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Mudança de narrativa: rumo ao trade da recessão

Publicado 10.04.2023, 18:40
Atualizado 09.07.2023, 07:32

Mudamos de novo a narrativa: agora, estamos no “trade da recessão”. Investidores batem nas commodities (exceção feita ao petróleo, por conta do corte de produção da Opep) e em outros cíclicos globais para comprar o que pode se beneficiar da queda das taxas de juro.

Há tempos já, vivemos um mercado muito temático. Veio a pandemia e só o combo “stay at home” (fique em casa) tinha valor. De repente, as vacinas estavam a caminho e, então, era a hora de comprar a abertura. Empresas ligadas ao e-commerce se multiplicaram por 3x, para depois cair 85%. 

Mais recentemente, arrisco dizer que tudo dentro de 2023, fomos do “soft landing” para o “no landing”, até chegar ao atual “hard landing”. Começamos com a ideia de um pouso suave; então, fomos surpreendidos por bons dados de atividade com sinais (ainda que incipientes) de inflação abrandando. Um pouco mais tarde, a turma resolveu olhar os PMIs e os ISMs no detalhe, seguidos de um relatório Jolts mostrando uma tendência ruim para o emprego norte-americano, que viria a ser corroborada pelo ADP Employment e suas poucas vagas criadas no mercado de trabalho privado.

A esta altura, parece mesmo improvável que consigamos escapar de uma recessão nos EUA, ainda que não seja possível desenhar sua extensão e profundidade. Nem me arrisco. Acho que as pessoas perdem muito tempo tentando antecipar a realidade futura, uma tarefa impossível por definição, e se dedicam pouco a tentar mensurar como os vários cenários potenciais podem impactar seu portfólio e sua vida. 

Caímos de novo na máxima de Nassim Taleb: X não é F(X). X é a realidade. F(x) é como essa realidade impacta seu portfólio. Muitas vezes, é bem mais difícil desenhar o mundo do que vislumbrar como seus investimentos vão se comportar à frente. Exemplo elementar: se você está quase integralmente exposto a títulos pós-fixados brasileiros, não precisaria se preocupar tanto com o futuro do PIB dos EUA. Já se está lotado de Petrobras (BVMF:PETR4) e Vale (BVMF:VALE3) a coisa muda de figura. 

Eis o ponto preocupante: enquanto os mercados se mostram bastante preocupados com uma recessão futura nos EUA, o apreçamento dos índices de ações por lá, sobretudo quando se pensa em termos agregados, parece não condizer com a realidade objetiva. Em outras palavras, em se confirmando o cenário de recessão norte-americana e se a história pode servir de guia, o S&P 500 oferece uma combinação risco-retorno pouco atraente nesses níveis. Dito ainda de uma maneira diferente, investidores parecem muito otimistas com o futuro dos juros nos EUA, enquanto não vislumbram um impacto tão relevante da recessão sobre os lucros corporativos. Em relatório recente, o Bank of America (NYSE:BAC) Merrill Lynch escreveu: “as pessoas estão muito otimistas com fortes quedas de juros e pouco pessimistas com a recessão.”

O mesmo banco lembrou um alerta importante: em 8 das últimas 10 recessões, o S&P 500 sofreu quedas superiores a 20%. O gráfico abaixo resume o argumento. 

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Outro ponto relevante: ainda que, de fato, os juros menores justifiquem, mesmo ex-ante, múltiplos maiores para as ações (o chamado re-rating), essa dinâmica, na verdade, reflete uma economia em pior situação, com lucros à frente. E a coisa fica ainda pior porque não há garantia de que o Fed vá mesmo cortar sua taxa básica já neste ano, porque a inflação é persistente e o mercado de trabalho como um todo ainda gera mais de 200 mil novas vagas por mês. O Fed quer ver a taxa de desemprego acima de 4% e isso deve acontecer mais à frente. 

Se a recessão está mesmo a caminho, qual o play book a seguir? Quais estratégias podem funcionar bem?

