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Invista Enquanto Essas Ações Estão Solteiras

Publicado 16.06.2021, 17:37
Atualizado 09.07.2023, 07:32

Durmo muito mal. Cada hora é uma coisa. Quando não é a preocupação com a Covid, é o medo da inflação. Primeiro é a incerteza sobre o deal, depois o autoquestionamento sobre a capacidade de entregar o que me foi confiado. Como é duro conviver consigo mesmo.

Nas últimas semanas, vivo uma mistura de empolgação com as múltiplas possibilidades de fazer coisas junto ao BTG (SA:BPAC11) (quando e se houver a devida aprovação regulatória, claro) e dúvidas sobre o meu próprio potencial de execução. Vejo as pessoas tão cheias de si e tão confiantes — de onde essa gente tira tanta autoestima? Se essa turma fosse a metade do que acha que é, o mundo seria um lugar tão melhor…Como diria Millôr, como são admiráveis as pessoas que não conhecemos bem. 

Falta braço para executar cada ideia emergente e vibrante nas nossas cabeças. Os insights nos visitam à sua própria vontade, como e quando querem — pessoal chega sem convite. Se dois braços já me seriam insuficientes, considere ainda que a Bia está de licença-maternidade. E aí, meu caro, azedou de vez. Estou sem braços, sem pernas e sem o motor, com o coração apertado de saudade.

Nunca tive dúvidas de que o BTG seria nosso parceiro ideal. Julgava, com muito respeito e humildade, sabendo meu lugarzinho no mundo, que nós também poderíamos ser um pouco úteis ao BTG — agora, até os analistas do BBA pensam assim também. Mas confesso surpresa com tudo aquilo que pode vir a ser feito conjuntamente, em prol do cliente. Cada reunião ou conversa abre uma infinidade de possibilidades. A verdade é que eles são ainda melhores e mais abertos do que eu vislumbrava antes. Em cada encontro, a percepção é de interagir com um Navy Seal.

Sinceramente, com a transparência de sempre, não sei se serei capaz de entregar tudo que está na minha cabeça hoje. Desconfio que não. Essa sensação de convívio com a não realização é perturbadora e me joga para um estado psíquico de bastante agitação, talvez pequena obsessão. A parte boa é que nos deparamos com uma assimetria bastante convidativa: se conseguirmos levar aos nossos assinantes e investidores metade dessas coisas, já teremos dado um salto quântico, que, muito provavelmente, não conseguiríamos numa caminhada sozinhos. Isso me alegra. Montão.

Fusões e aquisições boas são assim, aquelas que abrem horizontes mais amplos do que seria exequível se ambos se mantivessem separados. Numa aritmética criativa, um mais um somam três, no que convencionou-se chamar de “sinergias”, palavra bonita para descrever exploração de alternativas possíveis somente mediante a união.

Talvez por circunstância do momento (ao martelo tudo parece prego), talvez por ter capturado alguns ganhos com ações derivados de M&As e movimentações societárias neste primeiro semestre (HAPV3/GNDI3; BPAN4/BPAC11; JPSA3/IGTA3; PCAR3/ASAI3), talvez por simplesmente garimpar elementos idiossincráticos em prol da valorização de certos cases diante de valuations que já não são mais tão óbvios, talvez — e mais provável — por uma combinação dessas coisas, tenho pensado em possibilidades de M&A em Bolsa no curto prazo.

Seis nomes me vêm à cabeça, pá-pum:

1 — Tecnisa (SA:TCSA3): com todo o respeito pessoal possível, a história seria de que Meyer, depois de se recuperar de uma questão de saúde, estaria disposto a vender a companhia. Seria uma solução interessante para quem tem um grande banco de terrenos e uma construtora de qualidade, mas está sem tanta capacidade de lançar neste momento. A história dos Cepacs ajudaria a viabilizar projetos da companhia e reduzir o risco de execução no Jardim das Perdizes. Movimento seria de uma incorporadora fechada, capitalizada e interessada nesse landbank. Em termos de NAV, TCSA3 tem valor e poderia subir uns 50% frente aos preços de tela com alguma facilidade. 

2 — 3R Petroleum (SA:RRRP3) e PetroRecôncavo (SA:RECV3): enquanto o mercado espera o iminente anúncio da compra de Papa-Terra pela 3R, o que seria excelente para suas ações, que passariam a negociar a 3,5 vezes EV/Reservas 2P, talvez comecemos a pavimentar a via para algo mais amplo e transformador. Não é exatamente para agora. O mercado teria que reprecificar as companhias e então vermos as relações de troca, talvez coisa de um ano. Empresas são próximas, se respeitam mutuamente e o ganho de escala jogaria as empresas para um outro patamar, literalmente. Para 3R, vejo uma história longa, com vários outros bids em curso, e transformacional. A ação tem espaço para dobrar.

3 — Qualicorp (SA:QUAL3) e Rede D’Or (SA:RDOR3): para aqueles mais antigos e com memória de elefante, esse caso lembra muito a dinâmica do Edson Bueno em cima da Dasa em 2015. Tornando curta uma longa história, Pátria e Rede D’Or estão basicamente secando o float. Daí, quando assustarmos, vem o take over formal. Qualicorp hoje superou suas questões históricas de governança e se encaixaria bastante bem em Rede D’Or, que já está lá há algum tempo e continua aumentando sua participação. Downside baixo em Qualicorp, bom dividendo, trend secular de saúde, valuation mais descontado do que pares do setor e esse upside risk de M&A.

