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Meta Platforms dispara após balanço; o que está por trás desse rali?

Publicado 28.04.2023, 08:51
Atualizado 09.07.2023, 07:31
  • As ações da Meta dispararam na quinta-feira, 27, e acumulam alta de 100% no ano.
  • A empresa controladora do Facebook divulgou resultados acima das expectativas para o 1º tri.
  • A Meta fez projeções otimistas de receita para este trimestre, além de reduzir a previsão de despesas para 2023.
  • A Meta Platforms (NASDAQ:META), empresa controladora do Facebook, divulgou resultados fortes para o primeiro trimestre, na última quarta-feira, o que fez com que suas ações subissem quase 14% no pregão de ontem.

    A gigante da tecnologia apurou um lucro por ação (LPA) de US$ 2,20 no período, superando o consenso de US$ 2,03, de acordo com a Refinitiv. A receita disparou para US$ 28,65 bilhões no trimestre, uma alta de 3% em relação a US$ 27,91 bilhões no mesmo período do ano passado, enquanto os analistas esperavam US$ 27,65 bilhões.

    Essa é a primeira vez em que as vendas da Meta aumentaram na comparação ano a ano (a/a), após três trimestres consecutivos de declínios.

    Receita aumenta, enquanto custos caem

    A controladora do Facebook afirmou que o número de usuários diários ativos no período de três meses ficou em 2,04 bilhões, superando as estimativas dos analistas de 2,01 bilhões, de acordo com a StreetAccount. A Meta registrou 2,99 bilhões de usuários ativos mensais, em linha com a projeção consensual. A receita média por usuário foi de US$ 9,62, superando as estimativas dos analistas de US$ 9,30.

    Reality Labs, unidade de negócios da Meta focada no metaverso, gerou US$ 339 milhões em vendas, mas reportou um impressionante prejuízo operacional de US$ 3,99 bilhões. A Meta declarou que os prejuízos operacionais do Reality Labs devem aumentar ao longo do ano.

    O lucro líquido caiu 24% para US$ 5,71 bilhões no trimestre, ou US $2,20 por ação, em comparação com US$ 7,47 bilhões, ou US$ 2,72 por ação, no mesmo período do ano passado. A Meta divulgou um impacto negativo de 44 centavos em seu LPA, devido aos recentes custos de reestruturação.

    Para o segundo trimestre de 2023, a expectativa da Meta é que a receita fique na faixa de US$ 29,5 bilhões a US$ 32 bilhões, em comparação com as expectativas dos analistas de US$ 29,5 bilhões. A companhia também afirmou que o preço trimestral por anúncio caiu 17% em relação ao ano anterior.

    "Tivemos um bom trimestre e nossa comunidade continua crescendo", declarou Mark Zuckerberg, cofundador e CEO da Meta, acrescentando que a empresa está se tornando "mais eficiente para que possamos construir melhores produtos com mais rapidez e nos colocar em uma posição mais forte para realizar nossa visão de longo prazo".

    A gigante da tecnologia reduziu sua previsão de despesas anuais para a faixa de US$ 86 a 90 bilhões, abaixo da faixa anterior que ia até US$ 92 bilhões, quando a empresa anunciou a segunda rodada de reduções de pessoal. O que mais impulsionou o rali de quinta-feira foi o forte controle de custos promovido pela companhia.

    Alto investimento em inteligência artificial continua

    Durante a teleconferência de resultados, Zuckerberg afirmou que a inteligência artificial ajudou a companhia a aumentar o tráfego nas plataformas Facebook e Instagram, além de elevar os lucros com a venda de anúncios, daí a forte previsão de receita.

    Em comparação com outras empresas de tecnologia, a Meta tem sido relativamente lenta na implementação da IA em seus sistemas de hardware e software. No entanto, a empresa sediada em Menlo Park, Califórnia, concluiu várias reformas importantes para reforçar seu negócio principal, incluindo um grande esforço para expandir sua capacidade de IA.

    "Neste ponto, não estamos mais atrasados na construção da nossa infraestrutura de IA", afirmou Zuckerberg. "Pelo contrário, agora temos a capacidade de fazer trabalhos líderes nessa área em escala".

    Graças às recomendações de IA, o tempo gasto no Instagram aumentou 24% no primeiro trimestre, observou a Meta.

    James Cordwell, da Atlantic Equities, explicou que a maior parte dos investimentos em IA da Meta "foram para o lado do anunciante".

    "Então, como consumidor, talvez não estejamos vendo os frutos de seu trabalho nessa área, mas certamente parece que eles conseguem usar algoritmos mais avançados para manter um certo nível de segmentação de anúncios".

    Devido ao aumento dos gastos com inteligência artificial, Meta elevou seu dispêndio de capital no último trimestre, chegando a US$ 7,1 bilhões. Ainda assim, esse valor ficou abaixo das estimativas dos analistas de US$7,2 bilhões. Para todo o ano, a expectativa da Meta é que seu dispêndio de capital varie entre US$30 bilhões e US$33 bilhões em 2023, levando em consideração os agressivos investimentos em inteligência artificial (IA) e ofertas apoiadas em anúncios, como Reels e o feed de notícias.

    No entanto, a Meta sugeriu que as despesas de capital poderiam aumentar ainda mais, devido aos esforços da companhia para desenvolver produtos de IA gerativa. Essa tecnologia emergente é capaz de produzir textos, vídeos, imagens, entre outros conteúdos, com qualidade humana.

    Zuckerberg informou na quarta-feira que os esforços recentes da Meta no segmento de IA não mudarão o foco da companhia no metaverso, reiterando seus planos de continuar investindo em ofertas de realidade virtual e realidade aumentada.

    "Criou-se uma narrativa de que estamos de alguma forma nos afastando do foco no metaverso. Gostaria de deixar claro desde já: não a informação correta", afirmou. "Estamos nos concentrando em IA e no metaverso há anos e continuaremos fazendo isso."

    Estabilização do mercado de anúncios

    Os balanços trimestrais da Meta e da sua rival Alphabet (NASDAQ:GOOGL) mostraram que as duas gigantes da tecnologia estão atraindo de volta os anunciantes, que se afastaram de plataformas menores de anúncios digitais, como a Snap (NYSE:SNAP), devido ao atual ambiente macroeconômico incerto.

    Após os bilhões de dólares gastos pelos anunciantes durante a pandemia, as empresas de tecnologia dependentes de vendas de anúncios digitais passaram a enfrentar bases comparativas desafiadoras nos últimos trimestres. A inflação histórica e o ciclo de aperto da política monetária nos EUA suscitaram preocupações sobre o estado da economia do país, forçando os clientes a reduzir consideravelmente seus gastos com publicidade.

    Mas o mercado de anúncios em redes sociais deve crescer mais rapidamente em 2023 em comparação com o ano passado, de acordo com dados da empresa de mídia e inteligência MAGNA. Embora as vendas de anúncios da Alphabet no primeiro trimestre tenham caído em relação ao ano anterior para US$ 54,55 bilhões, trata-se de um número maior do que o estimado pelos analistas.

    Isso provavelmente se deve ao fato de que os anunciantes estão retornando para plataformas estabelecidas e familiares, como o Google e o Facebook, segundo Brian Mulberry, gerente de portfólio da Zacks Investment Management.

    ***

    Shane Neagle é responsável pelo The Tokenist. Confira a newsletter gratuita do The Tokenist, Five Minute Finance, para ter uma análise semanal das maiores tendências em finanças e tecnologia.

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