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Novas Ameaças da Coreia do Norte Pesam sobre os Mercados Mundiais

Publicado 22.09.2017, 08:42
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ÁSIA: A maioria dos mercados asiáticos fechou em queda nesta sexta-feira, com a possibilidade da Coreia do Norte testar uma arma nuclear no Pacífico. Os investidores também digeriram a perspectiva de uma alta das taxas pelo Fed neste ano.

O dólar caiu contra a moeda japonesa, considerada um ativo de refúgio, depois que a agência de notícias Yonhap da Coreia do Sul informou que o ministro das Relações Exteriores da Coréia do Norte, Ri Yong Ho disse que seu país considera testar uma bomba de hidrogênio em uma "escala sem precedentes" no Pacífico. As preocupações geopolíticas sobre a península coreana também permaneceram em destaque também após o presidente Donald Trump assinar na quinta-feira uma nova medida de sansão contra pessoas ou instituições que façam negócios com a Coreia do Norte. Por sua vez, o líder norte-coreano Kim Jong Un disse na sexta-feira que Trump "pagaria caro" por seu discurso nas Nações Unidas no início desta semana.

O iene se fortaleceu em 111,96 por dólar, ante 112,4 antes da notícia. O ouro, outro ativo seguro em períodos de incertezas geopolíticas, tocou em US$ 1.296,96 a onça, mas manteve-se abaixo de US$ 1.300 observado após o mais recente lançamento do míssil do norte coreano em 15 de setembro. O Nikkei do Japão apagou os ganhos iniciais para fechar 0,25% menor, em 20.296,45 pontos. Na quinta-feira, o Banco do Japão anunciou que manteria sua política monetária estável.

Enquanto isso, o won coreano caiu para seus níveis mais baixos em um mês em reação às notícias, negociado a 1.139,50 por dólar, em comparação com 1.131 vistos na última sessão. O Kospi caiu 0,74% para fechar em 2.388,71 pontos. A Samsung Electronics fechou 0,38% maior e a SK Hynix fechou estável, enquanto a Posco caiu 3,16%.

Os mercados da China recuaram depois que a S&P reduziu a classificação de crédito soberana da China de AA- para A+, citando o crescimento do crédito do continente como um risco. O downgrade da S&P coloca sua classificação no mesmo patamar da Moody's e a Fitch.

O índice Hang Seng caiu 0,82%, enquanto os mercados do continente viram perdas mais moderadas. O Shanghai Composite caiu 0,15% e o Shenzhen Composite recuou 0,34%. Os bancos chineses também estavam no radar depois que o Banco Popular da China pediu que os bancos chineses aderissem às sanções das Nações Unidas contra a Coreia do Norte. Os bancos listados no Continente terminaram a sessão em alta: o ICBC subiu 0,68%, o Banco Agrícola da China ganhou 0,8% e o Banco da China subiu 0,72%, mas as ações dos bancos cotadas em Hong Kong negociaram em baixa.

O S&P/ASX 200 contrariou a tendência regional para fechar em alta de 0,47%, com o subíndice financeiro altamente ponderado subindo 0,92% no final do dia de negociação. Entre as mineradoras australianas, BHP Biliton cai 0,2%, Fortescue recuou 3,9% e Rio Tinto (LON:RIO) fechou em alta de 0,7%.

Os mercados manterão um olho nas manchetes relacionadas às eleições, enquanto a Nova Zelândia e a Alemanha se dirigem para as eleições durante o fim de semana.

EUROPA: Os mercados europeus abriram em queda, com investidores assustados com a última ameaça da Coreia do Norte de testar uma bomba nuclear no Oceano Pacífico. As perdas, no entanto, foram moderadas por uma rodada de dados otimistas de PMI para a zona do euro, confirmando a recuperação econômica da região.

O índice Stoxx Europe 600 sobe 0,18%. O índice pan-europeu fechou em alta na quinta-feira, impulsionado pelo setor bancário depois que o Federal Reserve dos EUA deve elevar suas taxas de juros ainda neste ano.

