além disso, de acordo com o API, os estoques de petróleo tiveram uma alta de 4 milhões de barris na semana passada nos EUA, muito mais do que os 333.000 esperados pelos analistas. Com isso, os operadores reprecificaram o contrato, de acordo com sua repentina sobreoferta.
Por outro lado, o furacão Ian, que chegou ao Golfo do México e deve atingir a Flórida ainda hoje, restringiu a oferta, fortalecendo os preços.
Portanto, qual temática irá vencer? Vamos dar uma olhada nos gráficos.
Se o preço superar a linha de tendência que conecta as máximas horárias desde o domingo, provavelmente acima de US$ 80,00, completará um fundo em OCO. Observe como a linha de pescoço coincide com o fundo de um canal de baixa.
No gráfico diário, podemos ver que o preço ficou abaixo do canal descendente secundário e não conseguiu voltar a ficar dentro dele nas últimas duas sessões, sugerindo uma retomada do canal de queda original mais rápido.
A média móvel de 50 dias (MMD) cruzou para baixo da MMD 200 no início do mês. O preço, então, perdeu a linha de tendência desde a mínima de 28 de abril. Eu ignorei a atividade subzero, que ficou desajustada em relação à tendência, e todas as linhas de tendência de alta desenhadas desde essa mínima já foram violadas.
O preço já recuou 18% desde que eu previ sua queda quando o barril ainda estava sendo negociado na região de US$ 96,50, completando inicialmente um triângulo assimétrico, que evoluiu para um triângulo descendente. Seu retorno para o canal de baixa mais rápido reforça meu alvo de US$ 56. Observe como o topo do canal de alta (verde) desde a mínima de abril coincide com o triângulo assimétrico.
Estratégias de negociação
Traders conservadores devem aguardar o preço retornar para o topo do canal de baixa mais inclinado e conferir se há resistência antes de abrir uma venda.
Traders moderados poderiam vender diante da evidência de oferta na linha de tendência de baixa desde 30 de agosto ou uma nova mínima.
Traders agressivos poderiam vender e depois mudar para compra, caso o OCO de fundo se complete.
Exemplo de operação 1 – Venda agressiva (USD)
- Entrada: 79,00
- Stop-Loss: 80,00
- Risco: 1,00
- Alvo: 76,00
- Retorno: 3
- Relação risco-retorno: 1:3
Exemplo de operação 2 – Compra agressiva (USD)
- Entrada: 78 (após fechar acima da linha de pescoço e depois corrigir)
- Stop-Loss: 77,50
- Risco: 0,50
- Alvo: 79,50
- Retorno: 1,50
- Relação risco-retorno: 1:3
Aviso: No momento da publicação, o autor não tinha qualquer posição nos instrumentos mencionados.