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Soja e Suco de Laranja Têm Tudo para Continuar Subindo em 2021

Publicado 30.12.2020, 10:28
Atualizado 02.09.2020, 03:05

O ano da pandemia continua surpreendendo com suas commodities vencedoras e perdedoras.

No mercado agrícola, apesar da tempestade gerada pelas tarifas dos EUA sobre a China e o aumento da demanda por ração animal no auge da pandemia de covid-19, a maior ganhadora segue sendo a soja, que desbancou seus principais concorrentes: o {8918|milho}} e o trigo

Suco de Laranja Semanal

O mais notável de tudo nas commodities agrícolas é o fato de que o suco de laranja gerou os maiores retornos, superando o café, o cacau e o açúcar, que compõem o resto do complexo.

O contrato futuro de soja na CBOT subiu 37% no ano, negociado em torno de US$ 12,95 por bushel ante US$ 9,44 em dezembro de 2019.

Mas o preço à vista da soja gira em torno de US$ 9,63, o que concede ao mercado futuro um prêmio de 35%.

A estimativa de oferta-demanda agrícola divulgada pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) em 22 de dezembro prevê que o preço médio da soja à vista será US$ 10,55 em 2021.

Máxima de sete anos para os preços da soja em 2021?

Soja Semanal

Aplicando o mesmo prêmio para o mercado futuro, a soja da CBOT teoricamente pode atingir a cotação de US$ 14,25 no ano que vem. Isso faria com que o produto atingisse as máximas de sete anos. A última vez em que o mercado foi negociado acima de US$ 14 por bushel foi durante a primavera de 2014.

Em vista da demanda de exportação mais forte, dos menores estoques finais e dos preços mais elevados, a USDA projeta que as áreas de cultivo da soja crescerão cerca de 6 milhões de acres, ou 7%, a partir de 2020, para 89 milhões de acres plantados. Se isso ocorrer, a área de cultivo de soja em 2021 será a terceira maior da história, atrás apenas de 2017 e 2018.

Chad Hart, economista da Universidade Estadual de Iowa especialista em agricultura, afirmou que o mercado previa 92 milhões de acres plantados para a soja em 2021

Em uma entrevista ao portal AgWeb em 11 de dezembro, Hart afirmou que “todos os sinais apontam para o crescimento das exportações” de soja, mesmo que essa área de cultivo de 92 milhões de acres seja sem precedentes na história dos EUA.

Hart afirmou que a oportunidade de mercado e as condições climáticas provavelmente ditarão a área total de cultivo, defendendo uma extensão de 90 a 91 milhões de acres.

Mas Hart concordou com a previsão de preço à vista de US$ 10 para 2021,dizendo o seguinte:

 

“É um sinal para aumentar a área [plantada], com base na forte demanda existente no mercado. Não consideramos um arrefecimento pelo lado da alimentação animal nem das exportações. Isso dá suporte ao mercado neste momento, permitindo inclusive um movimento maior de alta.”

 

Exportações de soja dos EUA: China é o principal destino

No ano que vem, grande parte dessas exportações terá como destino o mesmo país responsável por comprar grandes volumes de soja dos EUA: a China.

Graças a uma recuperação mais rápida da crise provocada pela covid-19, a China já adquiriu mais de 19 milhões de toneladas de soja dos EUA para a safra 2020-21, mais de 10 vezes os níveis registrados no ano passado e o maior da história.

Apesar dessas compras, a demanda chinesa pode ser muito maior do que a capacidade de exportação dos produtores americanos, de acordo com Bill Lapp, presidente da Advanced Economic Solutions, Omaha, Nebraska.

Em uma entrevista ao canal Milling & Baking News, ele afirmou:

“A China está significativamente abaixo das metas de importação agrícola da primeira fase do acordo comercial com os EUA, apesar dos recentes aumentos das vendas de produtos agrícolas americanos para o país asiático. É muito pouco provável que a China cumpra essas metas”.

“As vendas dos EUA referem-se às remessas previstas para o período de setembro a janeiro. Além disso, o Brasil deve continuar sendo o principal fornecedor da China”.

 

Lapp apontou que a China concordou em importar cerca de US$ 33 bilhões em produtos agrícolas dos EUA em 2020, mas, até julho, só havia importador US$ 7,6 bilhões, ou 23% da meta anual.

Ele afirmou que a China está muito aquém das metas gerais definidas na chamada Fase 1 do acordo comercial com o governo Trump, tendo adquirido apenas US$ 48 bilhões de produtos e serviços americanos até julho, ante o compromisso anual de US$ 143 bilhões.

A expectativa é que a presidência de Joe Biden remova, senão todas, pelo menos a maior parte das tarifas aplicadas pelo seu antecessor, o que pode acabar fazendo com que a China, na verdade, adquira mais produtos agrícolas dos EUA com base em sua real necessidade, e não através da coação, como fez a atual administração.

A soja futura na CBOT disparou forte em novembro e dezembro deste ano, valorizando-se 11% em cada um dos meses, depois que ficou claro que Biden havia vencido Trump na eleição presidencial de 3 de novembro.

É bem verdade que, antes disso, a soja já vinha se valorizando, mas não tão forte assim. Depois de um começo de ano relativamente fraco até o mês de maio, o mercado de soja reverteu e passou a subir sem parar a partir de junho, crescendo em média 4,7% nos cinco meses até novembro.

Preços do suco de laranja podem atingir as máximas de 3 anos em 2021

Ainda no mercado agrícola, o suco de laranja concentrado e congelado na ICE Futures dos EUA deve encerrar 2020 em alta de quase 28%, negociado a cerca de US$ 1,25 por libra.

O Gov.Capital, serviço de previsões de preços de commodities e outros ativos, considera que o suco de laranja permanecerá na faixa de US$ 1,40-1,60 no próximo ano. A última vez em que o produto atingiu a cotação de US$ 1,60 por lb foi em 2018, o que levanta a possibilidade de que possa atingir as máximas de três anos em 2021.

O suco de laranja foi uma das poucas commodities que se beneficiaram diretamente do coronavírus e deve ter mais um desempenho brilhante em 2021, já que as pessoas continuam buscando alimentos e bebidas nutricionais devido à maior conscientização com a saúde durante a pandemia.

Mike Seery, analista técnico de commodities de Plainfield, Illinois, disse ao Investing.com, em uma entrevista recente, que o suco de laranja tinha tudo para continuar se valorizando: “Se você é um investidor de longo prazo, não vejo qualquer razão para ficar de fora.”

Jack Scoville, analista da corretora Price Futures Group, em Chicago, também tem um perspectiva favorável para o suco de laranja.Segundo ele:

“O coronavírus ainda está impulsionando o consumo de suco de laranja em casa. A demanda de restaurantes e serviços de alimentação caiu bastante, já que praticamente ninguém está saindo para jantar”.

 

Aviso de isenção: Barani Krishnan utiliza diversas visões além da sua para oferecer aos leitores uma variedade de análises sobre os mercados. O analista não possui posições nos ativos e commodities sobre os quais escreve.

Últimos comentários

Faltou dizer que a arroba do boi vai bater 400 reais em 2021
Boa materia, só faltou mencionar a quebra da safra sul americana, que causara a falta mundial dessa proteina, o ceú é o limite
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