O meme “início de um sonho, deu tudo errado” ilustra bem como foi o ano de 2021 para as novatas da bolsa. Dos 49 IPOs (Oferta Pública Inicial de Ações) concluídos até o dia 14 de dezembro, apenas 27 por cento estão acima do preço inicial dos papéis e 73 por cento estão abaixo.
Os dados são da Bolsa de Valores brasileira, a B3 (SA:B3SA3), e da empresa de dados de mercado Economatica para analisar os IPOs que foram bem recebidos pelo mercado — e aqueles que deixaram a desejar.
Na imagem a seguir, o desempenho das empresas que fizeram IPO em 2021:
Maiores altas e baixas
Entre os 13 IPOs que registraram maiores valorizações em relação ao preço de estreia, estão as empresas: Vamos (SA:VAMO3) sobe +100,5 por cento, Intelbras (SA:INTB3) sobe +71 por cento, Armac (SA:ARML3) sobe +56,2 por cento, Boa Safra (SA:SOJA3) sobe +49,5 por cento e Vittia Fertilizantes (SA:VITT3) sobe +48,3 por cento em relação ao fechamento do último pregão.
Dos 36 IPOs restantes, os principais destaques negativos foram: Dotz (SA:DOTZ3) recua -76,3 por cento, Mobly (SA:MBLY3) recua -74,5 por cento, Oceanpact (SA:OPCT3) recua -74,4 por cento, Westwing (SA:WEST3) recua -73,1 por cento e Getninjas (SA:NINJ3) recua -71,1 por cento.
Para você ter noção do quanto o ambiente está desfavorável para IPOs, ao todo, foram 75 ofertas iniciais de ações interrompidas ou canceladas e nove empresas aguardam em fila para abertura de capital, de acordo com a B3.
Foram movimentados quase 90 bilhões de reais com as 49 atividades de abertura de capital, considerando ofertas primárias e secundárias.