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Todos de olho na inflação dos EUA, enquanto inicia a reunião de dezembro do Fed

Publicado 13.12.2022, 08:15
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Bem-vindo à sua leitura matinal de cinco minutos de como os mercados estão reagindo ao redor do mundo nesta manhã.

ÁSIA: As bolsas asiáticas fecharam sem direção nesta terça-feira, com os investidores de olho nos dados da inflação dos EUA e aguardando a reunião altamente importante do Federal Reserve dos EUA.

O índice Hang Seng de Hong Kong subiu 0,68%, fechando em 19.596,20 pontos, depois que o presidente-executivo da cidade, John Lee, anunciou uma maior flexibilização das restrições da Covid.

Na China continental, o Shenzhen Component caiu 0,66%, em 11.323,70 pontos, enquanto o Shanghai Composite subiu 0,09%, em 3.176,33 pontos.

O S&P/ASX 200 da Austrália fechou em alta de 0,31%, a 7.203,30 pontos, com o setor financeiro, altamente ponderado, sustentando o índice depois de várias semanas em baixa. O setor de materiais sofreu depois que os preços dos metais básicos caíram por conta da demanda na China que permanece incerta devido ao aumento dos casos de COVID-19. As ações das mineradoras de cobre caíram, com Chalice e Sandfire Resources caindo 8% e 4,1%, respectivamente. Entre as maiores, BHP caiu 1,4%, Rio Tinto (LON:RIO) perdeu 1,9% e Fortescue Metals (ASX:FMG) tombou 4,5%. A produtora de petróleo Santos caiu 0,1% e Woodside Energy avançou 0,1%.

A confiança empresarial australiana caiu para território negativo pela primeira vez desde dezembro de 2021, destacando as preocupações das empresas com o impacto da alta inflação e do aumento das taxas de juros na economia global. A pesquisa do National Australia Bank caiu 4 pontos, de 0 para -4 pontos. A queda foi liderada pelo recuo na confiança nos setores de manufatura, construção e varejo. A pesquisa da confiança empresarial capta as preocupações das empresas sobre as condições econômicas antes que atinjam as condições reais de uma empresa.

O Nikkei do Japão subiu 0,40% para fechar em 27.954,85 pontos.

O Kospi da Coreia do Sul caiu 0,03%, para fechar em 2.372,40 pontos, respectivamente.

O índice MSCI para a Ásia-Pacífico exceto Japão subiu 0,09%.

EUROPA: Os mercados europeus operam em alta nesta terça-feira, com os investidores globais aguardando os dados mais recentes da inflação nos EUA e esperando sinais de que as pressões inflacionárias estão diminuindo.

O pan-europeu Stoxx 600 sobe 0,8% no fim da sessão matinal, com as ações de tecnologia subindo.

O alemão DAX 30 sobe 0,8%, o francês CAC 40 avança 0,6% e o FTSE MIB da Itália avança 0,9%.

Na Península Ibérica, o IBEX 35 da Espanha sobe 0,3% e o português PSI 20 opera no zero a zero.

Em Londres, o FTSE 100 sobe 0,3%. Entre as mineradoras listadas na LSE, Anglo American (LON:AAL) sobe 0,5%, Antofagasta (LON:ANTO) sobe 0,8%, BHP adiciona 0,3% e Rio Tinto sobe 0,5%. A petrolífera BP sobe 1,7%.

A inflação da Alemanha desacelerou em novembro, tendo caído da leitura mais alta em mais de 70 anos registrado em outubro, informou o Escritório Federal de Estatísticas, ou Destatis, nesta terça-feira, confirmando os primeiros dados de estimativa publicados no final de novembro. O índice de preços ao consumidor da Alemanha aumentou 10% em novembro em relação ao ano anterior, após 10,4% em outubro, em linha com as previsões. Numa base harmonizada pela UE, a inflação anual foi de 11,3%, enquanto não houve variação mensal. Os preços da energia em novembro foram 38,7% mais altos em relação ao mesmo mês do ano anterior, apesar das medidas de alívio do governo alemão, mas o aumento de preços desacelerou em comparação com outubro, quando subiram 43,0% no ano. Os preços dos alimentos subiram 21,1% em novembro em comparação com novembro de 2021.

As expectativas econômicas da Alemanha subiram em dezembro pelo terceiro mês consecutivo, atingindo seu nível mais alto em dez meses, à medida que os preços da energia caíram, aliviando as pressões inflacionárias. O índice de expectativas econômicas aumentou para -23,3 em dezembro, ante -36,7 em novembro, de acordo com dados do instituto de pesquisa econômica ZEW. A leitura supera o consenso de -27 dos economistas. As expectativas econômicas estão em seu nível mais alto desde fevereiro, antes da invasão da Ucrânia pela Rússia. No entanto, a perspectiva permanece moderada pelos padrões históricos. A melhora foi impulsionada pela estabilização temporária nos mercados de energia e pelo fato de que a grande maioria dos especialistas em mercados financeiros espera que a inflação diminua nos próximos meses, segundo o instituto. O índice que mede as condições econômicas atuais aumentou para -61,4 em dezembro, ante -64,5 em novembro, abaixo das expectativas dos economistas de -56,0.

EUA: Os contratos futuros dos índices de ações dos EUA operam em ligeira alta nesta quarta-feira, com Wall Street se preparando para o relatório de inflação de novembro e o início da reunião de política do Federal Reserve de dezembro.