  1. Mantenha uma posição importante de caixa. Ele tende a ter uma performance acima da média até que haja clareza, de fato, sobre os cortes do Fed. Não subestime o maratonista CDI: no Brasil, você é muito bem pago para esperar, tem liquidez diária e nenhuma volatilidade.
  2. Ouro também costuma ser um bom ativo para o início das recessões. O dólar tende a se enfraquecer no mundo e o metal precioso é o hedge clássico contra o “greenback”. 
  3. Um dólar fraco também costuma ser bom prenúncio para mercados emergentes, embora, aqui, tenha de se ter cuidado com o cíclico global. Crescimento defensivo, como farmácias e supermercados, pode ir bem. 
  4. Venda o que está sobrecomprado, como big techs americanas e consumo de luxo na Europa.
  5. Tenha o dedo no gatilho. No momento em que a recessão estiver clara e os juros começarem a cair, será a hora exata para comprar cíclicos a preços de distressed, fundos imobiliários sensíveis ao aperto monetário e small caps a preços de banana. 

No final do dia, a economia vive de ciclos. Estamos terminando um deles. Sempre prefiro um fim terrível a um terror sem fim.

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Últimos comentários

já fui cliente ... não gostei da abordagem da empresa. Mas, reconheço que o Felipe é polido.
Esse que parece que tá na confusão do TC ,colocaram uma palhaça pra fazer um vídeo
Esse o cara que defendia a ação da centauro!! Belo retardado!! E tem gente que paga pra esse indivíduo!! Kkkkk
concordo no que se refere ao OURO e ao CAIXA. por enquanto somos espectadores mesmo. Quem garante que não é vôo de galinha essa alta do bovespa.?? tem muito a enfrentar.
excelente !!! muito bem analisado
alguém com algum conteúdo útil nos comentários? Por que críticas são fáceis e tudo que é fácil não tem valor. O perfeito gurú das previsões que sentir-se capaz que traga argumento para contrapor. Rater é lixo da Internet. Não existe mais comentários (embasados) só opiniões inúteis.
apesar das críticas aqui, ele fala muito em pouco espaço e é um cara q vendeu muito lá atrás, mais agora ta esperto, e vejo q tem muita importância o q ele fala, parabéns Miranda! sucesso!
Alguém ainda segue a recomendação desse aí??? Marisa a R$5.00 chance de uma vida, ele dizia!!
Erroooou!!!
Brasil não é lugar seguro para investir
Tirando o promessas , no minimo de etica questionavel , e nao havendo contaminação politica as analises sao competentes e coerentes . Cabeca cada investidor separar o joio do trigo .
Sempre de pé trocado e Nassim é corriqueiro também
Faça o contrário do que ele escreveu é melhor.
Fica dificil compreender e acreditar em quem tem um fundo OPORTUUIDADES DE UMA VIDA que em 2 anos que eu tenho, tem perda de 30% mais (ja nao olho tanto para nao passar raiva )
Gente, o cara mandou vender PETR4 e VALE3. Deve ser pra ele poder comprar mais barato, aproveitando os dividendos da petroleira, principalmente
Interpretação de texto 3 vezes ao dia e gramática antes de dormir.
Mais uma análise inteligentinha. Daqui a 10 a 15 dias vem outra e ninguém, nem ele, vai se lembrar desta.
Excelente artigo. Feliie Miranda está certissimo em sua analise. Nao ter posicao é a melhor posicao. Recessão vai chegar, é comprar no menor nivel e ver seu capital multiplicar.
Ele falou pra você comprar renda fixa, não entendeu? Vai deixar o tutu no colchão?
Faz o terror para depois vender a assinatura do Masterplan!! 😏
os comentários desse cara é uma porcaria, só fala mau do Brasil.Deveria ir embora do país.
Muito grande pra ler, melhor esperar sair o filme
KKKKKKKKKKK
Sempre prefiro um fim terrível a um terror sem fim.Muito bem colocado.
Gosta de lacrador, né sapequinha?!!!
Já não levo em consideração as analises do Miranda. A própria corretora dele que tenho assinatura “ remido”,ja nao consigo acessar. Lá, que quiser espera na fila para falar com um robô.
Otima analise, ele espera tudo dar sinais, porem sinais de 30 dias passados. Sir Rubimmmm miranda!
Ótima análise!
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