O produto interno bruto francês no segundo trimestre aumentou 0,5% em relação ao trimestre anterior, com aumento nos gastos dos consumidores. As margens de lucro corporativas também aumentaram ligeiramente durante o período de três meses.

Enquanto isso, os números da IHS Markit para a zona do euro mostraram que as empresas privadas ficaram mais fortes no terceiro trimestre deste ano, principalmente devido ao setor de manufatura. Os dados positivos impulsionaram a confiança de que o Banco Central Europeu anunciará aperto monetário no próximo mês.

Os dados da atividade comercial da zona do euro de uma maneira geral foram otimistas, superando as previsões dos analistas. O índice PMI composto para o bloco de moeda subiu para 56,7 em setembro, marcando a máxima de quatro meses. O PMI composto da França saltou para uma alta de 76 meses, enquanto o PMI da Alemanha subiu para uma alta de 77 meses.

O índice FTSE 100 abriu em queda mas se recupera e opera em alt. Setor de materiais básicos e grupo financeiro pesa sobre o índice, mas as ações relacionadas com o consumidor estavam entre os setores que avançam. O índice terminou 0,1% mais baixo na quinta-feira. Uma perda na sexta-feira seria a terceira consecutiva. Entre as mineradoras listadas na LSE, Anglo American (LON:AAL) cai 1,4%, Antofagasta (LON:ANTO) recua 0,7%, BHP Biliton perde 0,9% e Rio Tinto avança 0,08%, após a empresa dizer que está começando um programa de recompra de ações de US$ 2,5 bilhões.

Todos os olhos estão na primeira-ministra Theresa May, que está preparada para pronunciar em um discurso sobre as negociações do país com a União Europeia. Os relatórios de mídias desta semana sugeriram que May dirá que o Reino Unido está pronto para pagar 20 bilhões de euros (US$ 23,92 bilhões) por um período de transição de dois anos após o Brexit. O negociador chefe da UE, Michel Barnier, disse na quinta-feira que "o tempo é essencial" e seis meses se passaram desde que o Reino Unido desencadeou o processo de saída.

Na Alemanha, a chanceler Angela Merkel instou os alemães a se dirigirem às urnas no domingo, quando as preocupações com um baixo comparecimento emergem. A chanceler alemã é amplamente esperada para garantir o quarto termo no poder, mas a grande questão é com quem ela se juntará em uma coalizão.

EUA: Os futuros de ações dos EUA apontam que Wall Street deve abrir com perdas nesta sexta-feira, com o retorno das tensões geopolíticas voltando à tona depois que a Coreia do Norte ameaçou testar uma bomba de hidrogênio sobre o Oceano Pacífico.

Os investidores também aguardam um trio de discursos de autoridades do Federal Reserve, em busca de mais detalhes sobre a política monetária após a reunião do banco central no início desta semana. A probabilidade de pelo menos um aumento de taxa de juros no final do ano é de 78,4%, de acordo com a ferramenta FedWatch do Grupo CME na sexta-feira.

Com as tensões geopolíticas crescendo de novo, os ativos de refúgio seguro como o iene e o ouro seguem recuperando, enquanto os rendimentos do Tesouro começaram a cair novamente. As ações também devem sofrer alguma pressão corretiva.

Às 7h00, o presidente do Fed de São Francisco, John Williams, estava programado para falar na Conferência de Pesquisa do Banco Nacional Suíço em Zurique.

Às 10h30, a presidente da Kansas City, Esther George, fará um discurso na conferência de petróleo em Oklahoma City. O chefe do Fed de Dallas, Robert Kaplan, participará de perguntas e respostas na mesma conferência às 14h30.

Em outras notícias econômicas, o índice PMI de manufatura e serviços da Markit para setembro é devido às 10h45.

ÍNDICES FUTUROS - 7h30:
Dow: -0,09%
S&P 500: -0,17%
Nasdaq: -0,30%

OBSERVAÇÃO:
Este material é um trabalho voluntário, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado e a europeia no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados.

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