Mais Uma Vez a China Sustentando o Mundo. Atenções se Viram Para os EUA.

A maioria dos mercados asiáticos avançaram nesta quarta-feira, com produtores de commodities da região sustentados por dados mostrando um forte crescimento das importações chinesas, embora a taxa de crescimento das exportações tenha desacelerado, resultando num surpreendente déficit comercial em março.

O crescimento das importações sinaliza que o consumo interno está mostrando sinais de melhora, o que é muito bom para a China a longo prazo. O mercado também seguiu o otimismo de Wall Street, com o Dow Jones terminando em mais um recorde de alta. Nikkei do Japão subiu 0,7%, para 13,288.13, nível de fechamento não visto desde 12 de agosto de 2008. Kospi da Coreia do Sul e Hang Seng de Hong Kong avançaram 0,8% cada um e TAIEX de Taiwan ganhou 0,3%. Xangai Composite da China terminou praticamente inalterado, S&P/ASX 200 da Austrália recuou 0,2%.

No Japão, uma pesquisa realizada por um jornal, mostrou que dois terços dos CEOs esperam uma melhora nos negócios, devido aos recentes movimentos do iene. Entre ações sensíveis ao movimento cambial, Toyota Motor adicionou 1,1%, Canon subiu 2% e Komatsu ganhou 1,7%. Entre os bancos, o Mitsubishi UFJ Financial saltou 5% e Sumitomo Mitsui Financial subiu 6,7%.

Ainda no Japão, a fabricante de aço JFE Holdings subiu 4,1% e a comerciante de commodities Marubeni subiu 4,3%, enquanto em Seul, ações da gigante siderúrgica Posco ganhou 2,6%. Em Hong Kong, Aluminum Corp of China subiu 3,1% e Jiangxi Copper subiu 1,1%, enquanto em Xangai, subiram 5,6% e 1,1%, respectivamente.

Entretanto, ações de bancos e varejistas recuaram em Sydney após dados mostrando que a confiança do consumidor enfraqueceu em abril. Entre as blue chips, National Australia Bank caiu 0,7% e Woolworths deslizou 1,1%. Em compensação, BHP Billiton e Rio Tinto avançaram 1,7% e 2,7%, respectivamente, após dados mostrando uma recuperação nas importações chinesas de minério de ferro em março, depois de um declínio nos dois primeiros meses do ano.

FITCH: A Fitch rebaixou a classificação da dívida cambial da China de longo prazo, alertando para os riscos do rápido crescimento do crédito dos bancos e instituições não-bancárias. A agência rebaixou o rating a longo prazo da China em moeda local de A+ para AA-, com perspectiva estável e manteve classificação da China em moeda estrangeira inalterada em A+, dizendo que é bem suportado pelas enormes reservas cambiais, no valor de 3.387 bilhões de dólares no final de 2012.

O estoque de crédito bancário concedido ao setor privado valia 135,7% do PIB no final de 2012, nível mais alto em qualquer economia de mercado emergente, além disso, o crédito total, incluindo várias formas do "sistema bancário paralelo" pode ter chegado a 198% do PIB. "A proliferação de outras formas de crédito, além do crédito bancário é uma fonte de risco crescente para estabilidade financeira", disse a Fitch.

A agência também estima que a dívida local da China subiu para 25,1% do PIB em 2012, contra 23,4% em 2011, elevando o nível total da dívida pública para 49,2% do PIB.

EUROPA: Os mercados europeus ampliam os ganhos pelo terceiro dia consecutivo, impulsionados por dados que mostraram um aumento na importação chinesa em março. O índice Stoxx Europe 600 sobe 1,04%, somando-se um ganho de 0,2% na terça-feira.

As ações da companhia aérea de baixo custo EasyJet ganha 4,7%, depois do Citigroup elevou a empresa de "neutro" para "comprar". No mesmo sentido, as ações da Michelin chegaram a perder 1%, após o Credit Suisse cortar a fabricante de pneus francesa de "outperform" para "neutro".

Empresas de recursos sobem após os dados da China. As ações da mineradora Rio Tinto ganham 1,4% em Londres, enquanto grupo petrolífero Total sobe 1,4% em Paris. Entre os índices específicos de cada país, DAX 30 da Alemanha , CAC 40 da França e FTSE 100 do Reino Unido avançam.

EUA: Após o fechamento do mercado europeu, as atenções se voltam para os EUA, onde o FED libera a minuta da sua mais recente reunião. Uma longa discussão do programa de compra de bônus está prevista para ser revelado nesta minuta, o que pode surpreender os investidores.

Analistas estão de olho em qualquer indicação do futuro do programa quantitative easing do FED. Na terça-feira, James Bullard, presidente do Fed de St. Louis e membro votante do FOMC, disse que está disposto a cortar o programa de flexibilização do Fed em pequenas quantidades. Os dados de emprego pode ter decepcionado os mercados, mas não mudou o ponto de vista dele, relatou a CNBC.

Bullard ainda vê a taxa de desemprego cair para cerca de 7% até o final do ano. Em março a taxa caiu para 7,6%. Um gerente do BlackRock concorda com Bullard que o Fed deva cortar as compras de títulos, mas é importante notar que a maioria do Fed, incluindo Ben Bernanke, não deu nenhuma indicação de que eles estão prontos para diminuir as compras de títulos, especialmente quando o crescimento do emprego foi tão decepcionante como em março.

AGENDA DE HOJE :
EUA:
08h00 - MBA Mortgage Applications (número de solicitações de empréstimos hipotecários, semanal);
11h00 - Ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), que decidiu pela manutenção da taxa de juros nos Estados Unidos entre zero e 0,25%.
12h30 - Relatório de Estoques de Petróleo dos Estados Unidos.

AGENDA DA PRÓXIMA SESSÃO

EUROPA: Não está prevista a divulgação de indicadores econômicos.
ALEMANHA: German Final CPI (Inflação - preco ao consumidor alemão);
REINO UNIDO: Não está prevista a divulgação de indicadores econômicos.
EUA: 10h30 - Initial Jobless Claims (número de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos); 10h30 - Import Prices (mede os preços de bens importados nos Estados Unidos, excluindo petróleo e Export Prices (mede os preços de bens exportados nos Estados Unidos, excluindo produtos agrícolas), ambos de março;

ÍNDICES MUNDIAIS (7h10):

ÁSIA
Austrália: -0,18%
Nikkei: +0,73%
Hang Seng: +0,75%
Xangai Composite: +0,02%

EUROPA
London - FTSE: +0,71%
Paris Cac 40: +1,24%
Frankfurt - Dax: +1,27%
Madrid IBEX: +2,21%
Milão MIB 40: +1,44%

COMMODITIES
BRENT: +0,09%
WTI: -0,24%
OURO: -0,34%
COBRE: -0,38%
NÍQUEL: +0,40%
SOJA FUTURO: -0,23%
ALGODÃO FUTURO: +0,96%

INDICES FUTUROS
Dow: +0,29%
SP500: +0,31%
NASDAQ: +0,39%

Observação: Este material é um trabalho voluntário e gratuíto, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. Atenção para o horário da disponibilização dos dados desse relatório.