Garanta 40% de desconto
⚠ Alerta de Balanço! Quais ações estão prontas para disparar?
Veja as ações no nosso radar ProPicks. Essas estratégias subiram 19,7% desde o início do ano.
Não perca a lista completa

Quais Ativos São Mais Vulneráveis à Nova Situação da Argentina?

Publicado 13.08.2019, 16:30
Atualizado 09.07.2023, 07:32

Como se não faltassem crises para nos preocupar, ontem os mercados foram completamente surpreendidos pelo resultado das primárias argentinas.

O atual presidente, Macri, perdeu feio para a chapa de Alberto Fernández e Cristina Kirchner, que ficou com 47 por cento dos votos.

Era esperado que Fernández ficasse um pouco na frente, mas não os 15 pontos percentuais que acabaram sendo, deixando os conhecidos populistas muito próximos de levarem as eleições de outubro, já no primeiro turno.

Isso representaria uma quebra estrutural gigantesca para nossa vizinha Argentina, saindo de uma visão econômica um pouco mais liberal para a volta do forte populismo dos Kirchner.

O impacto nos mercados argentinos foi grotesco, com o maior "barata voa" dos últimos tempos.

A Bolsa em dólar abriu caindo 33 por cento; o peso Argentino, sozinho, caiu 15 por cento até o final do mercado. Os títulos do governo e o CDS também caíram forte, precificando uma chance de 75 por cento do governo dar calote na dívida. A tratativa com o FMI, que emprestou 56 bilhões de dólares para nossos hermanos, parece que vai enfrentar novas ondas de negociações. E, por fim, os juros argentinos curtos voaram, e o Banco Central respondeu com aumento dos juros diários de 63 para 74 por cento.

Diga-me com quem andas…

O Brasil não ficou impune à crise no nosso vizinho tão próximo e amigo.

Nossa Bolsa abriu caindo 2 por cento e permaneceu assim durante o dia. Nossa moeda chegou a desvalorizar mais de 2 por cento, mas fechou o dia a pouco menos de 1 por cento, e os juros longos dispararam 15 bps, mas fecharam próximo a estabilidade, depois de uma fala "dove" (leniente) do Presidente do BC Roberto Campos.

O medo do mercado é que a crise nos contamine por algumas vias.

Primeiro, nas nossas parcerias via Mercosul – a Argentina é nosso terceiro principal parceiro. Depois, no acordo comercial do Mercosul com a União Européia.

Quanto a isso, as falas debochadas de Bolsonaro após resultado das primárias não nos ajudam em nada a manter boas relações comerciais.

Segundo, via moeda, uma vez que o real é a moeda com maior correlação ao peso argentino.

Fica difícil saber as reais consequências dessa mudança na prática, mas certamente vai significar menos investimentos estrangeiros para o Brasil, uma vez que a maioria dos gringos opera a América Latina em bloco.

O que fazer agora?

Alguns ativos ficam mais vulneráveis à nova situação da Argentina.

O maior deles, na minha visão, seria o câmbio. Como eu disse acima, o real é a moeda com maior correlação ao peso argentino, e novas desvalorizações por lá podem manter nossa moeda no patamar acima do 4 – no qual operamos no mercado de ontem.

O impacto disso para o resto dos ativos não é tão grande, se o real simplesmente se manter por aí, ou se desvalorizar aos poucos.

Mas ele poderia impactar fortemente a curva de juros, principalmente os longos, caso a desvalorização fosse mais agressiva.

Temos que acompanhar isso aí, viu?

A nossa bolsa tem pouco exposição à Argentina. Algumas ações específicas podem sofrer um pouco mais por terem alguma parte de suas atividades lá, como Gol (SA:GOLL4) e Cosan (SA:CSAN3).

Além disso, temos também o contágio político.

Caso a economia brasileira demore para se recuperar até as eleições de 2022, poderíamos ter um contágio de ideologia mais de esquerda nas nossas votações. Esse seria meu maior medo.

Acelera isso aí, Paulo Guedes!!!

Por fim, a lição…

Acho que o mercado de ontem reforça que tudo pode acontecer do dia para a noite, e nós, investidores, temos que estar sempre alertas.

É importante não nos deixar levar por euforias de mercado e teses de investimento difíceis e atraentes.

O melhor hedge (seguro) para sua carteira segue sendo comprar ativos baratos! E isso nunca vai sair de moda na Faria Lima.

Você deve operar sempre com uma assimetria favorável, ou seja, ter o potencial de ganhar muito, mas se perder, perder pouco.

Esteja sempre preparado para um barata voa. Assim, o futuro do seu portfólio será volátil, mas próspero!

