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Rebote da “Covid” Afeta Perspectivas e Sugere Retrocesso Acentuando Incertezas!

Publicado 01.12.2020, 06:00
Atualizado 09.07.2023, 07:32

A crise generalizada e descompassada que se verifica com  dicotomias entre juro, câmbio, inflação,  dívida fiscal, entre tantas,  e que se faz encoberta, ainda que parcialmente, por dados discretos de recuperação da atividade econômica, movida pelos generosos programas assistenciais do governo ao longo da 1ª fase da pandemia do coronavírus, que a rigor nem se sabe bem se já encerrada, ganha desafios renovados  afetando negativamente as perspectivas e gerando nova intensificação de dúvidas e incertezas, no momento que se constata presente o rebote da pandemia do coronavírus e os hospitais acusam crescimento de lotação de suas dependências.

E o cenário se reagrava exatamente no momento em que o governo se confronta com a absoluta necessidade por imponderável de encerrar seus programas assistenciais, sabendo que este fato por si só impactará no consumo das famílias menos abastadas, muitas das quais elevadas ao conceito de consumidor recentemente, e as sujeitando ao retorno ao estado de miséria, sem emprego e sem renda.

E, certamente, deverá ocorrer o que já ocorreu anteriormente, absoluta falta de convergência de esforços no enfrentamento do problema por parte das autoridades, onde neste momento predomina uma ignóbil disputa politizada, negacionismo político puro.

O Brasil convive com severa crise fiscal e o governo não tem encontrado espaço para novos dispêndios focados na enorme massa de necessitados de ajuda para sobrevivência ao longo da pandemia, sem trabalho, sem renda e carente de alimentação mínima.

O quadro antecedente com inércia programática das reformas, dos programas de privatizações, que vem revelando enorme perda de tempo na tramitação e que estão sendo empurrados para o ano que vem, a despeito das inúmeras manifestações teóricas de tratamento emergencial, sofrerá, agora, sem dúvida o “input” de um enorme fator impactante e neutralizante que é a limitação de horários de funcionamento para as atividades econômicas.

O desemprego que já era desalentador provavelmente atingirá o prognóstico dos economistas de 17% em 2021, e a inflação, por inevitável necessidade de reconhecimento dos impactos do preço do dólar elevado, sem que haja mínima possibilidade de produtividade compensatória, acarretarão desalento à população corroendo seus rendimentos.

E, com renda interrompida, e foram R$ 250 bi em 9 meses, entram no radar alguns itens para observação com maior acuidade, quais sejam os riscos de inadimplência dos financiamentos propulsores das enormes vendas do e-commerce, seja direto ou pelos cartões de crédito, e os substantivos financiamentos imobiliários de imóveis de pequeno porte que foram alavancadas nos últimos meses e que poderão ser afetadas pela queda de renda, desemprego e alta efetiva do juro.

A BOVESPA sinalizou ingresso de investidores estrangeiros de forma absolutamente seletiva nas ações “blue chips”, algo como US$ 5/6 Bi, mas não há evidências de continuidade sustentável, podendo se revelar um ingresso absolutamente de oportunidade e saída rápida.

O fluxo cambial terá uma demanda conhecida da ordem de US$ 16,0 Bi por parte dos bancos relativos ao “overhedge” e o BC sinaliza ação previdente aumentando a oferta de contratos de swaps novos, mas a demanda efetiva será em dólares a vista, e este deveria ser a ação estratégica e pró ativa da autoridade, até aproveitando para vender um bom lote das reservas cambiais para reforçar o caixa do TN.

Com problemas fiscais expostos e uma Dívida Pública trilionária, o governo deverá ter forte pressão na rolagem da mesma, com vencimentos substantivos no primeiro quarto de 2021, representado por mais juros e menos prazo, dois pontos negativos para a qualidade da dívida.

A volta à cena com ares renovados da pandemia do coronavírus e mais o complexo quadro fiscal do governo, passando pelo juro, câmbio, formam um conjunto de propulsão à busca do dólar como “porto seguro” e mais a demanda já conhecida tendem a dar sustentabilidade a taxa cambial com resistência mesmo ante a tendência do dólar no mercado global e até a melhora eventual do fluxo cambial para o Brasil.

O que se impõe é que o BC/COPOM elaborem um “forward guidance” mas assertivo com as perspectivas efetivas do país, e busquem melhor equacionamento da equação juro x câmbio.

Não nos parece ainda o momento da turbinada do índice da BOVESPA e nem da apreciação do real para chegar aos R$ 5,00.

