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Petróleo em Queda: 5 Fatores Estão Aumentando a Volatilidade do Mercado

Publicado 19.08.2021, 12:01
Atualizado 09.07.2023, 07:31

Os preços do petróleo seguiam em queda na quarta-feira, enquanto o mercado avaliava a força do dólar frente a outras divisas, bem como o aumento de infecções por coronavírus no mundo.

Cotação do Petróleo WTI Futuro

Como o mercado continua volátil, apresentamos abaixo 5 fatores aos quais os investidores devem ficar atentos e como podem impactar os preços:

1. Demanda petrolífera e preços da gasolina nos EUA

Dados da EIA, agência americana de informações energéticas, mostraram que os estoques de petróleo recuaram e os estoques de gasolina cresceram levemente na semana passada. As refinarias operavam com capacidade de 92%, um nível bastante forte. Contudo, há indicações de que podemos ver em breve uma queda na demanda de gasolina.

Informações do portal GasBuddy indicam que o consumo de gasolina nesta semana foi o mais fraco desde 11 de julho. O consumo na terça-feira ficou 3,4% abaixo da terça-feira anterior e 2,3% abaixo da média das quatro últimas terças-feiras. Isso deve ser evidenciado nos dados da EIA nas próximas semanas.

Essa queda está ocorrendo porque a temporada de viagens automotivas de verão nos EUA está chegando ao fim. Devemos começar a ver um arrefecimento dos preços da gasolina, com reduções maiores em meados de setembro.

2. AIE reduz previsão de demanda petrolífera para 2021

A Agência Internacional de Energia (AIE) cortou sua previsão de demanda petrolífera para 2021, devido a preocupações com a disseminação da variante Delta do coronavírus e seu impacto na atividade econômica e no setor de viagens. Vale notar que nem a EIA nem a Opep mudaram suas projeções de consumo de petróleo para 2021. A AIE possui atualmente o menor número de demanda mundial de petróleo para este ano – 96,2 milhões de barris por dia (mbpd) –, enquanto a EIA tem o maior: 97,7 mbpd. A previsão da Opep está mais próxima da AIE, de 96,6 mbpd.

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As revisões das previsões de demanda mundial de petróleo são comuns e refletem o fato de que são um exercício impreciso. O mais interessante, entretanto, é que os grandes bancos não modificaram suas análises, prevendo que os preços do petróleo irão atingir US$80 no 3º tri.

Seria útil rememorar as previsões do Goldman Sachs e outras instituições no fim de abril para as avaliarmos melhor. A previsão do Goldman baseou-se na expectativa de um substancial aumento do consumo, que superaria, em sua análise, a oferta existente.

De fato, vimos uma disparada na demanda em meados deste ano que não foi correspondida por um aumento de produção, que só ocorreu em agosto, quando a Opep+ elevou sua oferta em 400.000 bpd. Contudo, isso não foi suficiente para impulsionar os preços do petróleo até a marca de US$80. Embora as projeções para o petróleo ainda sejam fortes neste momento, a preocupação com sua desvalorização já fez os preços recuarem.

3. Departamento de Interior dos EUA encerra adiamento de novas concessões de óleo e gás

Logo após o presidente americano Joe Biden assumir o cargo, o Departamento de Interior anunciou um congelamento de todas as novas concessões em território federal para perfurações de petróleo e gás. A iniciativa deveria durar até o órgão concluir uma análise abrangente do programa de concessões no setor, à luz das preocupações do governo com a mudança climática.

A expectativa era que a análise fosse divulgada no início do verão local, mas até agora nada. Em junho, um juiz federal bloqueou o adiamento.

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Na semana passada, o Instituto Americano do Petróleo e diversas outras organizações comerciais da indústria abriram um processo para contestar a pausa indefinida sobre as concessões de óleo e gás em território e águas federais. Aparentemente, esse processo instou o Departamento de Interior a declarar que retomaria as concessões, sem deixar de se opor à decisão judicial.

No entanto, não significa que o órgão retomará as licenças. Geralmente, novas concessões são realizadas quatro vezes ao ano para os territórios federais e pelo menos duas vezes ao ano para explorações em alto-mar. Não existem planos de realizar novas ações nesse sentido. Isso significa que a incerteza regulatória continuará, e os investidores não devem alimentar expectativas de que isso irá impactar a produção atual nos EUA.

4. Demanda petrolífera na China e na Índia

Dados econômicos da China indicam que a recuperação econômica no país asiático está desacelerando mais do que o previsto. Indicadores de atividade industrial, consumo e investimento mostraram menos crescimento do que o previsto em junho. A China é o maior país importador de petróleo do mundo, de modo que uma desaceleração econômica gera apreensão quanto à sua demanda em âmbito global e pode deprimir os preços do produto.

Os investidores devem ter em mente que os dados econômicos divulgados pelo país asiático não são necessariamente precisos. Ocorre que a China tende a minimizar a gravidade de desacelerações da atividade, de modo que a redução concreta do seu crescimento econômico pode ser mais severa do que indicam os dados.

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Por outro lado, a demanda petrolífera da Índia, grande importador do produto, mostra sinais de vigor. As viagens aéreas domésticas no país cresceram 60% em julho. Isso indica que as viagens e a demanda por combustível na Índia estão retornando, após a queda na mobilidade durante os recentes surtos de coronavírus no país.

5. Menor atividade de furacões

Uma grande nuvem de poeira saariana deve cruzar o Oceano Atlântico e atingir a Flórida no início da semana que vem. Essas tempestades de poeira podem reduzir a formação e a intensidade de tempestades tropicais e furacões no Atlântico.

A temporada de furacões no Atlântico está a todo vapor, mas, até o momento, nenhuma tempestade ameaçou as regiões que produzem ou refinam petróleo e gás no Golfo do México. A poeira saariana continuará dando alívio no momento.

Últimos comentários

Ellen eh muito profissional. Show de análise!
Sensacional como sempre. Muito obrigado por dividir tal conhecimento.  Boa semana
Obrigada para analise
ótima análise do mercado
Parabéns pela excelente análise!!!
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