Durante a sessão regular de segunda-feira, o Dow fechou em alta de 1,58%, em 34.005,04 pontos, enquanto o Nasdaq Composite avançou 1,26%, fechando em 11.143,74 pontos. O S&P 500 subiu 1,43%, em 3.990,56 pontos, com todos os principais setores do S&P 500 terminaram com ganhos, impulsionados pelas ações de energia, que subiram à medida que os preços do petróleo subiam.

Os investidores estão aguardando a divulgação do relatório do índice de preços ao consumidor de novembro às 10h30 (horário de Brasilia) e esperando por sinais de redução da inflação. Economistas esperam um aumento de 0,3% em termos mensais ou um ritmo anual de 7,3%. Esses números seriam menores do que o aumento de 0,4% na base mensal de outubro e do ganho anual de 7,7%. A leitura do CPI deve desempenhar um papel fundamental na próxima decisão de aumento de juros do Federal Reserve, cuja conclusão de sua reunião de política monetária de dois dias acontecerá na quarta-feira.

Os "traders" estão precificando um aumento de 50 pontos-base, uma ligeira queda em relação às suas últimas quatro altas de 75 pontos-base cada. Eles também atualizarão as projeções econômicas e ficarão atentos aos comentários da coletiva de imprensa do presidente Jerome Powell logo a seguir, em busca de sinais de um possível pivô de política econômica, visto que o ritmo de altas gerou temores de recessão entre muitos investidores. Dados econômicos mistos que indicam que os aumentos das taxas podem continuar por mais tempo aumentaram as preocupações nas últimas semanas.

Os rendimentos do Tesouro dos EUA caem nesta terça-feira. A nota do Tesouro de 10 anos caia pouco mais de um ponto-base, para 3,5983% às 6h00 (horário de Brasilia), enquanto o título do Tesouro de 2 anos, mais sensível à política do Fed, caia quase três pontos-base, para 4,3752%. Os rendimentos e os preços movem-se em direções opostas e um ponto-base equivale a 0,01%.

CRIPTOMOEDAS: As criptomoedas tem mais um dia de agitação nesta terça-feira, coincidindo com um dia altamente importante nos mercados tradicionais, que terá a divulgação dos dados da inflação dos EUA de novembro.

A Binance, a maior plataforma de criptomoedas do mundo, é objeto de investigação do Departamento de Justiça dos EUA e Sam Bankman-Fried, ex-CEO da FTX foi preso nas Bahamas, após o recebimento de uma notificação formal dos Estados Unidos apresentar acusações criminais contra Bankman-Fried. Espera-se que o executivo seja extraditado para os EUA em breve.

A Binance disse nesta terça-feira que está "pausando temporariamente" as retiradas da "stablecoin" USDC enquanto realiza uma “troca de token”. Isso envolve a troca de uma criptomoeda por outra sem a necessidade de moeda fiduciária. A mudança ocorre à medida que crescem as preocupações dos investidores sobre a estabilidade da Binance após o colapso da bolsa rival FTX, depois de um relatório citando uma possível investigação criminal do governo dos EUA. De acordo com a Reuters, a Procuradoria dos EUA de Seattle começou a investigar a Binance em 2018 após uma série de casos em que criminosos usaram a Binance para transferir fundos ilícitos. Uma parte dos promotores acreditam que mais evidências precisam ser reunidas antes que um processo criminal possa ser arquivado, causando uma divisão dentro do Departamento de Justiça.

Changpeng Zhao, CEO da Binance, twittou na terça-feira que a exchange está vendo um aumento nas retiradas de USDC, uma criptomoeda conhecida como "stablecoin" porque está atrelada à paridade 1:1 em relação ao dólar americano. O USDC é usado por investidores para negociar dentro e fora de diferentes criptomoedas sem a necessidade de transferir dinheiro de volta para dólar americano. Se os "traders" estão retirando o USDC da Binance, pode ser para movê-lo para outra plataforma. Zhao disse que quaisquer trocas em USDC da stablecoin conhecida como PAX, bem como o próprio token da Binance BUSD, exigem roteamento por meio de um banco com sede em Nova York, que ainda não está aberto. Uma troca de token pode ser uma maneira da Binance obter mais USDC rapidamente enquanto os bancos estão fechados para retomar as retiradas. Zhao disse que os usuários ainda podem sacar outras "stablecoins", incluindo BUSD e tether.

O Bitcoin era negociado na casa de US $ 16.900, antes de se recuperar e ser negociado acima de US $ 17.400, uma alta de mais de 2% nas últimas 24 horas. O Bitcoin passou grande parte das últimas duas semanas agarrado ao suporte acima de US $ 17.000 e analistas acreditam que provável continue sua caminhada tenaz pelo menos até quando o Bureau of Labor Statistics anunciar o relatório do Índice de Preços ao Consumidor de novembro.

O Ethereum, a segunda maior criptomoeda, também avança mais de 2% e tenta se sustentar acima de US $ 1.200.

Bitcoin: +2,45% em US $ 17.403,70
Ethereum: +2,02%, em US $ 1.281,04
Cardano: +0,16%
Solana: -0,16%
Terra Classic: -0,61%

ÍNDICES FUTUROS - 7h50:
Dow: +0,34%
SP500: +0,38%
NASDAQ: +0,46%

COMMODITIES:
MinFe Dailan: -0,19%
Brent: +1,26%
WTI: +1,03%
Soja: +0,36%
Ouro: +0,30%

OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, independente, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado, enquanto a europeia e a americana estão no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados. O texto não é indicação de compra, manutenção ou venda de ativos.

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