Acompanhe muito mais no Twitter: @mariliadf2, no FB: Marilia.fontes.7927, Youtube: MariliaFontesRendaFixa e LinkedIn: Marilia-Fontes-88744518

Publicação Original

Últimos comentários

Ficou claro que o investidor vai embora da Argentina , pois a bolsa Argentina despencou 38% e o dólar disparou. Ainda bem que o povo Brasileiro abriu o olho e não colocaram Hadad na presidência, estaríamos ferrados mais ainda.
Perfeito Wellinton. Fica evidente, pela leitura do artigo, que alguns colunistas estão obtusamente contaminados por uma ideologia de direita. O desastre neoliberal imposto pelo presidente Macri, sequer é mencionado nos artigos...
A empresa Cambridge Analytica polarizou novamente o mundo quando ao tema direita e esquerda. A galera so nao percebe que existe excelentes exemplos de governos de direita e de esquerda no mundo. A questao nao é ideologia, mas a qualidade na administracao do país.
Gostaria de saber onde comprou a bola de cristal ???
fora as commodities como exemplo do trigo
quais ativos mais vulneráveis a nova situação argentina?? gol e cosan? ??? falou falou e num falou nada, estilo empíricus mesmo ... na verdade chegou atrasada e repetiu já análise de outros analistas... "você de optar por assimetria favorável, ganhar muito e perder pouco" nossa que frase genial!!!!
Adorei a linguagem do texto! Leve, para um assunto sério, viva o bom humor com conteudo! Se protejam q a barata da vizinha voa!
Não entendi essa giria... Explica aew
Não entendi essa giria... Explica aew
barata voa ? não entendi.
Acredito que não seria "agradar argentino", mas sim um parceiro econômico.
bom texto
Nossa Marília, se me permite um comentário construtivo, o texto estava bom de ler até CSAN3, você podia desenvolver um pouco mais, sei lá, pensar no que nossas exportações poderiam diminuir, ou quais produtos brasileiros podem vir a sofrer concorrência com a fraqueza do câmbio argentino. Eu confesso que entrei aqui apenas ver se tinha dica de algum ativo mesmo, mas como leitor assíduo do Investing, achei bizarro o final, a última frase parece que foi escrita correndo, na verdade a lição muito mais me confundiu que qualquer outra coisa, o Mauro Halfeld hoje falou que tinha que fazer hedge com fundo cambial e ouro, vc já falou que é ativos baratos, proponho que nos próximos textos vc jogue cite um ativo barato e interaja com o pessoal, pergunte o que o pessoal acha, eu por exemplo acho que preços de soja e milho brasileiros devem seguir pressionados
Falta finalizar o texto
Quer indicações de compra?
Ufa!!! previsões de discípulos da Empiricus...
Que previsões? Ela abordou o tema com fatos mostrando que dá noite pro dia tudo pode mudar.
Verdade .... faltou coesão
Não entendo os colegas criticarem uma análise política. O mercado está muito ligado a política. a prova disso é a queda exclusivamente em função de uma prévia de eleição. A comparação dela foi certeira. Parabéns Marília pela análise!
Infelizmente o Brasil será a Argentina no amanhã!!!
Por gentileza, onde comprou a bola de cristal ???
Bolsonaro não tem que agradar argentino! Essa esquerda nunca acrescentou nada!
Acredito que não seria "agradar argentino", mas sim um parceiro econômico.
Com esse pensamento de cabeça de bagre, vamos longe...
tem que acelerar Paulo Guedes! tmj junto Marília
Falou e falou, mas no final não disse nada
Falou e falou, mas no final não disse nada
Poderia melhorar o texto começando sendo imparcial.
kkk, fazer o que o mercado e de direita.
Macri é da direita liberal e a economia argentina vai mal. Daqui a pouco aparece alguém pra colocar essa culpa no Lula
o Lula tá preso, precisa de mais???
Uma das coias que tenho visto muito é que o brasileiro que se interessa na bolsa acaba por pecar em fazer o dever de casa e tentar se manter informado, claro que nos meros mortais não temos as informações privilegiadas da alta cúpula, mais com um pouco de esforço e acompanhando o mercado da para ter uma ideia de algumas coias digamos óbvias e que são noticiadas sem grande destaque.. Mais como diria Napoleon Hill “A procrastinação é o péssimo hábito de deixar para fazer depois de amanhã o que deveria ter sido feito anteontem.”. E o brasileiro deixa para se informar sempre depois de amanha...
Colocando sua posição política num texto econômico não me parece adequado. "acelera isso ai Paulo Guedes"
Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.