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O Efeito Brexit

Publicado 14.06.2016, 07:34
Atualizado 11.10.2023, 23:02

Incertezas do BREXIT aumenta temores entre investidores mundiais

ÁSIA: A maioria das principais bolsas da Ásia fechou em baixa nesta terça-feira em meio a persistentes preocupações com incertezas sobre o Brexit, a possível saída do Reino Unido da União Europeia. Novas pesquisas mostraram que a opinião pública sobre um Brexit permanece dividida.

Os investidores aguardam decisões de três importantes reuniões de política monetária dos bancos centrais dos EUA, do Japão e da Inglaterra nesta semana. O FOMC inicia sua reunião de dois dias, nesta terça-feira, mas analistas não esperam nenhuma alteração nas taxas de juros. O Banco do Japão (BOJ) inicia sua reunião de dois dias, na quarta-feira (15/06). Analistas esperam que o BOJ alivie a sua política e aguardam mudanças para restabelecer a confiança do mercado, como no compromisso de aumentar a inflação e controlar a força do iene.

Mercados da Austrália voltaram a negociar depois de ficarem fechados por conta do feriado de aniversário da Rainha, na segunda-feira (13/06). O referencial ASX 200 fechou em baixa de 2,06%, em 5,203.30 pontos, pesado por uma perda de 2,19% no subíndice financeiro, que responde sozinho por quase metade do índice.

Apesar de minério de ferro subir durante a noite, o Brent caiu abaixo de US$ 50,00 por barril e feriu os stocks de energia. Ações de ouro foram beneficiadas por investidores que procuram refúgio seguro e empurraram o metal amarelo para US$ 1.280,00 por onça. Entre as gigantes de mineração, BHP Billiton caiu 3,2%, enquanto Rio Tinto (LON:RIO) perdeu 1,4%. A produtora de petróleo Woodside caiu 2,9%, mas a mineradora Newcrest subiu 1,1%, na esteira da valorização do ouro.

No Japão, o Nikkei fechou em queda de 1%, em 15,859.00 pontos, depois de cair 3,51% na segunda-feira (13/06), após um iene fechar relativamente mais forte. O iene é considerado uma moeda “porto seguro” e foi negociada a 105,72 contra o dólar, ante os níveis de 105.83 de ontem à tarde. A maioria dos grandes exportadores japoneses terminou em baixa. Geralmente, um iene mais forte é negativo para os exportadores, pois reduz seus lucros no exterior quando convertidos em moeda local.

Mercados da China continental fecharam com ganhos, recuperando ligeiramente depois de uma onda de vendas de 3,2% na segunda-feira. Os investidores aguardam a decisão da MSCI, que deve anunciar, nesta terça-feira (14/06) em Nova York, a possibilidade de incluir ações chinesas em seu Índice de Mercados Emergentes. Shanghai Composite fechou em alta de 0,35%, em 2,842.91 pontos e o Shenzhen Composite adicionou 0,28%. Em Hong Kong, o Hang Seng caiu 0,61%.

EUROPA: As bolsas europeias deslizam nesta terça-feira, com aumento das preocupações com "Brexit", empurrando os investidores para o mercado de renda fixa. Pesquisas sugerem que os eleitores estão inclinados a apoiar a saída do Reino Unido da União Europeia.

Investidores esperam decisões de política monetária cruciais nesta semana. O FOMC começa uma reunião de dois dias, nesta terça-feira, e as expectativas são para que o banco mantenha as taxas de juros, após dados de emprego sombrios e crescentes preocupações sobre a possibilidade de um Brexit. Ao mesmo tempo, o Banco da Inglaterra estará reunido, no final desta semana, apesar de não haver expectativa de alteração nas taxas de juros. Antes da reunião, os últimos dados oficiais mostraram que a inflação no Reino Unido manteve-se em 0,3%, ligeiramente abaixo das expectativas para um pequeno aumento.

O Stoxx Europe 600 cai 1,37% na abertura e segue para a quinta queda consecutiva. O índice pan-europeu caiu 1,1%, na segunda-feira (13/06), o menor fechamento desde 25 de fevereiro. Ações de bancos ficam sobre pressão à medida que os preços dos títulos sobem, após os rendimentos de títulos do governo atingirem níveis recordes de baixa. Na terça-feira, o rendimento do Bund alemão de 10 anos tornou-se negativo pela primeira vez, ou seja, os investidores estão pagando ao governo a fim de manter seus títulos.

Temores de uma possível Brexit também impactam os mercados de petróleo. Além disso, a Agência Internacional de Energia (IEA) declarou que espera que o mercado de petróleo se equilibre na segunda metade de 2016, revisando as previsões de crescimento da demanda mundial de petróleo para cima. A agência notou que no mês passado aconteceu a "primeira queda significativa" na oferta mundial de petróleo desde 2013 e mesmo assim, pouco fez para sustentar o preço do petróleo como também as reservas de petróleo e gás seguem negociadas para baixo.

No Reino Unido, o FTSE 100 cai e segue para a quarta queda consecutiva. O benchmark caiu 1,2%, na segunda-feira, marcando seu menor fechamento desde 10 de março.

