Apesar do noticioso forte sobre as questões políticas afetarem o mercado brasileiro ontem, a falta de volume com o feriado nos EUA e o vencimento de opções no Ibovespa tiveram seu peso considerável.
Na sessão de hoje, a agenda vazia de indicadores abre espaço para a maior atenção aos rumos das negociações entre China e EUA e pela proximidade com a conclusão do Brexit.
Neste último, as preocupações crescem pela falta de acordos bilaterais e pelo anúncio de diversas empresas e instituições financeiras de que a ausência de uma resolução pode levar à saída das mesmas do Reino Unido.
Este seria um infeliz evento em massa, caótico para os britânicos.
Deste modo, o Brexit alimenta os temores de um crescimento mais fraco em 2019, juntamente com EUA e China.
É o clássico caso da política atrapalhando, e muito, o crescimento econômico.
Com a convergência positiva de todas estas externalidades, a tendência de mudança das projeções econômicas é consideravelmente grande, daí a postura avaliada muitas vezes como conservadora por parte das autoridades monetárias em nível global.
BC deve cortar? Fed deve parar de subir? BCE e BOE não devem sequer iniciar o aperto?
As respostas estão no imponderável da política.
Atenção hoje aos resultados de TIM (SA:TIMP3), IGP-M semanal e NAHB nos EUA.
CENÁRIO POLÍTICO
Ainda que se considere a saída de Gustavo Bebianno da Secretaria-Geral da Presidência um evento disruptivo para a votação da reforma da previdência, existe também a noção que a urgência do tema não abre muito espaço para negociação e apesar do atropelo recente da família do presidente, a capacidade de comunicação com a base eleitoral continua forte.
A costura da saída de Bebianno, que inclui uma possível embaixada, apazigua as volatilidades do tema, mas o alerta quanto à instabilidade do núcleo familiar continua.
Bolsonaro e os seus precisam aprender a lidar com o poder, incluindo as agruras e bônus que ele traz.
Se aprenderem com tal episódio, de agora em diante a situação deve ser operada de maneira republicana e não como uma briga de pré-adolescentes, independentemente de quem tenha razão.
Ainda que o evento seja um deleite para parte da imprensa, acreditamos que a possibilidade de ‘sobrar’ com o ônus da não aprovação da previdência fará com que Maia e a câmara não sejam elementos de preocupação na análise e aprovação da pauta.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é mista e os futuros de Nova York abrem em sem rumo após o feriado nos EUA.
Na Ásia, o fechamento foi positivo, com o avanço nas negociações China X EUA.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries não operam devido ao feriado.
Entre as commodities metálicas, alta generalizada, com destaque para a platina.
O petróleo abre em alta, com o aumento do corte da OPEP e sanção à Venezuela
O índice VIX de volatilidade abre em queda de 8%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,736 / 0,92 %
Euro / Dólar : US$ 1,13 / 0,009%
Dólar / Yen : ¥ 110,80 / 0,163%
Libra / Dólar : US$ 1,29 / -0,015%
Dólar Fut. (1 m) : 3733,81 / 0,53 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 20: 6,40 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 7,00 % aa (1,01%)
DI - Janeiro 23: 8,12 % aa (1,25%)
DI - Janeiro 25: 8,66 % aa (1,52%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,04% / 96.510 pontos
Dow Jones: 1,74% / 25.883 pontos
Nasdaq: 0,61% / 7.472 pontos
Nikkei: 0,10% / 21.303 pontos
Hang Seng: -0,42% / 28.228 pontos
ASX 200: 0,28% / 6.107 pontos
ABERTURA
DAX: 0,095% / 11309,88 pontos
CAC 40: -0,258% / 5155,20 pontos
FTSE): -0,483% / 7184,57 pontos
Ibovespa Futuros.: -0,19% / 97281,00 pontos
S&P 500 Futuros.: -0,202% / 2771,50 pontos
Nasdaq 100 Futuros: -0,046% / 7060,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,25% / 81,17 ptos
Petróleo WTI Futuros: 0,76% / $56,01
Petróleo Brent:-0,53% / $66,15
Ouro: 0,18% / $1.329,32
Minério de Ferro: 0,24% / $88,56
Soja: 0,28% / $16,46
Milho: -0,07% / $374,50
Café: -0,46% / $97,60
Açúcar: 0,23% / $13,19