Últimos comentários

Caro Sidnei o mercado não esta acreditando em nada negativo parece que o céu e o limite.
Entendo o ponto de vista do autor e acredito que, como foi citado, a interrupção dos auxílios emergenciais trará uma inevitável redução de consumo. Somado a isso, o atraso nas reformas e o decorrente risco fiscal, acabarão forçando o aumento das taxas de juros, que por sua vez, também reduzirão o consumo. Não há interesse do congresso em mexer em pautas "bomba", como redução de salários e cortes no inchaço da maquina pública. Esses argumentos não são mera especulação, mas a experiência de quem vê a história se repetindo mais uma vez.
Sr. ...com todo respeito, mandando um Curriculum Vitae para o jornal vale econômics ou organização grobo certamente será contratado. Boa sorte!ibov 137k...tá no gráfico!
Dólar 5,10 com reformas. Rsrsrs
Repetindo...muito bom ter uma visão ursa respeitável.
excelente artigo. parabéns!
Na verdade o que eu vejo é bem diferente da visão pessimista do texto acima, grande aumento de produção nas empresas bastante procura por trabalhadores, uma movimentação que eu nunca tinha visto antes aqui em São Paulo, a manutenção dos juros baixos e o dolar alto está mudando o comportamento do consumo e gerando oportunidades de investimentos no Brasil, provavelmente, certamente e com certeza teremos tempos de vacas gordas a frente, pode ser que não dure muito mas pode ser o início de uma grande mudança para melhor
O texto acima é preciso e tecnicamente irreparável, baseado em fatos, números e tendências fundamentadas. Agora vem um tal de EdRoss, não sei de onde, e contesta sem o mínimo de argumento. Estamos num momento absurdamente delicado, o Brasil perto de explodir e somos "obrigados" a ler comentários otimistas, desprovidos de ciência. É pra acabar! Como diz o gaúcho: barbaridade, tchê!
 Meu comentário tambem é baseado em fatos e números, mas eu não preciso provar que estou certo bem por isso não vou gastar energia elaborando argumentos para convencer os pessimistas não tenho nenhum interesse em vocês na verdade quero é distância de pessimistas, mas claro que discordo do texto acima pois tendências mudam e números se invertem conforme os fatos mudam, muitos analisam alguns acontecimentos e já enxergam tendências sem procurar entender o contexto. Você não sabe quem eu sou, eu não sei quem você é, mas é bem melhor assim. E, Não se preocupe, o Brasil está bem longe de explodir e voce não é obrigado a ler comentários, isso aqui não é um debate é só um espaço para expressar opiniões
descobri messe artigo que há realmente uma geração de boçaisl. e que agora escrevem artigos aff
Trabalho em uma empresa do setor químico e a demanda dos últimos 2 meses foi a maior dos últimos 10 anos. O setor industrial está em um boom sem justificativa. Falo a todos que esta bolha vai estourar em 2021. Apertem os cintos, o pior nem veio ainda. E olhe que procuro sempre ser otimista.
Sem justificativa ? Com o dólar alto aquilo que é importado muitas vezes não vale mais a pena e aquilo que tem algo que necessita de importação está sendo precificado, numa inflação - que na primeira vez na história deste país - está subindo por demanda e não porquê algum irresponsável diluiu a riqueza dos trabalhadores. De forma que produzir aqui ficou mais fácil. A taxa de juros baixa por outro lado facilita a busca por empréstimos, muito embora seja difícil ter acesso á taxa de juros baixa da selic, na prática. Seus patrões não são malucos.
Repare que - pela primeira vez na história do país - os gringos estão entrando no país para investir nas empresas do país (blue chips) e não para extorquir o trabalhador via governos entreguistas, que vendem as riquezas nacionais e inviabilizavam a criação de empregos, objetivando criar uma valorização do cambio totalmente artificial.
Isso q eu chamo de positividade... só o lado bom.
A torcida desse aí é forte rsrs Rentista que deixou de ganhar sem ter de trabalhar tá torcendo contra o Brasil desde 2018.
Muito bom grito de alerta! Na verdade um grito de alguém que enxerga no futuro próximo milhões de pessoas na miséria e sem trabalho, enquanto que o governo está se perdendo ( ainda que queira fazer algo, mas não consegue). Incrível situação!
Conseguiria se saísse da campanha eleitoral sem fim e começasse a trabalhar, o que nunca fez na vida...
10.000 empregos por dia (FATO)
Excelente Analise !!
Excelente tese!Mais uma vez, lúcida e racional!Sem maquiagem...
Uma certeza é que o IGPM vai subir,o que pode alavancar alguns papeis (com bons inquilinos) de FI.
Bom dia
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