Por Maurice Tamman e Emily Stephenson
NOVA YORK/WASHINGTON (Reuters) - Com 10 meses faltando para os Estados Unidos elegerem um novo presidente, o Partido Republicano ainda tem que resolver um problema que seus líderes dizem ter contribuído para a derrota de Mitt Romney para Barack Obama em 2012: a falta de apoio de eleitores hispânicos e jovens.
A quantidade de republicanos inclinados a votar no dia 8 de novembro de 2016 está 9 pontos percentuais atrás dos democratas, um déficit que era de 6 pontos percentuais no ano que antecedeu a reeleição de Obama, de acordo com uma análise de dados de pesquisas eleitorais da Reuters/Ipsos de 2012 e de 2015.
Embora o eleitorado norte-americano tenha se tornado mais diversificado nos últimos três anos, o apoio aos republicanos entre eleitores hispânicos e jovens dispostos a ir às urnas encolheu significativamente.
As informações de pesquisas sobre eleitores prováveis que se identificam como membros de um partido político em particular são consideradas indicadores valiosos para o desfecho das eleições. Em 2012, 93 por cento dos eleitores que revelaram uma preferência partidária votaram para o candidato daquela legenda, como mostrou um levantamento Reuters/Ipsos no dia da eleição.
Os números dão a entender que o campo republicano, atualmente liderado pelo empresário bilionário Donald Trump, está diante de um desafio imenso diante dos democratas, cuja pré-candidata favorita é a ex-secretária de Estado e ex-primeira dama Hillary Clinton.
"Bons candidatos conduzindo boas campanhas podem superar desvantagens partidárias", opinou o estrategista e analista eleitoral republicano Neil Newhouse. "O partido enfrentou estes mesmos desafios em 2012 e ainda está enfrentando estes desafios, e isso é potencialmente mais significativo".