4 — Stone (NASDAQ:STNE) e Méliuz (SA:CASH3): Stone sempre foi referência de execução e empreendedorismo — com os devidos méritos, registre-se. André Street e Guilherme Benchimol talvez sejam as maiores referências de empresários brasileiros da já não tão nova geração (o tempo chega pra todos, bicho implacável). Mas a verdade é que as coisas já não são mais as mesmas por lá. A empresa perdeu boa parte do top management, muitos ligados ao próprio Street, e alguns dos fundadores estão distantes do dia a dia; em ambientes competitivos, meu caro, ou você está com a barriga no balcão, ou você não tem a menor chance. Uma forma de recuperar dinamismo, ampliar a gama de produtos e ter a vitalidade de gente jovem — a mesma que a Stone tinha há poucos anos — seria abocanhar a Méliuz, que tem sido exemplo de execução desde seu IPO. Cresce como deve ser para uma tech, tem cultura e tecnologia fortes e vem executando M&As estratégicos com boa alocação de capital. Compra da Acesso deu múltiplas possibilidades à companhia. Seria uma forma rápida e ágil de a Stone voltar a ganhar terreno e opcionalidades, antes que a Méliuz esteja valendo R$ 10 bilhões em Bolsa.

5 — Marisa (SA:AMAR3): estereótipo sempre foi de que a companhia era muito bagunçada, o que, reconheça-se, tinha razão de ser. Mas agora a operação está azeitadinha e com um valor de mercado que é uma fração de outros pares com igual reconhecimento de marca. Com Grupo Soma (SA:SOMA3) e Arezzo (SA:ARZZ3) valendo quase R$ 10 bilhões, Marisa é quase uma opção de graça. Pode ter muita sinergia e, por que não?, vir a ser alvo até da Renner (SA:LREN3). Nesse preço, não tem negócio, claro, mas por volta de R$ 15/ação, acho que já rola conversar. 

6 — Enjoei (SA:ENJU3): ideia desde o IPO sempre foi: isso aqui vai crescer um pouco e alguém vai tomar. O Fred Trajano seria um candidato óbvio a olhar com carinho. Esses marketplaces verticais bem tocados e com brand equity tem ganhado bastante espaço e atraído atenção. Se envolver uma troca de ações ou algo assim, pode fazer sentido para todo mundo.

Para encerrar e voltando a Millôr, “de todas as taras sexuais, não existe nenhuma mais estranha do que a abstinência”. Nada como uma boa transa entre empresas para ganhar dinheiro.

Últimos comentários

Cara esses 6 tiros ele acertou em cheio. . Sao empresas que deram alegrias no passado e daram de certo em breve. Parabens felipe . Eu tenho 3 delas e estou para comprar mais 2 com preco mais atraente para entrada e assim dar uma boa transa com elas, ganhar e sair fora .
Faltou viver
A maioria das pessoas detestam ler artigos longos, simplesmente. não têm paciência. Seria bom para quem escreverem, abandonem as palavras e frases fantasiadas e, adotem postura de curto e objetivo sem blá, blá, blá.
Seu comentário foi curto, objetivo e sem frases fantasiadas.Mesmo assim prefiro textos de qualquer tamanho e carregados de fantasias, desde que não contenham tantos erros gramaticais quanto o seu pequeno comentário.
Ficarão solteiras se depender de mim.
faltou informar que o banco BTG comprou a empresa cuja principal sócio escreveu este artigo. Mera coincidência tantos elogios?
Infelizmante vieses
A cultura vai bem em todos os setores da vida, inclusive no financeiro. vivemos em um período da nação em que ser bruto, ignorante e ter mal gosto é a tônica. Extremamente temerário, pois o projeto civilizatório fica enfraquecido, facilitando a eterna submissão do país aos interesses escusos.
Nem digitar sabe. Vem falar de cultura.
Faltou Recrusul - RCSL4 com a Randon. RCSL4 vai explodir nos próximos dias.
Esta Empiricus é um lixo . Quanta banozeira !!!!!!
Esta parecendo o Casa Grande comentando futebol
Quanta baboseira…
Estranho vc precisa relaxar . Momentos de lucidez
Felipe sem merchan, evoluindo sempre! Merece as suas conquistas!
Betina e suas propagandas mentirosas que o diga
cara ¡! vc vem aqui para chorar ?? e olha que esse Felipe Miranda tem um monte de artigos inúteis . Certeza deve estar vendido e vem aqui chorar e dar sugestões lixos
Bom texto ! Sempre cite Millôr , fica mais divertido a leitura
top!!
O que faz a abstinência!!!
não precisou de vender produtos empíricos, que bom.👏
Que texto bom!!! Parabens!
Humm deu informação boa de graça, sem cadastrar cartão de crédito. Boa! Ganhou um tijolinho no céu.
Monstro!!!!! Não ê toa que foi pioneiro.
Monstro!!!!! Não ê toa que foi pioneiro.
Sensacional as informaçoes aliada ao compromisso de ajudar os investidores.
Essa RRRP3 com certeza vai subir muito...logo vão falar em desdobramento de ações, aquisições, elevação de produtividade...
Achava que só eu tinha umas crises brabas. Bom saber que tenho companhia
Os últimos artigos estão muito bons.
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