O IPCA e o CPI hoje tem em comum somente um aspecto: operam abaixo do que se consideram meta futura de inflação.
No restante, o aquecimento econômico americano não se traduziu ainda como pressão de preços, ao mesmo tempo em que no Brasil, a falta de aquecimento econômico se traduziu nos índices de preços.
O desafio de ambas as políticas monetárias é lidar tanto com um contexto em que um elemento político pode exercer efeitos ainda desconhecidos sob a demanda agregada, como outros que não se respondem às características normais da teoria economia (EUA).
Localmente, o Banco Central tem reforçado o alerta sobre a necessidade das reformas estruturantes para avançar com qualquer movimento de política monetária.
Tal aviso tem sido dado desde que a nova diretoria assumiu e nele se reserva uma característica interessante.
Com a taxa atual em níveis estimulativos, um avanço da pauta de reformas teria um efeito nos índices de confiança suficientes para se traduzirem como um estímulo adicional, ou seja, a reforma equivaleria a um corte de juros.
Nos EUA, o FOMC já deixou claro que acredita em uma resolução da questão China X EUA e com isso, as projeções de crescimento econômico mais modesto tendem a se reverter e o cenário para os próximos anos pode inclusive suscitar a necessidade de intervenções da autoridade monetária.
Em ambos os casos, o elemento econômico tem uma dependência impar do elemento político, o que faz com que as pausas programadas possam se estender por períodos relativamente longos.
Daí a importância do termo ‘pacientemente’ citado em ambos os comunicados, pois como estamos agora, somente nos resta aguardar.
Já foi mais fácil ser autoridade monetária, em um passado distante.
CENÁRIO POLÍTICO
O presidente Bolsonaro continua a se envolver em pequenas rusgas pessoais com a imprensa, divulgando conteúdo considerado pouco crível, ou mesmo, quando o conteúdo é correto, a forma de se expressar é errada.
Neste ínterim, os investidores se preocupam com a formação das CCJs da previdência e da apresentação da reforma que inclua os militares, de forma que o texto consiga avançar no congresso.
Uma serie de emendar (em torno de R$ 1bi) foram liberadas recentemente, num aceno positivo do governo, ainda que seja ‘pouco’ em termos de congresso.
No exterior, chama a atenção o Brexit e a possibilidade de um acordo com a UE anima os investidores.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com o acordo das Irlandas no Brexit.
Na Ásia, o fechamento foi positivo, com os avanços na Europa antes do fechamento.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, alta, com destaque ao minério de ferro.
O petróleo abre em alta, com os cortes contínuos da OPEP e demanda.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 0,9%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3.8406 / -0.65 %
Euro / Dólar : US$ 1.13 / 0.213%
Dólar / Yen : ¥ 111.34 / 0.117%
Libra / Dólar : US$ 1.32 / 0.023%
Dólar Fut. (1 m) : 3845.58 / -0.69 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 20: 6.45 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 7.06 % aa (-1.12%)
DI - Janeiro 23: 8.15 % aa (-1.57%)
DI - Janeiro 25: 8.67 % aa (-1.59%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 2.79% / 98,027 pontos
Dow Jones: 0.79% / 25,651 pontos
Nasdaq: 2.02% / 7,558 pontos
Nikkei: 1.79% / 21,504 pontos
Hang Seng: 1.46% / 28,921 pontos
ASX 200: -0.09% / 6,175 pontos
ABERTURA
DAX: 0.056% / 11549.98 pontos
CAC 40: -0.016% / 5265.13 pontos
FTSE: 0.092% / 7137.19 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 98449.00 pontos
S&P Fut.: 0.000% / 2784.00 pontos
Nasdaq Fut.: 0.133% / 7174.25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0.72% / 80.79 ptos
Petróleo WTI: 0.99% / $57.35
Petróleo Brent:0.93% / $67.20
Ouro: 0.20% / $1,295.96
Minério de Ferro: -0.73% / $84.53
Soja: -0.44% / $15.94
Milho: 0.07% / $352.75
Café: -1.36% / $94.50
Açúcar: 0.00% / $12.28