(Reuters) - A Coca-Cola teve uma queda maior que o esperado nas vendas trimestrais devido à valorização do dólar, e a companhia disse esperar que a moeda afete suas receitas anuais mais do que o previsto anteriormente.
A fabricante de refrigerantes, que recebe mais da metade de suas receitas totais de mercados fora da América do Norte, disse que o dólar valorizado reduzirá sua receita anual em 7 pontos percentuais na comparação com 6 pontos percentuais estimados anteriormente.
O dólar subiu 12 por cento contra uma cesta de moedas no último ano.
A Coca-Cola chamou 2015 de um ano de transição, enquanto tenta reduzir custos e impulsionar as vendas ao elevar preços e diversificar para outras bebidas além de refrigerantes, como sucos frescos e energéticos. A companhia disse que tem como meta uma redução de custos de 3 bilhões de dólares anuais até 2019.
A companhia também está vendendo de volta suas operações de engarrafamento na América do Norte para franquias em uma tentativa de reduzir ativos de menor margem em seu balanço. A empresa disse nesta quarta-feira ter assinado cartas de intenções com três engarrafadoras norte-americanas para expandir as áreas de distribuição em sete Estados.
Em números consolidados, as vendas globais da Coca-Cola subiram 3 por cento em volume, impulsionadas por bebidas sem gás como chás prontos para beber e sucos.
As receitas na América do Norte, seu maior mercado, subiram 1 por cento, ajudadas por preços mais altos e maior distribuição dos energéticos da Monster Beverage.
A receita operacional líquida da Coca-Cola caiu quase 5 por cento, para 11,43 bilhões de dólares no trimestre encerrado em 2 de outubro. Sua receita orgânica, que exclui o impacto de movimentos cambiais e fusões e aquisições, subiu 3 por cento.
O lucro líquido atribuível aos acionistas caiu 31,3 por cento, para 1,45 bilhão de dólares, ou 0,33 dólar por ação.
Excluindo itens especiais, a Coca-Cola teve lucro de 0,51 dólar por ação. Analistas previam em média lucro de 0,50 dólar por ação e receita de 11,54 bilhões de dólares, de acordo com a Thomson Reuters I/B/E/S.
(Por Anjali Athavaley e Sruthi Ramakrishnan)