As ações da Meta Platforms (NASDAQ:FB) (SA:FBOK34) caíram na quarta-feira, fechando em baixa de 0,95% após reverterem os ganhos iniciais de 1,00%.
O rápido recuo seguiu-se à publicação de um artigo no Wall Street Journal descrevendo como os executivos do Facebook procuraram interferir na política, num esforço de gerar mais discórdia entre Democratas e Republicanos, após revelações no Congresso sobre as práticas da empresa feitas por Frances Haugen.
Seu testemunho revelou em riqueza de detalhes a influência negativa da plataforma de redes sociais sobre diversas dimensões. A interferência do Facebook foi uma tentativa de proibir regulamentações mais rigorosas nessa arena, discutida à época pelos legisladores dos EUA.
Esta não é a primeira vez que a publicidade negativa pressiona as ações da gigante das redes sociais. Mas neste caso, é notável que um recuo semelhantes tenha ocorrida ao longo do pregão de terça-feira, quando as ações fecharam estáveis após subirem 1,89% no intraday, sem nenhuma razão aparente para a reversão. Na segunda-feira, as ações do FB dispararam, fechando em alta de mais de 3,26%.
Será que a rápida queda na terça-feira foi motivada por dinheiro informado, atuando com base em boatos, antes da notícia real ter sido publicada?
Talvez, mas talvez não. O gráfico técnico ajuda a identificar as razões mais prováveis para os movimentos de terça-feira.
A partir do gráfico, é evidente que a reversão acentuada de terça-feira ocorreu quando o preço tocou a resistência de uma linha de tendência de 27 de setembro. Observe também que a mesma linha de tendências – a partir de onde a ação iniciou seu selloff na quarta-feira – é o V de uma H&S.
A chegada da média móvel diária de 200 dias pela primeira vez desde março sublinha a sensibilidade deste ponto de pressão de preços no gráfico, à medida que as forças de mercado lutam pela direção da tendência.
Note como o preço encontrou resistência esta semana exatamente abaixo do seu canal de alta anterior, destacando o embate entre touros e ursos. Se a resistência perdurar, os ursos terão usurpado o comando após os touros terem dirigido a alta dos preços em relação à mínima de março de 2020 ao longo do canal verde. Caso isso ocorra, o preço retomará sua trajetória descendente ao longo do canal de queda.
A média móvel de 50 dias acabou de cruzar abaixo da DMA de 200 dias, pela primeira vez desde o fundo de 2020. Por outro lado, a DMA de 50 dias registrou uma retomada; se ele avançar sobra a DMA de 200 dias, ele demonstrará um fracasso dos ursos.
O MACD, que vem aumentando, é um indicador atrasado. Por isso que o selloff de ontem ainda não o afetou, como fez com o RSI, indicador principal baseado na dinâmica do momento. No entanto, vemos o mesmo padrão com o RSI. Consequentemente, se o preço proporcionar uma ruptura de alta, o momentum também irá.
Estratégias de negociação
Os investidores conservadores devem esperar pela resolução desta batalha – seja uma ruptura de alta ou uma nova mínima, abaixo dos US$ 299,50 registados em 3 de dezembro. Uma ruptura de alta pode ocorrer se o preço fechar acima de US$ 363, seguido por um movimento de retorno que reteste o suporte do V.
Os investidores moderados devem comprar uma ruptura de alta, com um fechamento acima de US$ 360 seguido por um mergulho de compra.
Os investidores agressivos podem entrar short se o preço se aproximar do V, ou ir entrar em long com o retorno à linha de tendência de alta no curto prazo a partir da mínima de 3 de dezembro. Um plano de negociação irá determinar o sucesso ou o fracasso. Eis alguns exemplos:
Exemplo de negociação # 1– posição curta agressiva
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Entrada: US$ 352
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Stop-Loss: US$ 353
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Risco: US$ 1
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Alvo: US$ 342
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Recompensa: US$ 10
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Taxa Risco-Recompensa: 1:10
Exemplo de negociação # 2– posição longa agressiva
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Entrada: US$ 335
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Stop-Loss: US$ 334
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Risco: US$ 1
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Alvo: US$ 345
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Recompensa: US$ 10
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Taxa Risco-Recompensa: 1:10