As últimas pesquisas sugerem que a campanha "deixar" está na liderança. O tabloide The Sun, de Rupert Murdoch, o jornal mais vendido no Reino Unido, estampou na primeira página na edição, desta terça-feira, para exortar os leitores a votarem pelo Brexit. Uma pesquisa do Sunday Times/YouGov mostrou que 46% dos britânicos pesquisados votariam pela saída da UE, enquanto 39% apoiaram o "permanecer". Separadamente, uma votação on-line e pelo telefone, realizada pela ICM para o jornal The Guardian, mostrou o "deixar" com 53%, em comparação com 47% para ficar. Outra pesquisa da ORB para o Telegraph mostrou que 48% dos britânicos votariam pela permanência na União Europeia, enquanto que 49% votariam pela saída.

Os mercados não gostam de incertezas e assim, os resultados da reunião do Fed, Banco do Japão e do Banco da Inglaterra nesta semana também estão pesando mesmo que nada de especial seja esperado. Os investidores estão buscando o mercado de renda fixa por uma relativa segurança antes da votação do Brexit. As ações dos bancos por sua vez sofrem devido a preocupações com a sua rentabilidade, com os rendimentos de títulos atingindo níveis recordes de baixa. Os rendimentos caem quando os preços sobem. O rendimento dos títulos de 10 anos do Reino Unido caíram 4 pontos base para 1,179%. Barclays (LON:BARC) cai 3,06%, Lloyds Banking Group (LON:LLOY) recua 1,93% e Royal Bank of Scotland perde 2,31%.

Entre as mineradoras, Anglo American (LON:AAL) cai 4,0%, Antofagasta (LON:ANTO) recua 1,8%, Glencore (LON:GLEN) perde 2,3% e entre as gigantes, BHP Billiton e Rio Tinto recuam 2,9 e 1,4%, respectivamente.

A libra cai 0,8128% frente ao dólar e segue negociado a US$ 1,4155 ante US$ 1,4227 na segunda-feira em Nova York.

BRASIL: Segundo dados da BM&FBovespa (SA:BVMF3), os investidores estrangeiros compraram R$ 1,192 bilhão em ações brasileiras em junho até dia 9, deixando o saldo de estrangeiros no ano na bolsa em R$ 12,667 bilhões. Em maio, os estrangeiros tiraram R$ 1,815 bilhão da bolsa. A entrada dos estrangeiros não foi suficiente para elevar o volume negociado no mercado, que segue em R$ 7,049 bilhões na média do ano, 3,9% inferior à média do ano passado. Em maio, a média diária foi de R$ 6,646 bilhões, 20,3% abaixo da média de abril. Os estrangeiros continuam respondendo pela maior fatia do volume negociado na Bovespa, com 54,1% dos negócios em junho, ante 53,4% em maio. No ano, os estrangeiros acumulam 53,2% do volume, ou seja, de cada R$ 100,00 comprados ou vendidos em ações no Brasil, R$ 53,20 são de estrangeiros.

As pessoas físicas também aumentaram sua fatia no mês, atingindo 17,4% do volume negociado em junho, ante 16,9% em maio. No ano, a média das pessoas físicas está em 15,7% do volume. Já os investidores institucionais reduziram sua participação no volume da Bovespa para 22,7% em junho, ante 23,6% em maio. No ano, os institucionais representam ainda 25,1% dos negócios.

AGENDA DO INVESTIDOR: EUA
7h00 - NFIB Small Business Index (índice de otimismo do pequeno empresário);
9h30 - Retail Sales (mede as vendas totais do mercado varejista, desconsiderando o setor de serviços) e o Core Retail Sales (exclui as vendas de automóveis e gás);
9h30 - Import Prices (preços de bens importados, excluindo petróleo);
11h00 - Business Inventories (relatório sobre as vendas e os estoques do setor atacadista);

ÍNDICES MUNDIAIS - 7h30:

ÁSIA
Nikkei: -1,00%
Austrália: -2,06%
Xangai Composite: +0,35%
Hong Kong: -0,61%

EUROPA
Frankfurt - Dax: -0,70%
London - FTSE: -1,31%
Paris CAC 40: -1,41%
Madrid IBEX: -1,20%
FTSE MIB: -0,93%

COMMODITIES
BRENT: -1,39%
WTI: -1,49%
OURO: -0,33%
COBRE: -0,85%
SOJA: -0,73%
ALGODÃO: -0,80%
MILHO: -1,28%

ÍNDICES FUTUROS
Dow: -0,17%
SP500: -0,22%
NASDAQ: -0,27%

Observação: Este material é um trabalho voluntário e gratuito, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado e a europeia no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atenção para o horário da disponibilização dos dados.

Últimos comentários

Brexit é tão inprovável quanto Dilma ser reconduzida e convocar plebiscito para eleições gerais.. São Factoides.
Olá Lucio. A questão maior não é se o BREXIT vai se concretizar ou não. O problema é a incerteza que ela gera. O mercado detesta isso, assim sendo, até o dia 23, a tendência é a manutenção desta nuvem negra . Ainda temos 9 dias e 7 pregões pela frente. Obrigado pelo comentário.
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